ENDOSUL 2025

Título: O IMPACTO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NA RELAÇÃO COM O ÁLCOOL
Autores: LARISSA SEIFERT MARCHEZAN, ESTÉFANE DUPONT SPAGNOLLO, MARIA FERNANDA LANES PADILHA, JULIANA ARRIBAS PEREIRA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
Palavras Chave: ETILISMO, BYPASS GÁSTRICO, RISCO PÓS-OPERATÓRIO.

Trabalho: Introdução: A cirurgia bariátrica, especialmente o bypass gástrico, é uma intervenção eficaz para a perda de peso, mas não trata a compulsão alimentar, um comportamento comum em pessoas com obesidade. O comportamento compulsivo, quando privado de sua fonte original, pode ser substituído por novas formas de satisfação, como o consumo excessivo de álcool, para estimular a liberação de dopamina. No entanto, essa não é a única explicação para o aumento do alcoolismo em pacientes bariátricos. O bypass gástrico altera a metabolização do álcool no estômago, reduzindo sua exposição à enzima álcool desidrogenase, que é responsável por quebrá-lo antes de ser absorvido no intestino, contribuindo para uma maior absorção da sua toxicidade no organismo. Objetivo: Analisar se pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, especialmente o bypass gástrico, têm maior chance de desenvolver compulsão ao álcool. Metodologia: Revisão bibliográfica transversal, baseada em uma pesquisa qualitativa de artigos científicos com os descritores: bariatric surgery e alcohol abuse. Foi utilizado o site de busca chamado PUBMED, no qual foram estudados 12 artigos completos e gratuitos sobre o tema, sendo critério de inclusão o período de 2020 a 2025. Resultados: A cirurgia bariátrica bypass aumenta as chances de abuso de álcool em comparação com indivíduos que não possuem o procedimento. Além da maior absorção do álcool, decorrente da redução de sua metabolização, outros fatores também influenciam esse risco. No pós-operatório, recomenda-se evitar carboidratos e açúcares, que ativam o sistema de recompensa cerebral de neurotransmissores de dopamina, com a restrição desses alimentos, pacientes podem buscar novas fontes de prazer, sendo o álcool uma alternativa semelhante às substâncias psicoativas. Essa troca, somada a condições psicológicas e sociais, pode contribuir no desenvolvimento de transtornos do uso de álcool após cirurgia bariátrica. Conclusão: O estudo ajuda compreender sobre as vivências dos pacientes pós-bariátricos que desenvolvem um consumo exagerado de álcool. A cirurgia bariátrica é um tratamento que pode auxiliar a saúde e a qualidade de vida de pessoas que possuem problemas de obesidade. No entanto, o procedimento tem seus riscos. A troca da compulsão alimentar por etilismo foi observada nesses pacientes. Portanto, é essencial que o acompanhamento médico e psicológico destes leve em consideração os riscos da troca de dependência, garantindo um tratamento mais eficaz.

Referências Bibliográficas: CANDIDA, M. Alcoolismo e pós-bariátrica: como a cirurgia influencia no consumo de álcool. Disponível em: . Acesso em: 9 mar. 2025. SANTOS, J. G. DOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, BRASIL; CRUZ, M. S. Alcoolismo após cirurgia bariátrica: relato de caso. Jornal brasileiro de psiquiatria, v. 65, n. 4, p. 340–343, 2016. AZAM, H.; SHAHRESTANI, S.; PHAN, K. Alcohol use disorders before and after bariatric surgery: a systematic review and meta-analysis. Annals of translational medicine, v. 6, n. 8, p. 148, 2018. Acesso: 6 mar. 2025. GREGORIO, V. D. et al. The alcohol consumption is amended after bariatric surgery? An integrative review. Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva [Brazilian archives of digestive surgery], v. 31, n. 2, 2018. Acesso: 7 mar. 2025. RIEDEL, O. et al. Alcohol use disorders after bariatric surgery: a study using linked health claims and survey data. International journal of obesity (2005) , v. 48, n. 11, p. 1656–1663, 2024. Acesso; 7 mar. 2025. TVEDT, H. et al. Problematic alcohol use in post-bariatric patients - a qualitative study. Tidsskrift for den Norske laegeforening: tidsskrift for praktisk medicin, ny raekke, v. 143, n. 1, 2023. Acesso: 6 mar. 2025.

Título: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À OBESIDADE GRAVE EM CRIANÇAS DE 5 A 9 ANOS NO BRASIL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO COMPARATIVO PRÉ E PÓS PANDEMIA
Autores: LETICIA OLIVEIRA DA SILVA, MARIA CLARA SPANHOLI DA ROSA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIFEBE
Palavras Chave: OBESIDADE INFANTIL; EPIDEMIOLOGIA; SAÚDE PÚBLICA.

Trabalho: INTRODUÇÃO: De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade (2019), o Brasil ocupará a 5ª posição mundial entre os países com maior número de crianças obesas até 2030, com apenas 2% de chance de reverter a situação, caso não haja intervenção. Essa tendência se torna mais concreta com dados de 2024 do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que indica 878.577 crianças brasileiras entre 5 e 9 anos com obesidade ou obesidade grave. Vale salientar que a obesidade infantil gera impactos na saúde e contribui para o desenvolvimento de comorbidades como câncer, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. Portanto, trata-se de uma crise de saúde pública, que exige análises críticas e estratégias de controle e prevenção. OBJETIVOS: Analisar a prevalência da obesidade grave em crianças brasileiras entre 5 e 9 anos, comparando os períodos pré e pós-pandemia, e identificar a sua distribuição regional. MÉTODOS: Estudo retrospectivo e quantitativo, baseado em dados do SISVAN de 2019 a 2024. Foram analisadas as taxas de obesidade grave nesses anos, bem como o perfil epidemiológico dos pacientes, organizados por região demográfica. RESULTADOS: No período pré-pandemia (2019), foram registrados 222.949 casos de obesidade grave em crianças de 5 a 9 anos. Em 2020, devido à pandemia, esse número caiu para 148.775 - sugerindo uma subnotificação de dados. Já no período pós-pandemia (2021-2022), houve um aumento crítico, totalizando 583.916 crianças. Em 2023 e 2024, registrou-se 634.776 casos. Destes, destaca-se 2024 como o ano de mais registros. Houve um acréscimo de 113.626 crianças em relação ao ano anterior (2023), totalizando 336.575. (TABELAS) A região NORDESTE apresentou o maior número de casos, principalmente em 2022, com 121.301 crianças. A região CENTRO-OESTE obteve o menor índice, com sua taxa mais elevada em 2024, de 24.296. Ao comparar 2019 e 2024, observou-se uma tendência alarmante: o percentual de crescimento das regiões Centro-Oeste (+92,1%), Sul (+85,0%) e Sudeste (+69,9%). O Nordeste teve o menor aumento (+20,8%), todavia, segue sendo a região com maior número de casos. CONCLUSÃO: Os dados evidenciam um aumento expressivo na prevalência de obesidade grave em crianças brasileiras após a pandemia. A região Nordeste teve destaque com o maior registro. A redução de casos em 2020 sugere subnotificação, enquanto o crescimento seguinte reflete suas consequências. Os resultados explicitam a urgência de políticas publicas para mitigar essa crise.

Referências Bibliográficas: WORLD OBESITY FEDERATION. Atlas Mundial da Obesidade 2019. Londres: World Obesity Federation, 2019. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2025. BRASIL. Ministério da Saúde. Relatórios públicos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), 2024. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2025.

Título: RESPOSTA FAVORÁVEL À CABERGOLINA E ANÁLOGO DE SOMATOSTATINA EM PACIENTE COM ACROMEGALIA E PERSISTÊNCIA TUMORAL
Autores: FABIANA DE SOUZA BARCALA, JULIANA SIGNORI ZIANI, GABRIELA TENEDINI, CAMILA MILENE TIEMANN, JÚLIA CASALLI GROSMAN, LARISSA SEIFERT MARCHEZAN
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
Palavras Chave: ACROMEGALIA, MACROADENOMA, CABERGOLINA

Trabalho: Relato de Caso: Paciente masculino, 40 anos, farmacêutico, procurou atendimento na clínica escola da Unochapecó com queixas de dores osteoarticulares, crescimento anormal das extremidades e da face, além de sudorese excessiva. Ao exame físico, apresentava características típicas de acromegalia. O diagnóstico foi confirmado por níveis elevados de IGF-1 (Fator de Crescimento Semelhante à Insulina 1) e ausência de supressão do GH (hormônio do crescimento) no teste oral de tolerância à glicose. A ressonância magnética revelou macroadenoma hipofisário invasivo de 3,8 × 2,5 × 2,5 cm. O paciente foi submetido à cirurgia, evoluindo com diabetes insipidus transitório. Entretanto, apresentou baixa adesão ao tratamento e persistência da atividade da doença. Iniciou-se lanreotida em dose máxima, mas sem controle bioquímico adequado. Diante da persistência tumoral e da recusa a nova abordagem cirúrgica, introduziu-se cabergolina tardiamente, resultando em melhora bioquímica e redução tumoral. Discussão: O objetivo do tratamento da acromegalia é normalizar os níveis de GH e IGF-1, reduzir o tumor e melhorar os sintomas clínicos. A cirurgia transesfenoidal é a primeira linha de tratamento, mas nem sempre é curativa. Em casos de persistência tumoral, os AS são a opção complementar (Fleseriu et al., 2020). A cabergolina pode ser considerada, especialmente em adenomas co-secretores de GH/PRL (Kasuki et al., 2021). Estudos indicam que cerca de 15% a 30% dos pacientes com acromegalia apresentam adenomas produtores de GH e PRL, os quais tendem a ser maiores, ter menor taxa de cura cirúrgica e maior risco de recidiva (Wang et al., 2012). Neste caso, a adesão irregular ao tratamento contribuiu para a persistência da doença, mas a introdução tardia da cabergolina mostrou-se eficaz na redução tumoral e controle hormonal. Considerações finais: Este caso destaca a importância do acompanhamento regular após a cirurgia. Além dos AS, a cabergolina pode ser uma opção terapêutica adjuvante na doença persistente, principalmente em adenomas co-secretores de GH/PRL. A adesão ao tratamento e o seguimento multidisciplinar são fundamentais para otimizar o controle da doença e prevenir complicações.

Referências Bibliográficas: FLESERIU, M. et al. A Pituitary Society update to acromegaly management guidelines. Pituitary, v. 24, n. 1, p. 1–13, 20 out. 2020. WANG, M. et al. The characteristics of acromegalic patients with hyperprolactinemia and the differences in patients with merely GH‐secreting adenomas: Clinical analysis of 279 cases. Eur J Endocrinol., v. 166, p. 797-802, 2012. KASUKI, L. et.al. Management of Endocrine Disease: Personalized medicine in the treatment of acromegaly. Eur J Endocrinol., v. 184 p. 113-122, 2021.

Título: TERIPARATIDA COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTO PARA OSTEOPOROSE GRAVE EM HOMENS: RELATO DE CASO
Autores: ANIELI BATISTELA , ALINE PECORA DA SILVA, ALESSANDRA NODARI GIOLO
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
Palavras Chave: ENDOCRINOLOGIA; METABOLISMO ÓSSEO; IDOSOS; FRATURA;

Trabalho: Masculino, 61 anos, tabagista com doença pulmonar obstrutiva, dislipidêmico, encaminhado pelo clínico para atendimento endocrinológico em 2021 por osteoporose grave, em tratamento há 10 anos com alendronato, sem resposta. Sem fraturas prévias. Usava betametasona jato, sinvastatina 20mg, AAS 100mg, alendronato 70mg 1x/sem, cálcio + vitamina D 500mg + 400U 2x/sem, aminofilina 200mg 1cp. Entre os exames prévios temos densitometrias ósseas (DMO) desde 2009, que mostram T escore em coluna -4,1 e fêmur -3,2; DMO 2018, T escore coluna -4,2 e fêmur -3,5; DMO 2021, T escore coluna -4,1 e fêmur -3,6. Exames laboratoriais indicaram deficiência de vitamina D (vit.D) 15,1, mas sem alterações significativas para outras causas secundárias. Raio x de coluna dorsal e lombossacra foram solicitadas, quais apresentavam sinais de fratura de fragilidade com achatamento de corpos vertebrais. A terapia inicial foi a reposição de vit.D em dose de ataque (50000 1x/sem 4 semanas) seguida de manutenção (15000 1x/sem). Em 2021, foi autorizado judicialmente o uso de Teriparatida para tratamento de osteoporose grave, iniciando em fevereiro/2022 na dose de 20mg 1x/dia via subcutânea (SC). O alendronato foi suspenso e a vit.D ajustada (7000/sem) para evitar hipercalcemia. Em abril/2022 não apresentava queixas e negava efeitos adversos, exames laboratoriais com vit. D 27,4, FOS 5,9 e Ca 10,6. Foi mantida teriparatida e cálcio e aumentada vit.D (14000/sem). Em dezembro/2022, passou a apresentar aversão à aplicação SC. Optou-se por aguardar nova DMO em 1 ano para decidir manutenção ou suspensão do tratamento. Em 2023, a DMO mostrou melhora significativa na coluna -3,41 e no fêmur -3,8, levando à manutenção do tratamento por mais 6 meses e à reintrodução do bifosfonato. Em novembro/2023, a teriparatida foi suspensa com DMO coluna -3,2, e fêmur -3,6 e foi iniciado risedronato 150mg 1x/mês, mantendo cálcio e vit.D. Em 2024, um ano após a suspensão, foi realizada nova DMO T escore coluna -3,5, fêmur -3,7. Considera-se que a teriparatida, medicação análoga ao hormônio da paratireóide, estimula a formação óssea mais do que a reabsorção e assim reduz o risco de fratura¹. Esta é uma medicação reservada para aqueles que falharam na terapia anterior, seja por continuar a fraturar ou osteoporose grave². Neste caso, foi importante para o ganho de densidade óssea do paciente, e após a suspensão houve piora discreta, mas ainda com melhora significativa na coluna, que é um dos sítios de fratura em idosos.

Referências Bibliográficas: ROSEN, C. J. (Org.). (2024). Parathyroid hormone/parathyroid hormone-related protein analog therapy for osteoporosis. Uptodate¹ JOEL S FINKELSTEIN, M. W. Y. (2024). Treatment of osteoporosis in men. Uptodate.²

Título: PREVALÊNCIA DE NEUROPATIA SENSITIVA EM DIABÉTICOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA DA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL
Autores: ALINE PÉCORA DA SILVA, ALESSANDRA NODARI GIOLLO
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
Palavras Chave: NEUROPATIA SENSITIVO MOTORA; DIABETES MELLITUS; PÉ DIABÉTICO

Trabalho: A complicação crônica mais comum do diabetes mellitus (DM), a neuropatia periférica, afeta mais de 50% dos indivíduos com DM, tornando-se uma importante crise de saúde em todo o mundo. Essa doença é frequentemente associada a dor neuropática e amputação de membros inferiores, afetando a qualidade de vida dos indivíduos¹. Objetiva-se verificar a prevalência de diabéticos com neuropatia sensitiva em um ambulatório de endocrinologia em Erechim (RS). Trata-se de um estudo prospectivo e analítico, com abordagem quali-quantitativa dos dados. Um dos instrumentos utilizados para a coleta de dados foi o questionário Michigan Neuropathy Screening Instrument (MNSI), uma ferramenta para a triagem de neuropatia periférica diabética, constituído de 15 perguntas autoaplicáveis “sim ou não”. Uma pontuação ≥ 4 sugere a presença de neuropatia dolorosa². Além disso, foi realizado o exame físico, testando-se a sensibilidade protetora plantar (SPS) com o uso do Exame de Monofilamento de Semmes-Weinsten (EMSW), no qual foi estimulado 6 pontos em cada pé com um monofilamento de 10g. Foram avaliados 13 participantes com diagnóstico de DM de ambos os sexos, sendo 2 excluídos por não apresentarem nenhum dos métodos diagnósticos alterados. Dentre os 11 participantes restantes, 7 apresentavam quadro de neuropatia diabética pela utilização do QMNSI e EMSW; e 4 apresentaram só o QMNSI alterado. A média de pontuação do QMNSI ficou em 6,3, no qual cerca de 84,6% dos participantes obtiveram uma pontuação ≥ 4. Por outro lado, apenas 53,8% apresentaram uma alteração do teste de sensibilidade. Necessita-se, assim, da combinação do EMSW e QMNSI para comprovar as alterações apresentadas pelo paciente, confirmando o diagnóstico de neuropatia³. Obteve-se o total de 7 indivíduos com neuropatia diabética. Os indivíduos avaliados apresentaram uma média de idade de 65 ± 15,3 anos, em que a maioria (71,5%) era composta por participantes do sexo masculino e o restante do sexo feminino. O tipo de DM com maior prevalência foi o 2 (85,8%). Nota-se também uma prevalência de retinopatia (85,8%) e nefropatia (71,4%) na população estudada. Observa-se que a hiperglicemia crônica, em longo prazo, leva a complicações que atingem olhos, rins, nervos e vasos sanguíneos, contribuindo para o aumento da morbimortalidade dos pacientes diabéticos³. Os principais resultados esperados da pesquisa se mostraram sólidos e ao encontro da literatura sobre o assunto.

Referências Bibliográficas: CASADEI, G. et al. Hemoglobina glicada (HbA1c) como biomarcador para neuropatia periférica do pé diabético. Diseases (Basileia, Suíça) , v. 9, n. 1, pág. 16, 2021¹. FELDMAN, E. L. et al. Diabetic neuropathy. Nature reviews. Disease primers, v. 5, n. 1, p. 41, 2019². FORTALEZA, Ana Claudia et al. Avaliação clínica da sensibilidade em indivíduos com diabetes melito. In: Colloquium Vitae. ISSN: 1984-6436. 2010. p. 44-49³.

Título: MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS NO BRASIL: ANÁLISE COMPARATIVA DA REGIÃO SUL COM DEMAIS REGIÕES (2017-2023)
Autores: JOÃO PEDRO DANI BOBEK, MATHEUS WILLIAN DE PAULA MATOS, HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, GISELE ALVES DE SOUZA, FERNANDA BRUNETTO, JACQUELINE APARECIDA RIBEIRO DE PAULA, ALLAN MACÊDO DE SOUZA E SILVA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UFPR
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS; EPIDEMIOLOGIA; REGISTROS DE MORTALIDADE; BRASIL; REGIÕES GEOGRÁFICAS.

Trabalho: INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que afeta milhões de brasileiros, representando um grave problema de saúde pública. É uma condição influenciada por fatores genéticos e ambientais, sendo a prevalência estimada entre adultos no Brasil de 9,2%. Diante desse contexto, é relevante analisar a mortalidade por DM na região sul do Brasil em comparação com as demais regiões a fim de traçar o perfil epidemiológico da população mais afetada. OBJETIVOS: Descrever dados absolutos, relativos e variáveis associadas à mortalidade por DM no Brasil e em suas regiões entre 2017 e 2023. MÉTODOS: Estudo epidemiológico ecológico descritivo utilizando dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por meio do Sistema de Mortalidade (SIM) pela CID 10, sobre a mortalidade por Diabetes Mellitus Não Especificada (NE), no período de 2017 a 2023, no Brasil e suas regiões. As variáveis analisadas incluem número de óbitos, regiões, faixa etária, sexo e raça. RESULTADOS: Entre 2017 e 2023, o Brasil registrou 358.331 óbitos por DM, com maior incidência na região Sudeste 153.890 (42,95%), enquanto o Sul representou 49.059 (13,69%) e o Centro-Oeste apresentou o menor número, 19.161 (5,35%). O ano com maior número de óbitos foi 2021, 56.192 (15,68%), enquanto 2023 registrou o menor número, 46.034 (12,85%). A faixa etária mais afetada foi a de 80 anos ou mais, 112.496 (31,39%), seguida dos indivíduos de 70 a 79 anos, 100.840 (28,14%). Tendência confirmada no Sul, com aqueles com idade acima de 80 anos sendo a maioria, 6.360 (33,35%). Além disso, nas regiões brasileiras, o sexo feminino representou a maioria dos casos, 53,65%, com o Sul obedecendo esse padrão. Já no Nordeste, as mulheres corresponderam 62.655 (54,86%) dos casos. Indivíduos brancos foram os mais afetados, 172.687 (48,19%), especialmente no Sul, 39.734 (80,99%). No entanto, a população parda foi mais impactada no Norte, 15.031 (68,25%) e Nordeste, 67.610. CONCLUSÃO: Os dados evidenciam variação regional na mortalidade por DM NE entre 2017 e 2023, com maior impacto no Sudeste e menor no Centro-Oeste. O perfil epidemiológico revela vulnerabilidade entre idosos, especialmente acima de 80 anos, além da predominância feminina e dos brancos entre os óbitos, com a região Sul seguindo essa tendência. Esses achados ressaltam a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e manejo do DM, considerando diferenças regionais e sociodemográficas.

Referências Bibliográficas: GARCES, T. S.; DAMASCENO, L. L. V.; SOUSA, G. J. B.; CESTARI, V. R. F.; PEREIRA, M. L. D. Relação entre indicadores de desenvolvimento social e mortalidade por diabetes mellitus no Brasil. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2023. ALVES, et al. Epidemiologia da Diabetes Mellitus no Brasil de 2018 a 2022. Revista de Patologia do Tocantins, v. 10, n. 1, p. 67–71, 2023. DOI: 10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2023v10n1p67. SILVA, B. da et al. Aspectos epidemiológicos do diabetes mellitus no Brasil entre 2019 a 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 6, p. 1067–1076, 2024. FLOR, L. S.; CAMPOS, M. R. Prevalência de diabetes mellitus e fatores associados na população adulta brasileira: evidências de um inquérito de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, n. 1, p. 16–29, 2017.

Título: SÍNDROME DE COHEN, UMA CAUSA RARA DE OBESIDADE E RESISTÊNCIA INSULÍNICA
Autores: GABRIELA SCHONHOFEN SANTOS, MARIANA COSTA SILVA VALENTE
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HU-UFSC
Palavras Chave: COHEN, DIABETES, OBESIDADE, PRADER-WILLY

Trabalho: Mulher, 28 anos, encaminhada para endocrinologia por dislipidemia e diabetes mellitus desde 5 anos de idade, com suspeita de Síndrome de Prader-Willi. Em uso de metformina 1,5g, gliclazida 60mg, enalapril 10mg e sinvastatina 40mg ao dia. Histórico de hipotonia neonatal, microcefalia, estrabismo, miopia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, baixa estatura, neutropenia, infecções de vias aéreas e dentárias de repetição. Sem alterações no desenvolvimento puberal. Ectoscopia: peso 67kg, altura 1,42m; IMC 34,96; circunferência abdominal: 107cm; pressão arterial 110x80mmHg; tireoide normopalpável, padrão troncular de deposição da gordura corporal, preenchimento de fossas supraclaviculares e acantose nigricans. Mãe relatava ganho de peso progressivo, negava hiperfagia. Exames complementares: cariótipo 46,XX; hemoglobina 13,4g/dL; leucócitos totais 5010/uL; neutrófilos 1328/uL (1700-7500) plaquetas: 300.000/uL; glicemia de jejum: 277mg/dL; HbA1c: 7,4%; colesterol total: 115mg/dL; HDL: 31mg/dL; triglicerideos:118mg/dL; creatinina: 0,65mg/dL; RAC: 486mcg/mg; TSH: 0,818uUI/mL; cortisol urinário 15,4ug/dia (9,5-148). Teste genético: microdeleção no cromossomo 8, região q22.2 na posição linear 100,067,471-100,622,400 envolvendo o gene VPS13B (*607817) e relacionado à Síndrome de Cohen (#216550). Discussão: A Síndrome de Cohen é rara, autossômica recessiva e envolve variantes patogênicas por heterozigose composta. A VPS13B é uma proteína transmembrana responsável por manter a integridade funcional do complexo de Golgi, cuja falha leva a diferenciação acelerada de adipócitos, com consequente resistência à insulina por meio de uma redução na fosforilação de AKT (uma proteína quinase). Indivíduos com síndrome de Cohen tendem a manifestar falha no crescimento na infância e tornam-se significativamente acima do peso na adolescência. A idade média de início da obesidade é de 11 anos, com ganho rápido de peso, de 10 a 15 kg, em 4-6 meses e o depósito de gordura tende a ter natureza troncular. Em contraste com síndrome de Prader-Willi, o apetite e a ingestão de alimentos não aumentam durante esse período. Doença de Cushing também entra no diagnóstico diferencial desta condição. Considerações Finais: Apesar de ser uma síndrome rara, é de suma importância seu conhecimento pelo endocrinologista, já que entra no diagnóstico diferencial de obesidade, diabetes melitus e baixa estatura. A detecção precoce é essencial para minimizar complicações relacionadas.

Referências Bibliográficas: >Wang H, Falk MJ, Wensel C, et al. Cohen Syndrome. 2006 Aug 29 [Updated 2016 Jul 21]. In: Adam MP, Feldman J, Mirzaa GM, et al., editors. GeneReviews® [Internet]. Seattle (WA): University of Washington, Seattle; 1993-2025. >Rodrigues J M, Fernandes H D, Caruthers C, et al. (September 18, 2018) Cohen Syndrome: Review of the Literature. Cureus 10(9): e3330. DOI 10.7759/cureus.3330. >Limoge F, Faivre L, Gautier T, Petit JM, Gautier E, Masson D, Jego G, El Chehadeh-Djebbar S, Marle N, Carmignac V, Deckert V, Brindisi MC, Edery P, Ghoumid J, Blair E, Lagrost L, Thauvin-Robinet C, Duplomb L. Insulin response dysregulation explains abnormal fat storage and increased risk of diabetes mellitus type 2 in Cohen Syndrome. Hum Mol Genet. 2015 Dec 1;24(23):6603-13. doi: 10.1093/hmg/ddv366. Epub 2015 Sep 10. PMID: 26358774.

Título: DISTÚRBIO ALIMENTAR E ALTERAÇÕES NO METABOLISMO MINERAL ÓSSEO: UM RELATO DE CASO
Autores: LETÍCIA DALLAGNOL, VITOR WAHYS , MARIANA COSTA SILVA VALENTE
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HU - UFSC
Palavras Chave: NEFROCALCINOSE, NEFROLITÍASE, BULIMIA, HIPERPARATIREOIDISMO

Trabalho: Descrição: Mulher, 35 anos, encaminhada para a endocrinologia por suspeita de hiperparatireoidismo primário. Apresentava nefrolitíase de repetição, nefrocalcinose medular bilateral e perda progressiva da função renal, redução da taxa de filtração glomerular (TFG) de 55 ml para 33 ml/min, nos últimos 3 anos. Encontrava-se normotensa, sem edema, IMC de 40 kg/m2. TFG (CKD-EPI) 31,9 ml/min/1,73m; PTH 422 pg/ml (18-88), fósforo 3,4 mg/dl (2,7-4,5), albumina 2,7 g/dl (3,5-5,5); cálcio corrigido com albumina 10,24 mg/dl (8,1-11,0); magnésio 1,5 mg/dl (1,6-2,6); 25-hidroxivitamina D 20 mg/ml; 1,25 di-hidroxivitamina D 65,8 pg/mL (19,9-79,3); ácido úrico 3,8 mg/dl (2,4-5,7) e urinário 273mg/24 hrs (250-750); oxalatúria 15,4 mg/24 hrs (4,0-31); Na 140 mEq/L (135-145) ; K 3,6 mEq/L (3,5-5,5); ; calciúria 208mg /24hrs (100-250); citratúria 532 mg/24 hrs (>320); proteinúria 1464 mg/24 hrs (<150 mg); Densitometria, radiografia de ossos longos, coluna dorsal e lombar e ultrassonografia cervical sem alterações. Cintilografia de paratireoides sem hiperplasia ou adenoma das paratireoides. Exames da propedêutica nefrológica descartavam causas infecciosas e autoimunes; painel genético Next-Generation Sequencing para nefropatias sem mutações ou VUS. Durante acompanhamento, revelou hábitos purgativos frequentes desde a adolescência, mais intensos nos últimos 5 anos: vômitos pós prandiais mais de 4 vezes ao dia, exercícios intensos, negou uso de diuréticos. Discussão: Calcemia e calciúria no limite superior da normalidade associadas a fósforo no limite inferior não são alterações típicas da insuficiência renal. Hiperparatireoidismo primário foi afastado pois paciente não apresentava alterações ósseas. Vômitos frequentes, podem levar à desidratação, hipercalcemia, hipercalciúria, hipofosfatemia e hipomagnesemia, com evolução para nefrocalcinose, insuficiência renal crônica e hiperparatireoidismo secundário. Considerações finais: Transtornos alimentares são frequentes em mulheres jovens e devem ser suspeitados em pacientes com nefrocalcinose e nefrolitíase de repetição.

Referências Bibliográficas: Santini M, Sorić A, Mioč P, Car S, Đula K, Zeljkovic I. Intentional vomiting as a rare cause of hypercalcemia and consequent acute renal failure: a case report. Front Med (Lausanne). 2024 Jun 28;11:1394601. doi: 10.3389/fmed.2024.1394601. PMID: 39005653; PMCID: PMC11239332. Medarov BI. Milk-alkali syndrome. Mayo Clin Proc. 2009 Mar;84(3):261-7. doi: 10.4065/84.3.261. PMID: 19252114; PMCID: PMC2664604 Takahiko Hoshino, Takahiro Uchida, Takashi Sakai, Minami Koizumi, Mitsuya Mukae, Tadasu Kojima, Muneharu Yamada, Takaya Matsushita, Takashi Oda, Prominent nephrocalcinosis leading to end-stage kidney disease in a young female with eating disorder: A case report, Human Pathology Reports, Volume 37, 2024, 300747, ISSN 2772-736X,https://doi.org/10.1016/j.hpr.2024.300747. (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2772736X24000197)

Título: DIABETES MELLITUS 2 E SUAS COMPLICAÇÕES: ANÁLISE DA MORTALIDADE NA REGIÃO SUL DO BRASIL NO PERÍODO DE 2017-2023
Autores: HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, ALLAN MACEDO DE SOUSA E SILVA, FERNANDA BRUNETTO, GISELE ALVES DE SOUZA, JACQUELINE APARECIDA RIBEIRO DE PAULA, JOÃO PEDRO DANI BOBEK, SARAH DA COSTA ALMEIDA VIEIRA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS TIPO 2; MORTALIDADE; EPIDEMIOLOGIA;

Trabalho: INTRODUÇÃO: De acordo com uma análise conduzida pela NCD Risk Factor Collaboration com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de adultos vivendo com diabetes no mundo ultrapassou 800 milhões, mais que quadruplicando desde 1990. Não distante dessa realidade global, o Brasil apresenta cerca de 20 milhões de diabéticos com uma parcela crescente de pessoas com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2). Diante desse cenário, torna-se relevante traçar o perfil epidemiológico da mortalidade por DM 2, a fim de destacar a relevância dessa condição e suas complicações. OBJETIVOS: Descrever dados absolutos, relativos e variáveis relacionados à mortalidade por DM 2 na região sul do Brasil entre 2017 e 2023. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico descritivo utilizando dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por meio do Sistema de Mortalidade (SIM) pela CID 10, sobre a mortalidade relacionada ao Diabetes Mellitus tipo 2, no período de 2017 a 2023, na Região Sul do Brasil. As variáveis de interesse foram: Número absoluto de óbitos notificados, unidade da federação, faixa etária, sexo e raça. RESULTADOS: No período analisado, houve um total de 19.938 óbitos decorrentes de diabetes mellitus não insulino dependente (tipo 2), e entre 2017 e 2023, houve um crescimento de 194,51% no número absoluto de óbitos registrados. O estado do Rio Grande do Sul (RS) foi aquele com maior número de óbitos, 11.189 (56,12%) do total, seguido do Paraná (PR), com 5.000 (25,08%) e Santa Catarina (SC), com 3.749 (18,80%). A faixa etária de 80 anos e mais foi a com maior número de óbitos, totalizando 7.099 (35,6%), seguida da faixa etária entre 70 e 79 anos, que contabilizou 5.976 (29,97%) óbitos. Quanto ao sexo, 10.658 (53,45%) dos óbitos relacionados ao DM 2 foram de mulheres. Dentre os óbitos notificados, 16.601 (83,26%) foram de autodeclarados brancos e 1.735 (8,70%) pardos. CONCLUSÃO: O Diabetes Mellitus tipo 2 continua a crescer globalmente e no sul do Brasil, representando um desafio de saúde pública. Apesar dos avanços na saúde, o impacto da doença no país não foi reduzido, como evidenciado pelo aumento da mortalidade notificada no período analisado. Além disso, esse crescimento acompanha tendências globais, estando associado ao envelhecimento populacional e possivelmente à falta de detecção precoce, rastreamento e acesso a terapias seguras e eficazes, que poderiam reduzir a morbidade e a mortalidade.

Referências Bibliográficas: ALI, Mohammed K.; PEARSON-STUTTARD, Jonathan; SELVIN, Elizabeth; GREGG, Edward W. Interpreting global trends in type 2 diabetes complications and mortality. Diabetologia, v. 65, n. 1, p. 3-13, 2022. DOI: 10.1007/s00125-021-05585-2. NCD RISK FACTOR COLLABORATION (NCD-RisC). Worldwide trends in diabetes prevalence and treatment from 1990 to 2022: a pooled analysis of 1108 population-representative studies with 141 million participants. The Lancet, v. 404, n. 10467, p. 2077-2093, 2024. DOI: 10.1016/S0140-6736(24)02317-1. KHAN, M. A. B.; HASHIM, M. J.; KING, J. K.; GOVENDER, R. D.; MUSTAFA, H.; AL KAABI, J. Epidemiology of type 2 diabetes – global burden of disease and forecasted trends. Journal of Epidemiology and Global Health, v. 10, n. 1, p. 107-111, 2020. DOI: 10.2991/jegh.k.191028.001. MOREIRA, P. V. L. et al. Predicting the prevalence of type 2 diabetes in Brazil: a modeling study. Frontiers in Public Health, v. 12, 2 maio 2024. DOI: 10.3389/fpubh.2024.1275167. McBENEDICT, Billy et al. Diabetes mellitus mortality trends in Brazil from 2000 to 2021: an in-depth joinpoint analysis. Cureus, v. 16, n. 1, e51632, 4 jan. 2024. DOI: 10.7759/cureus.51632.

Título: TIREOGLOBULINA NÃO ESTIMULADA COMO FATOR PROGNÓSTICO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES COM CÂNCER DE TIREOIDE DE ALTO RISCO: UMA COORTE RETROSPECTIVA
Autores: JÚLIA ISABEL RICHTER CICOGNA, SOPHIA YADA NOGUCHI, ADRIANO NAMO CURY, GIOVANNA MARCELA VIEIRA DELLA NEGRA, MARCELO SOARES SCHALCH, CAROLINA FERRAZ DA SILVA, ROSÁLIA DO PRADO PADOVANI
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
Palavras Chave: CÂNCER DE TIREOIDE; TIREOGLOBULINA; PROGNÓSTICO.

Trabalho: Introdução: Pacientes com câncer diferenciado de tireoide (CDT) de alto risco têm desfechos variáveis. Embora a tireoglobulina estimulada (Tg-E) pós-operatória seja um marcador preditivo reconhecido, o significado prognóstico da tireoglobulina não estimulada (Tg-NE) ainda não foi explorado neste grupo. Objetivos: Avaliar o valor prognóstico da Tg-NE pós-operatória em pacientes com CDT de alto risco. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo (2015-2024) em dois hospitais terciários brasileiros. Dados clínicos e laboratoriais foram coletados no início, durante o tratamento e após um ano de seguimento. Os desfechos foram categorizados como favorável (resposta excelente/indeterminada) ou desfavorável (incompleta bioquímica/estrutural). Curvas ROC determinaram os melhores pontos de corte para prever desfechos e metástases. Para análise multivariada, utilizou-se regressão logística. Resultados: Foram identificados 1.000 pacientes com CDT, dos quais 144 eram de alto risco. Foram excluídos casos com anti-tireoglobulina positiva ou dados incompletos, totalizando 57 participantes. Preditores significativos de desfechos desfavoráveis incluíram idade mais avançada ao diagnóstico (p=0,048), maior tamanho tumoral (p=0,002) e níveis elevados de Tg-NE (p<0,001) e Tg-E (p<0,001) no pós-operatório. Em regressão logística multivariada, a Tg-NE foi um fator de risco independente para a previsão do desfecho [odds ratio (OR) = 0,008; IC 95%: 0,001 – 0,088; p < 0,001]. O valor de corte de Tg-NE de 2,1 ng/mL apresentou alta precisão para distinguir os desfechos [sensibilidade(S): 83,3%; especificidade(E): 96%; acurácia(A): 90,7%). O valor de corte de 3,8 ng/mL foi eficaz para identificar o desenvolvimento de metástases (S: 86,4%; E: 90,5%; S: 88,4%). A Tg-NE teve desempenho semelhante em relação à Tg-E, com maior área sob a curva (AUC) para resposta desfavorável (respectivamente, AUC 0,913 vs. 0,850; p=0.964) e desenvolvimento de metástases (AUC 0,905 vs. 0,896; p=0.980). Conclusão: A Tg-NE pós-operatória é um forte preditor de resposta em pacientes com CDT de alto risco, oferecendo uma alternativa não inferior à Tg-E, com maior acessibilidade e menos efeitos colaterais. A partir destes resultados, propomos um algoritmo para otimizar o manejo desses casos. No pós-operatório, Tg-NE acima de 2,1 ng/mL, especialmente maior que 3,8 ng/mL, deve incitar a investigação de focos metastáticos potencialmente tratáveis antes da radioiodoterapia. Estudos prospectivos são necessários.

Referências Bibliográficas: 1. Boucai L, Zafereo M, Cabanillas ME. Thyroid cancer. JAMA. 2024;331(5):425. doi:10.1001/jama.2023.26348 2. Tuttle RM, Haugen B, Perrier ND. Updated American Joint Committee on Cancer/Tumor-Node-Metastasis Staging System for Differentiated and Anaplastic Thyroid Cancer (Eighth Edition): What changed and why? Thyroid. 2017;27(6):751-756. doi:10.1089/thy.2017.0102 3. Manzardo OA, Cellini M, Indirli R, et al. TNM 8th edition in thyroid cancer staging: is there an improvement in predicting recurrence? Endocrine Related Cancer. 2020;27(6):325-336. doi:10.1530/erc-19-0412 4. Gillanders SL, O’Neill JP. Prognostic markers in well differentiated papillary and follicular thyroid cancer (WDTC). European Journal of Surgical Oncology. 2017;44(3):286-296. doi:10.1016/j.ejso.2017.07.013 5.Prognostic factors in differentiated thyroid cancer revisited. PubMed. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28457063/. Published February 1, 2017. 6. Haugen BR, Alexander EK, Bible KC, et al. 2015 American Thyroid Association Management Guidelines for Adult Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer: The American Thyroid Association Guidelines Task Force on Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer. Thyroid. 2015;26(1):1-133. doi:10.1089/thy.2015.0020 7. Tuttle RM, Sabra MM. Ata High-Risk Thyroid Cancer Patients Demonstrating an Excellent Response to Therapy Within A Few Weeks of Initial Therapy Have Better than Expected Clinical Outcomes. Endocrine Practice. 2019;25(3):287-289. doi:10.4158/ep-2018-0631 8.Li S, Ren C, Gong Y, et al. The role of thyroglobulin in preoperative and postoperative evaluation of patients with differentiated thyroid cancer. Frontiers in Endocrinology. 2022;13. doi:10.3389/fendo.2022.872527 9. Tian T, Kou Y, Huang R, Liu B. Prognosis of High-Risk Papillary Thyroid Cancer Patients with Pre-Ablation Stimulated TG <1 NG/ML. Endocrine Practice. 2019;25(3):220-225. doi:10.4158/ep-2018-0436 10. Yang X, Liang J, Li T, Zhao T, Lin Y. Preablative stimulated thyroglobulin correlates to new therapy response system in differentiated thyroid cancer. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. 2016;101(3):1307-1313. doi:10.1210/jc.2015-4016 11. Kelly A, Barres B, Kwiatkowski F, et al. Age, thyroglobulin levels and ATA risk stratification predict 10-year survival rate of differentiated thyroid cancer patients. PLoS ONE. 2019;14(8):e0221298. doi:10.1371/journal.pone.0221298 12. Ibrahimpasic T, Nixon IJ, Palmer FL, et al. Undetectable thyroglobulin after total thyroidectomy in patients with low- and intermediate-risk papillary thyroid cancer— is there a need for radioactive iodine therapy? Surgery. 2012;152(6):1096-1105. doi:10.1016/j.surg.2012.08.034

Título: INTERNAÇÕES, LETALIDADE E CUSTOS HOSPITALARES POR DIABETES MELLITUS EM SANTA CATARINA/BRASIL: ANÁLISE DO PADRÃO TEMPORAL (2013-2023)
Autores: VINICIUS DA SILVA LORENS, IGOR TIOSSO BATISTETTI, RAFAEL HENKES MACHADO, RENATA COPINI RAMOS, MELISSA SEBASTIANI DE OLIVEIRA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS; INTERNAÇÃO HOSPITALAR; CUSTOS HOSPITALARES

Trabalho: Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica de alta prevalência e impacto significativo na morbimortalidade populacional, sendo um dos principais desafios de saúde pública. Objetivos: Avaliar a tendência temporal das internações hospitalares, letalidade e custos hospitalares por DM no estado de Santa Catarina, Brasil, entre 2013 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, utilizando dados do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), extraídos do DATASUS. Foram incluídas internações por DM em ambos os sexos, estratificadas por faixa etária e macrorregiões de saúde. As variáveis analisadas foram taxas de internação por 100 mil habitantes, letalidade (%) e custos hospitalares (R$). A tendência temporal foi avaliada por regressão joinpoint, com cálculo da Variação Percentual Anual (APC) e da Variação Percentual Anual Média (AAPC), considerando intervalo de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância de 5%. Resultados: Foram registradas 46.914 internações hospitalares por DM, em Santa Catarina, no período analisado. A taxa de internação reduziu significativamente em 2,11% ao ano (IC95%: -3,54 a -0,69; p<0,001). Em comparação com sexo masculino, apenas no sexo feminino observou-se redução de 3,99% ao ano (IC95%: -5,98 a -2,08; p<0,001). As faixas etárias de 70-79 anos e 80+ apresentaram as maiores reduções no sexo masculino (-4,66% e -6,52% ao ano, respectivamente; p<0,001), enquanto nas mulheres, a redução ocorreu em 60-69 anos (-8,85% ao ano; p<0,001) e 70-79 anos (-10,10% ao ano; p<0,001). Houve aumento significativo nas internações dos grupos de 10-19 anos (+6,31%; p<0,001) e 20-29 anos (+10,26%; p<0,001). A maior redução na taxa de internações ocorreu na região Sul (-3,49% ao ano; p<0,001). O custo total das internações hospitalares por DM foi de R$ 46.121.679,00, com crescimento anual de 11,79%, ocorrendo de forma mais intensa na macrorregião Sul. As taxas de letalidade variaram entre 3,17% (2017) e 4,80% (2021), encerrando 2023 em 3,41%. Conclusão: Houve uma redução significativa nas internações hospitalares por DM em Santa Catarina, especialmente entre os idosos e no sexo feminino, enquanto as faixas etárias mais jovens apresentaram aumento. O custo hospitalar por DM aumentou substancialmente ao longo do período, destacando a necessidade de fortalecimento das estratégias de prevenção e manejo da doença na atenção primária para minimizar os impactos econômicos sobre o sistema de saúde.

Referências Bibliográficas: [1] Organização Mundial da Saúde. Mortes por DNTs [Internet]. Disponível em: https://www.who.int/data/gho/data/themes/topics/topic-details/GHO/ncd-mortality. Acesso em: 27 fev. 2025. [2] Federação Internacional de Diabetes (IDF). Atlas de Diabetes da IDF. 9ª ed. Bruxelas: Federação Internacional de Diabetes; 2021 [Internet]. Disponível em: https://diabetesatlas.org/. Acesso em: 25 fev. 2025. [3] Flor LS, Campos MR. Prevalência de diabetes mellitus e fatores associados na população adulta brasileira: evidências de um inquérito de base populacional. Rev Bras Epidemiol [Internet]. 2017 Mar;20(1):16–29. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201700010002. Acesso em: 25 fev. 2025. [4] Costa LF da, Silva AEC da, Moraes RM de, Ribeiro AL de A, Schramm JMA, Boing AF. Tendência temporal e gastos das internações com diagnóstico principal por diabetes mellitus no Sistema Único de Saúde do Brasil, 2011 a 2019. Epidemiol Serv Saude [Internet]. 2023 Maio 9;32(4):e20230006. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s2237-96222023000400006.pt. Acesso em: 25 fev. 2025. [5] Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Superintendência de Vigilância em Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Gerência de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos Não Transmissíveis (GADNT). Diabetes mellitus. Informativo Epidemiológico. 2023;1.

Título: TESTOSTERONA NA PÓS-MENOPAUSA: DIVERGÊNCIAS NA PRESCRIÇÃO ENTRE AS ESPECIALIDADES NO PARANÁ.
Autores: BRUNA MARTINS PEREIRA , GABRIELLA GRETTER TEIXEIRA , GABRIELA CRISTINE BUENO KRAST, ISABELLA MOTTIN CAVASSO, JAIME KULAK JÚNIOR
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: DEPARTAMENTO DE TOCOGINECOLOGIA DA UFPR
Palavras Chave: TESTOSTERONA; PÓS-MENOPAUSA; ABORDAGENS TERAPÊUTICAS.

Trabalho: Introdução: A prescrição de testosterona é uma abordagem eficaz para o manejo de queixas sexuais em pacientes pós-menopausa, proporcionando melhora na qualidade de vida, mas permanece cercada de controvérsias entre médicos. Objetivo: Descrever o perfil das escolhas terapêuticas adotadas por ginecologistas e endocrinologistas no manejo de queixas sexuais em mulheres pós-menopausa no Paraná, com foco na adesão às diretrizes clínicas vigentes (NAMS, 2022; NICE, 2024; SOBRAC, 2024). Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal, realizado por meio de questionários eletrônicos respondidos por médicos entre agosto e dezembro de 2024. Aprovado pelo Comitê de Ética do Setor de Ciências da Saúde da UFPR (CAAE de 80341424.2.0000.0102). Resultados: Dos 101 participantes, 51% eram Ginecologistas obstetras (GOs) e 49% eram Endocrinologistas metabologistas (EMs). Houve uma diferença entre as especialidades na abordagem de paciente na pós menopausa, ooforectomizada, com queixas de disfunção sexual: 50,5% dos médicos participantes prescreveriam testosterona transdérmica conforme diretriz, sendo 61,5% GOs contra 38,8% dos EMs (p=0,01). Houve também diferença entre os gêneros dos médicos: 57,7% das mulheres, contra 33,3% dos homens (p<0,001). Os dados sugerem uma menor adesão dos EMs e maior prescrição por mulheres. Em outro caso clínico, com paciente pós menopausa, em uso de TH combinada e queixa de anorgasmia sem outras causas: 70,3% prescreveriam testosterona transdérmica, sem diferença estatística significativa entre especialidades (p=0,68). Contudo, 29,7% dos médicos optaram por condutas divergentes das diretrizes, sugerindo resistência ou falta de atualização. Ao questionar sobre a decisão de suspender o uso da testosterona via transdérmica: 62,5% dos médicos optaram por não suspender no caso de paciente na pós menopausa com queixas sexuais em uso de 2mg/dia há 24 semanas, relatando melhora com o tratamento. O tratamento da síndrome de deficiência androgênica (HSDD) deve ser suspenso apenas se persistência dos sintomas ou efeitos androgênicos desfavoráveis. Mesmo assim, 37,6% dos médicos optaram pela suspensão, esse dado reflete receio persistente quanto a terapia androgênica. Conclusão: A principal discrepância foi a menor prescrição de testosterona via transdérmica por EMs em relação aos GOs, essa diferença destaca a necessidade de uma maior padronização na abordagem terapêutica.

Referências Bibliográficas: Fernandes CE, Rennó J Jr., Nahas EAP, Melo NR et al. Síndrome de insuficiência androgênica- Critérios diagnósticos e terapêuticos. Rev Psiq Clin. 2006; 33(3): 152-61 Islam RM, Bell RJ, Green S, et al. Safety and efficacy of testosterone for women: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trial data. Lancet Diabetes Endocrinol. 2019;7:754-66 National Institute for Health and Care Excellence. (2024). Menopause: identification and management (NICE guideline [NG23]). Retrieved from Lobo, R. A., Davis, S. R. & De Villiers, T. J. Prevention of diseases after menopause.Climacteric 17, 540-556 (2014). Machado, R. B, et al. (2023). Prevalence and impact of vasomotor symptoms associated with menopause among women in Brazil: Subgroup analysis from an international cross-sectional survey. Maturitas, 189, 108114. https://doi.org/[10.1016/j.maturitas.2024.108114] Manson, J. E. et al. Menopausal hormone therapy and health outcomes during the intervention and extended poststopping phases of the Women's Health Initiative randomized trials. JAMA 310, 1353-1368 (2013). Were, As. K. Marin, J. R. Ke, T. Wa WiSDOM eam (2008, Hean elated quality of life after combined hormone replacement therapy: randomised controlled trial. BMJ (Clinical research ed.), 337, a1190. https://doi.org/10.1136/bmj.a1190 Shifren, J. L., Davis, S. R., Moreau, M., Waldbaum, A., Bouchard, C., DeRogatis, L., Derzko, C., Bearnson, P., Kakos, N., O'Neill, S., Levine, S., Wekselman, K., Buch, A., Rodenberg, C., & Kroll, R. (2006). Testosterone patch for the treatment of hypoactive sexual desire disorder in naturally menopausal women: results from the INTIMATE NM1Study. Menopause (New York,N.Y.), 13(5), 770-779.

Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE TURNO DE TRABALHO E NÍVEIS DE VITAMINA D EM MULHERES TRABALHADORAS: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Autores: INGRID STÄHLER KOHL, ANDERSON GARCEZ, JANAÍNA CRISTINA DA SILVA, HARRISON CANABARRO, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UFRGS
Palavras Chave: TRABALHO EM TURNOS; VITAMINA D; SAÚDE DO TRABALHADOR

Trabalho: INTRODUÇÃO: A vitamina D desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde óssea e muscular, além de estar associada a diversas outras condições de saúde. Dentre os fatores de risco conhecidos para níveis reduzidos de vitamina D, a ocupação tem-se mostrado importante contribuinte. Neste estudo, espera-se que as trabalhadoras do turno noturno tenham uma maior prevalência de deficiência e insuficiência de vitamina D quando comparadas às do turno diurno. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre os turnos de trabalho e a prevalência de deficiência e insuficiência de vitamina D em mulheres trabalhadoras da região metropolitana de Porto Alegre, RS. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado com 304 mulheres de um grupo industrial localizado na região metropolitana de Porto Alegre, no Sul do Brasil. O turno de trabalho foi coletado a partir de entrevista e utilizado o horário de entrada e saída do expediente, sendo classificadas em turno “diurno” (06:00 - 22:00) e “noturno” (20:00 - 06:00). A deficiência de vitamina D foi definida como nível séricos de 25(OH)D <20 ng/mL, e a insuficiência como <30 ng/mL. A associação entre turno de trabalho e deficiência/insuficiência de vitamina D foi analisada por meio de regressão de Poisson, ajustada para possíveis variáveis de confusão, e expressa em razão de prevalências (RP). RESULTADOS: A prevalência de deficiência de vitamina D (<20 ng/mL) foi de 36,5% (IC95%: 31,1–41,9), enquanto a de insuficiência (<30 ng/mL) foi de 75,7% (IC95%: 70,8–80,5). Mulheres do turno noturno apresentaram probabilidade 65% maior de deficiência (RP=1,65; IC95%: 1,23–2,22; p=0,001) e 15% maior de níveis inferiores a 30 ng/mL (RP=1,15; IC95%: 1,01–1,31; p=0,035) em comparação às do turno diurno, nos modelos amplamente ajustados. CONCLUSÃO: Os achados do presente estudo apontaram uma alta prevalência de hipovitaminose D em mulheres trabalhadoras de turnos fixos na região metropolitana de Porto Alegre, além de uma maior probabilidade de deficiência e insuficiência de vitamina D entre as trabalhadoras do turno noturno quando comparadas às do turno diurno.

Referências Bibliográficas: Charoenngam, N.; Holick, M.F. Immunologic Effects of Vitamin D on Human Health and Disease. Nutrients 2020, 12, doi:10.3390/nu12072097. Coppeta, L.; Papa, F.; Magrini, A. Are Shiftwork and Indoor Work Related to D3 Vitamin Deficiency? A Systematic Review of Current Evidences. J Environ Public Health 2018, 2018, 8468742, doi:10.1155/2018/8468742. Divakar, U.; Sathish, T.; Soljak, M.; Bajpai, R.; Dunleavy, G.; Visvalingam, N.; Nazeha, N.; Soh, C.K.; Christopoulos, G.; Car, J. Prevalence of Vitamin D Deficiency and Its Associated Work-Related Factors among Indoor Workers in a Multi-Ethnic Southeast Asian Country. Int J Environ Res Public Health 2019, 17, doi:10.3390/ijerph17010164. Holick, M.F.; Binkley, N.C.; Bischoff-Ferrari, H.A.; Gordon, C.M.; Hanley, D.A.; Heaney, R.P.; Murad, M.H.; Weaver, C.M.; Endocrine, S. Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab 2011, 96, 1911-1930, doi:10.1210/jc.2011-0385. Institute of Medicine (US) Committee to Review Dietary Reference Intakes for Vitamin D and Calcium; Ross AC, Taylor CL, Yaktine AL, et al., editors. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D. Washington (DC): National Academies Press (US); 2011. 3, Overview of Vitamin D. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK56061/. 2011. Passeri, G.; Giannini, S. Benefits of Vitamin D in Health and Diseases. Nutrients 2023, 15, doi:10.3390/nu15112419. Sowah, D.; Fan, X.; Dennett, L.; Hagtvedt, R.; Straube, S. Vitamin D levels and deficiency with different occupations: a systematic review. BMC Public Health 2017, 17, 519, doi:10.1186/s12889-017-4436-z. Zmijewski, M.A. Vitamin D and Human Health. Int J Mol Sci 2019, 20, doi:10.3390/ijms20010145.

Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE TRANSTORNO MENTAL COMUM E NÍVEL DE VITAMINA D EM MULHERES TRABALHADORAS NO SUL DO BRASIL.
Autores: INGRID STAHLER KOHL, ANDERSON GARCEZ, JANAÍNA CRISTINA DA SILVA, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UFRGS
Palavras Chave: SAÚDE MENTAL, VITAMINA D; SAÚDE DO TRABALHADOR

Trabalho: INTRODUÇÃO: Os transtornos mentais comuns (TMC), caracterizados por sintomas ansiosos, depressivos e somáticos, impactam negativamente a qualidade de vida e o desempenho ocupacional. Evidências sugerem que os TMC podem influenciar negativamente os níveis séricos de vitamina D, possivelmente através de mecanismos comportamentais como redução de atividades ao ar livre, alterações alimentares, entre outros. Entretanto, essa relação permanece pouco explorada em populações ocupacionais, particularmente entre trabalhadoras de turnos. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre TMC e deficiência/insuficiência de vitamina D em mulheres trabalhadoras de turnos de uma indústria localizada no sul do Brasil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado com 304 mulheres trabalhadoras em turnos fixos (escala de 6 dias/semana), realizado entre agosto/2022 e março/2023. Os TMC foram avaliados pelo Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), considerando-se TMC aquelas com pontuação ≥8. A deficiência/insuficiência de vitamina D foi definida como níveis séricos de 25(OH)D <30 ng/mL. RESULTADOS: A média de idade da amostra foi de 35 anos (±10 anos). A maior parte da amostra era branca (69,7%), nunca fumaram (76,3%), não consumiam bebida alcóolica regularmente (68,8%) e tinham um consumo adequado de frutas e verduras (77%). Entretanto, apenas 29,6% realizavam atividade física no lazer e 43,6% dormiam ≤6 horas/dia. A prevalência de TMC foi de 46,4% (IC95% 40,7 – 52,0) e a prevalência de deficiência/insuficiência de vitamina D foi de 75,7% (IC95% 70,8 – 80,5). Observou-se que as mulheres com TMC apresentaram maior prevalência de deficiência/insuficiência de vitamina D quando comparadas às sem TMC (81,6% vs. 70,5%, p=0,026). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem uma associação significativa entre TMC e níveis inadequados de vitamina D em trabalhadoras de turnos. Esses achados reforçam a necessidade de abordagens integradas que considerem tanto a saúde mental quanto o status de vitamina D nesta população ocupacional vulnerável.

Referências Bibliográficas: Goldberg, D; Huxley, P. Common mental disorders: a bio-social model. British journal of psychiatry, [s. L.], v. 162, n. 4, p. 581–581, 1992. Disponível em: https://doi.org/10.1192/s000712500003751x Kwasky, AN; Groh, CJ. Vitamin d and depression: is there a relationship in young women? J am psychiatr nurses assoc. 2012 jul-aug;18(4):236-43. Doi: 10.1177/1078390312452451. Pmid: 22855566. Kwon, SI; Son, JS; Kim, YO; Chae, CH, Kim, JH; Kim, CW, Park, HO; Lee, JH; Jung, JI. Association between serum vitamin d and depressive symptoms among female workers in the manufacturing industry. Ann occup environ med. 2015 dec 12;27:28. Doi: 10.1186/s40557-015-0083-y. Pmid: 26693028; pmcid: pmc4676810. Maddock, J; Berry, DJ; Geoffroy, MC; Power, C, Hyppönen, E. Vitamin d and common mental disorders in mid-life: cross-sectional and prospective findings. Clin nutr. 2013 oct;32(5):758-64. Doi: 10.1016/j.clnu.2013.01.006. Epub 2013 jan 21. Pmid: 23395104. Mari, JJ; Williams, P. A validity study of a psychiatric screening questionnaire. British journal of psychiatry, [s. L.], v. 148, p. 23–27, 1986. Ristic, S; Kocic, S; Milovanovic, DR, Mihajlovic G; Mihailovic, N; Lucic, AT; Zivanovic, S. Vitamin d status in patients with mental disorders: a cross-sectional analysis of single cohort from routine practice. Acta endocrinol (buchar). 2017 jan-mar;13(1):40-46. Doi: 10.4183/aeb.2017.40. Pmid: 31149146; pmcid: pmc6525761. Seiler, N; Tsiglopoulos, J; Kem, M; Das, S; Waterdrinker, A. Prevalence of vitamin d deficiency among psychiatric inpatients: a systematic review. Int j psychiatry clin pract. 2022 nov;26(4):330-336. Doi: 10.1080/13651501.2021.2022701. Epub 2022 jan 4. Pmid: 36469622.

Título: AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA PERDA EXPRESSIVA DE PESO EM MULHERES: UM ESTUDO QUALITATIVO
Autores: LUIZA MACHADO BLANK , LAURA GOMES BOABAID DE BARROS, LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, MARIA EDUARDA VIEIRA FERREIRA, ALICE WEISS JUNG, GABRIELA HEIDEN TELO
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: ESCOLA DE MEDICINA, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Palavras Chave: EMAGRECIMENTO; AUTOESTIMA FEMININA; BEM-ESTAR PSICOLÓGICO;

Trabalho: INTRODUÇÃO: A perda expressiva de peso envolve não apenas mudanças físicas e metabólicas, mas também psicológicas e sociais. Indivíduos com mudanças significativas no peso corporal frequentemente experimentam transformações na forma como percebem a si mesmos e são percebidos pelos outros. OBJETIVO: Compreender as experiências vividas por mulheres após perda expressiva de peso. MÉTODOS: Estudo qualitativo incluindo indivíduos com 18 anos ou mais que haviam realizado cirurgia bariátrica em um centro especializado no tratamento de obesidade no Sul do Brasil pelo menos um ano antes da inclusão no estudo. Para a coleta dos dados qualitativos, questionário padronizado com perguntas abertas foi aplicado durante entrevista com a equipe de pesquisa. A avaliação do impacto da perda de peso foi realizada por meio de análise temática indutiva seguida de codificação dedutiva. RESULTADOS: Foram entrevistadas 30 mulheres com idade média de 42,67 ± 10,28 anos e uma perda média de excesso de peso após a cirurgia bariátrica de 66,44 ± 16,12%. A partir da análise de conteúdo, quatro temas principais foram identificados: 1. Impacto na imagem corporal; 2. Impacto na autoestima; 3. Impacto nas relações interpessoais; e 4. Impacto na saúde mental e bem-estar. Todos os participantes relataram pelo menos uma mudança significativa após a perda de peso. A maioria dos participantes observou impacto positivo na autoestima e na imagem corporal, como evidenciado por frases como “Eu me sinto muito melhor comigo mesmo” e “As pessoas começaram a me olhar de forma diferente devido à minha mudança, as pessoas perceberam”. Também foi registrado impacto positivo nas relações interpessoais e na saúde mental e bem-estar, evidenciado por relatos como “Antes eu tinha uma vida bem restrita e agora eu tenho uma vida social normal. Até consigo sair com os meus amigos”, “Minha autoestima está bem melhor, estou bem menos ansiosa do que eu era antes e a questão social também melhorou, estou mais confiante nas pessoas. Realmente a minha questão psicológica melhorou bastante depois da cirurgia”. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo evidenciam uma melhora significativa na autopercepção de autoestima, autoconfiança, relações interpessoais e bem-estar psicológico em mulheres após perda expressiva de peso. Esses achados reforçam que os benefícios do tratamento da obesidade vão além da melhora de parâmetros metabólicos, impactando positivamente aspectos emocionais, sociais e subjetivos da vida dessas mulheres

Referências Bibliográficas: .

Título: USO DE ANÁLOGOS DO RECEPTOR DO GLP-1 E RISCO DE BRONCOASPIRAÇÃO EM PROCEDIMENTOS DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA: REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Autores: LUIZA MACHADO BLANK , LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, LAURA GOMES BOABAID DE BARROS, MARIANA PIRES RICACHINEVSKY, LUÍS EDUARDO DALTOÉ DA SILVA, GABRIELA HEIDEN TELO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: ESCOLA DE MEDICINA, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Palavras Chave: ANÁLOGOS DO RECEPTOR DE GLP-1; RISCO DE ASPIRAÇÃO PULMONAR; PROCEDIMENTOS ENDOSCÓPICOS;

Trabalho: INTRODUÇÃO: O uso de agonistas do receptor do GLP-1 (AR GLP-1) vem aumentando significativamente, tanto no tratamento do diabetes, quanto no manejo da obesidade. Esses fármacos estão associados à redução da motilidade gástrica, retardando o esvaziamento do estômago. Devido a esse fator, especula-se que esses medicamentos podem estar associados a um aumento no risco de broncoaspiração durante procedimentos de endoscopia digestiva alta (EDA); faltam, no entanto, estudos que sumarizem as evidências disponíveis a respeito dessa associação. OBJETIVO: Sumarizar os estudos comparando o uso vs. não uso de AR GLP-1 previamente a procedimentos de EDA, associando-o ao risco de broncoaspiração. MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura, seguida de meta-análise, incluindo estudos de intervenção ou observacionais envolvendo pacientes submetidos a EDA, comparando indivíduos com e sem o uso de AR GLP-1 no momento do procedimento, em relação ao desfecho de broncoaspiração. A busca foi realizada nas bases de dados Cochrane CENTRAL, Embase, MEDLINE e Web of Science, sem restrição de data ou idioma, até novembro de 2024. A avaliação do título e dos resumos, bem como a análise dos textos completos e a extração dos dados foi realizada em duplicata. Meta-análise de efeitos randômicos foi utilizada para estimar o risco relativo (RR) e o intervalo de confiança de 95% (IC95%) da associação. Devido à grande quantidade de estudos com zero ocorrências do desfecho, aplicou-se um fator de correção de continuidade para tal análise e uma análise de sensibilidade excluindo estudos com zero ocorrências de desfechos também foi realizada. RESULTADOS: A busca inicial revelou 1.315 estudos. No total, 15 estudos preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluidos na meta-análise, envolvendo 260.193 pacientes, dentre os quais 109.656 estavam em uso de AR GLP-1 no momento do procedimento de EDA e 150.544 não. Foram observados 582 eventos de broncoaspiração, 302 entre usuários de AR GLP-1 e 280 entre não usuários. Meta-análise dos dados identificou um RR de 1,06 (IC95% de 0,73 a 1,54; I² de 44,5%), resultado semelhante ao observado na análise de sensibilidade realizada (RR de 1,10 [IC95% de 0,70 a 1,73; I² de 67,9%]). CONCLUSÃO: Nossos achados sugerem que, com base nas evidências disponíveis, o uso de AR GLP-1 não aumenta o risco de broncoaspiração em procedimentos de EDA, embora estudos com maior poder sejam necessários para confirmar os achados, dada a escassez de eventos observados.

Referências Bibliográficas: WONG, Hon Jen et al. Efficacy of GLP-1 Receptor Agonists on Weight Loss, BMI, and Waist Circumference for Patients With Obesity or Overweight: A Systematic Review, Meta-analysis, and Meta-regression of 47 Randomized Controlled Trials. Diabetes Care, v. 48, n. 2, p. 292-300, 2025 ALKABBANI, Wajd et al. Glucagon-like peptide-1 receptor agonists before upper gastrointestinal endoscopy and risk of pulmonary aspiration or discontinuation of procedure: cohort study. bmj, v. 387, 2024.

Título: ASSISTENTE VIRTUAL INTERATIVO PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS COM DIABETES TIPO 2: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Autores: LAURA GOMES BOABAID DE BARROS, LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, LUIZA MACHADO BLANK, FREDERICO LUDWIG DA COSTA, JANINE ALESSI, GABRIELA HEIDEN TELO
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Palavras Chave: PESSOAS DE TERCEIRA IDADE; TECNOLOGIA EM SAÚDE; DOENÇA CRÔNICA

Trabalho: INTRODUÇÃO: Um em cada cinco idosos vive com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), necessitando de cuidados contínuos de saúde. Nesse contexto, os dispositivos de assistência virtual interativa (DAVI) surgem como potenciais aliados para auxiliar no cuidado de saúde, mas estudos que avaliem sua eficácia são escassos. OBJETIVO: Avaliar a eficácia de um DAVI na melhora de saúde mental, qualidade de vida, adesão a medidas de autocuidado relacionadas ao diabetes e no controle glicêmico de idosos com DM2. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado (ECR) incluindo idosos (idade ≥65 anos) com DM2. Os participantes foram randomizados para receber o DAVI Smart Speaker Echo Dot 3rd Gen para uso domiciliar (grupo Alexa) ou para manter seu cuidado usual de saúde (grupo controle) durante 12 semanas. O DAVI foi programado com um modelo de intervenção comportamental desenvolvido para promover saúde mental e auxiliar no manejo do diabetes. O desfecho primário foi sofrimento mental, mensurado pelo Self Report Questionnaire (SRQ-20). Desfechos secundários abrangeram qualidade de vida, mensurada pelo questuionário SF-36, adesão a medidas de autocuidado em diabetes, mensurada pelo questionário SCI-R, e níveis de HbA1c. As diferenças médias ajustadas foram estimadas ao final do estudo por meio de modelos de análise de covariância, controlando para os valores basais da variável de desfecho e potenciais confundidores. Um alfa <0,05 foi utilizado para determinar significância estatística. RESULTADOS: Foram incluídos 112 indivíduos (63,4% do sexo feminino; 63,4% brancos; idade média de 72,5 ± 5,7 anos; HbA1c média de 7,9 ± 1,50%). Após a intervenção, o grupo Alexa, quando comparado ao grupo controle, demonstrou menor sofrimento mental (diferença média ajustada de -1,46; IC 95% de -2,73 a -0,19; p=0,024), melhora na qualidade de vida (diferença média ajustada de 9,46 IC 95% de 3,65 a 15,26; p=0,001), maior adesão a medidas de autocuidado em diabetes (diferença média ajustada de 3,40; IC 95% de 1,61 a 5,19; p<0,001), e melhora do controle glicêmico (redução da média ajustada de HbA1c de -0,48%; IC 95% de -0,85 a -0,11; p=0,011). CONCLUSÃO: Este foi o primeiro ECR a evidenciar o efeito de um DAVI em melhorar aspectos referentes a saúde mental, autocuidado e controle glicêmico em uma população de idosos com DM2. Nossos resultados ressaltam o potencial desses dispositivos como um método inovador para suplementar intervenções tradicionais no tratamento de idosos com DM2.

Referências Bibliográficas: UN. Population Division. World Population Prospects 2022 [Internet]. United Nations. New York: UN,; 2022 [cited 2024 Nov 10]. Available from: https://digitallibrary.un.org/record/3989515 International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas, 10th edn [Internet]. Brussels, Belgium; 2021 [cited 2024 Nov 10]. Available from: https://www.diabetesatlas.org Lee SH. The Growing Challenge of Diabetes Management in an Aging Society. Diabetes Metab J [Internet]. 2023 Sep 1 [cited 2024 Nov 10];47(5):630. Available from: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10555539/

Título: CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INTERNAÇÕES RELACIONADAS A DIABETES MELLITUS NO ESTADOS DA REGIÃO SUL DO BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO
Autores: LEONARDO GONÇALVES GOMES, ANDRÉ SILVA WAGNER, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS, DISPARIDADES REGIONAIS, REGIÃO SUL

Trabalho: Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica não transmissível de crescente prevalência e representa um desafio para os sistemas de saúde pública do Brasil e no mundo. Trata-se de uma doença complexa modulada por fatores genéticos, culturais e socioeconômicos desde a sua gênese ao prognóstico da pessoa que vive com DM. A sua complexidade exige que sejam conhecidas as particularidades dos territórios e suas populações. Assim, o estudo das características dos estados da Região Sul do país permite avaliar como essas diferentes características impactam nos desfechos dessa doença. Objetivos: Investigar o perfil de internação hospitalar relacionado a DM em pacientes nos estados do Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS), durante o período de 2014 a 2024. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, analítico e retrospectivo dos dados de internações dos estados da região Sul do Brasil. Os dados foram obtidos via DATASUS, através dos Sistema de Informações sobre Mortalidade e o Sistema de Informações Hospitalares filtrados para DM através da lista de morbidade CID-10. Foram avaliados padrões regionais e demográficos de mortalidade, duração média de internação, sexo, faixa etária, caráter de atendimento e custos de internação. Os valores monetários foram corrigidos com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o dia 30 de março de 2025. Os dados demográficos foram obtidos através do Estudo de Estimativas Populacionais e as taxas calculadas por 100.000 habitantes. Resultados: De acordo com os achados, a internação relacionada a DM nos estados da Região Sul ocorre em caráter de atendimento de Urgência, aumenta conforme a idade (predominando na faixa de 80 anos ou mais) e há pouca diferença entre os sexos. Quanto a taxa de internação, os valores se estabilizam a partir de 2020, com SC mantendo as menores taxas (x̄: 58,22). Em relação a taxa de mortalidade hospitalar, esta é maior no RS (x̄: 4,40%) e menor no PR (x̄: 2,70%). O RS também possui a maior média de permanência hospitalar (x̄: 6,6 dias) e PR a menor (x̄: 4,3 dias). No entanto, o RS possui o menor valor médio das internações (x̄: 1.198,07) e SC os maiores (x̄: R$1352,03). Conclusão: Dessa forma, os dados expõem disparidades regionais entre os estados da Região Sul, demonstrando que, apesar de compor a mesma região, a DM tem contornos diferentes em cada local, exigindo a particularização das medidas tomadas para o seu enfrentamento em cada contexto local.

Referências Bibliográficas: BJÖRK, S. The cost of diabetes and diabetes care. Diabetes Research and Clinical Practice, v. 54, p. 13–18, nov. 2001. EVERSON, S. A. et al. Epidemiologic evidence for the relation between socioeconomic status and depression, obesity, and diabetes. Journal of Psychosomatic Research, v. 53, n. 4, p. 891–895, out. 2002. Índice nacional de preços ao consumidor amplo | ibge. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2025. Informações de Saúde (TABNET) – DATASUS. , [s.d.]. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2025 MAGLIANO, D. J.; BOYKO, E. J.; IDF DIABETES ATLAS 10TH EDITION SCIENTIFIC COMMITTEE . IDF DIABETES ATLAS. 10th. ed. Brussels: International Diabetes Federation, 2021. ONG, K. L. et al. Global, regional, and national burden of diabetes from 1990 to 2021, with projections of prevalence to 2050: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021. The Lancet, v. 402, n. 10397, p. 203–234, jul. 2023. ROBBINS, J. M. et al. Socioeconomic status and diagnosed diabetes incidence. Diabetes Research and Clinical Practice, v. 68, n. 3, p. 230–236, jun. 2005.

Título: AMBIENTE OBESOGÊNICO: RELAÇÃO DE INTERNAÇÕES POR OBESIDADE ENTRE ÁREAS URBANAS E RURAIS NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2018 E 2023.
Autores: ANA CLAUDIA ZEZULKA ZEZULKA MACHADO, MARA FELLER, LEONARDO GONÇALVES GOMES, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UFSC
Palavras Chave: PALAVRAS-CHAVE: AMBIENTE OBESOGÊNICO; MEIO URBANO-RURAL; INTERNAÇÕES POR OBESIDADE.

Trabalho: INTRODUÇÃO: Um ambiente obesogênico é aquele que, quando retirado o fator genético, favorece o ganho de peso e a obesidade, devido a fatores como fácil acesso a alimentos ultraprocessados, sedentarismo e barreiras à prática de hábitos saudáveis. Nesse viés, Santa Catarina (SC), apesar de ter o terceiro maior IDH no país, também apresenta um cenário voltado a um ambiente obesogênico. Assim, a análise do nível de influência do ambiente catarinense - estado que, apesar de populoso, é pouco povoado fora dos centros urbanos - pode se fazer benéfica para o desenvolvimento de novas políticas públicas em saúde que repensem a existência desse ambiente. OBJETIVO: Verificar a existência de relação entre a taxa de internações por obesidade e local de residência em áreas predominantemente rurais (APR) e áreas predominantemente urbanas (APU) em SC no período 2018-2023. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo, no qual foram comparadas as taxas de internações por obesidade entre (APU) e (APR) de SC no período de 2018 a 2023. Para critério de definição de área urbana, os municípios que, no Mapa De Percentual De Ocupações Típicas Do Espaço Urbano Por Áreas De Ponderação, do IBGE, tiveram mais de 66% de área urbana. Sendo elas Florianópolis, Tubarão, Criciúma, Itajaí, Balneário Camboriú, Joinville e Itapoá, ou seja, APU. Enquanto isso, os demais municípios foram APR. Com isso, foram analisadas as internações por obesidade registradas por local de residência no estado de SC (CID E-66) no Sistema de Informações Hospitalares (SIH) em 2018-2023, calculada a taxa de mortalidade para APR e APU e delimitado o perfil de internação para essas áreas. RESULTADOS: A taxa de internação por obesidade foi de 6,86 internações por 100.000 habitantes nas APR, enquanto a taxa nas APU foi de 9,39. Quanto ao perfil de internações, o sexo mais prevalente foi o feminino nas APU (91,35%) e feminino nas APR (80,8%). A faixa etária mais afetada foi a de 40 a 49 anos (33,9%) e 30 a 39 anos (34,03%) nas áreas urbana e rural, respectivamente. Quanto à etnia, a população branca foi a mais afetada na APR (92,95%) e APU (92,02%). CONCLUSÕES: Dessa maneira, verificou-se que existiu relação, no período analisado, entre áreas urbanas e maior taxa de internações hospitalares na população residente, quando comparado ao ambiente rural. Assim, torna-se notável a necessidade de direcionar políticas de saúde para essas áreas, a fim de propiciar um ambiente não-obesogênico.

Referências Bibliográficas: Referências: .ABESO. Mapa da obesidade [Internet]. Abeso. 2019. Available from: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/ Henrik Brønnum-Hansen, Davidsen M, Andersen I. Impact of the association between education and obesity on diabetes-free life expectancy. European journal of public health. 2023 Aug 23;33(6):968–73. .Ambiente Obesogênico [Internet]. Ministério da Saúde. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/glossario/ambiente-obesogenico .Painel IDHM | United Nations Development Programme [Internet]. UNDP. Available from: https://www.undp.org/pt/brazil/desenvolvimento-humano/painel-idhm Sbaraini M, Cureau FV, Ritter JDA, Schuh DS, Madalosso MM, Zanin G, Goulart MR, Pellanda LC, Schaan BD. Prevalence of overweight and obesity among Brazilian adolescents over time: a systematic review and meta-analysis. Public Health Nutr. 2021 Dec;24(18):6415-6426. doi: 10.1017/S1368980021001464. Epub 2021 Apr 6. PMID: 33821783; PMCID: PMC11148597. Zosel K, Monroe C, Hunt E, Laflamme C, Brazendale K, Weaver RG. Examining adolescents' obesogenic behaviors on structured days: a systematic review and meta-analysis. Int J Obes (Lond). 2022 Mar;46(3):466-475. doi: 10.1038/s41366-021-01040-9. Epub 2022 Jan 6. PMID: 34987203.

Título: TERAPIA HORMONAL EM PACIENTES NO CLIMATÉRIO COM COMORBIDADES: DIVERGÊNCIAS DAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS ENTRE AS ESPECIALIDADES NO PARANÁ.
Autores: GABRIELLA GRETTER TEIXEIRA, BRUNA MARTINS PEREIRA, ISABELLA MOTTIN CAVASSO, GABRIELA CRISTINE BUENO KRAST, JAIME KULAK JÚNIOR
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: DEPARTAMENTO DE TOCOTECNOLOGIA DA UFPR
Palavras Chave: TERAPIA HORMONAL; CLIMATÉRIO; ABORDAGENS TERAPÊUTICAS.

Trabalho: INTRODUÇÃO: O climatério é marcado pela hipofunção ovariana. Os sintomas dessa fase interferem na produtividade e na qualidade de vida das pacientes. Dessa forma, a Terapia Hormonal (TH) é recomendada pelas diretrizes como uma opção segura e eficaz. Entretanto, existem divergências entre especialidades na adoção de TH em mulheres com comorbidades. OBJETIVO: Esse trabalho busca analisar as diferentes abordagens terapêuticas adotadas no climatério em pacientes com comorbidades por ginecologistas e endocrinologistas no estado do Paraná, com foco na adesão às diretrizes clínicas vigentes. MÉTODOS: Estudo observacional, analítico e transversal, com coleta prospectiva de dados, por questionários eletrônicos aplicados entre os meses de agosto e dezembro de 2024. A amostra foi composta por ginecologistas e endocrinologistas atuantes no estado do Paraná. RESULTADOS: Esse estudo analisou as abordagens terapêuticas de 101 médicos, sendo 52 ginecologistas e 49 endocrinologistas, em quatro casos clínicos de pacientes com comorbidades. No que se refere a uma paciente em menopausa inicial, com aumento de gordura abdominal e corporal total, DM2 diagnosticada, elevados níveis de HbA1C, CT, LDL e HDL baixo: apenas 55,8% dos ginecologistas prescreveram TH via transdérmica, ao passo que 79,6% dos endocrinologistas escolheram essa opção (p-valor = 0,01). Em paciente nos primeiros anos pós-menopausa, com DM, HAS, obesidade e queixas SVM: 34,6% dos ginecologistas optaram por métodos que não a TH transdérmica, apenas 12,2% dos endocrinologistas tiveram a mesma conduta (p-valor = 0,02). No caso em que a paciente na pós-menopausa, com DM2, queixa-se de SVM e baixo rendimento, piora na qualidade de vida e do sono: enquanto os endocrinologistas foram praticamente unânimes em prescrever TH (97,9%), 21,1% dos ginecologistas optaram por tibolona ou métodos alternativos sem estradiol (p-valor = 0,01). A respeito de paciente na menopausa, com aumento de gordura abdominal e corporal total, HAS, glicemia elevada e níveis de colesterol anormais: não houve discrepância, 44,2% dos ginecologistas e 57,1% dos endocrinologistas optaram a TH via transdérmica (p-valor = 0,73). CONCLUSÃO: Os endocrinologistas prescreveram mais a TH sistêmica para pacientes com comorbidades quando comparados aos ginecologistas e optaram majoritariamente por fazê-lo pela via transdérmica. Essa via não possui primeira passagem hepática, portanto é a TH sugerida para esse perfil de paciente.

Referências Bibliográficas: Achimaș-Cadariu PA, Păun DL, Pașca A. Impact of Hormone Replacement Therapy on the Overall Survival and Progression Free Survival of Ovarian Cancer Patients: A Systematic Review and Meta-Analysis. Cancers (Basel). 2023;15(2):356. Baccaro LFC, Paiva LHSD, Nasser EJ, Valadares ALR, Silva CRD, Nahas EAP, et al. Initial evaluation in the climacteric. Rev Bras Ginecol Obstet. 2022;44(5):548-56. Befus, D., Coeytaux, R. R., Goldstein, K. M., McDuffie, J. R., Shepherd-Banigan, M., Goode, A. P., Kosinski, A., Van Noord, M. G., Adam, S. S., Masilamani, V., Nagi, A., & Williams, J. W., Jr (2018). Management of Menopause Symptoms with Acupuncture: An Umbrella Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of alternative and complementary medicine (New York, N.Y.), 24(4), 314–323. https://doi.org/10.1089/acm.2016.0408 Boardman HM, Hartley L, Eisinga A, Main C, Roqué i Figuls M, Bonfill Cosp X, Gabriel Sanchez R, Knight B. Hormone therapy for preventing cardiovascular disease in post-menopausal women. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Mar 10;2015(3):CD002229. doi: 10.1002/14651858. CD002229.pub4. PMID: 25754617; PMCID: PMC10183715. Brennan, A., & Hickey, M. (2022). The use of menopausal hormone therapy after cancer. Best practice & research. Clinical obstetrics & gynaecology, 81, 22–30. https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2021.11.005 Canonico M, Oger E, Plu-Bureau G, Conard J, Meyer G, Lévesque H, et al. Hormone therapy and venous thromboembolism among postmenopausal women: impact of the route of estrogen administration and progestogens: the ESTHER study. Circulation. 2007;115(7):840-5. Cho L, Kaunitz AM, Faubion SS, Hayes SN, Lau ES, Pristera N, et al. Rethinking Menopausal Hormone Therapy: 22 Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal do Climatério For Whom, What, When, and How Long? Circulation. 2023;147(7):597-610. Colpani, V., Oppermann, K., & Spritzer, P. M. (2013). Association between habitual physical activity and lower cardiovascular risk in premenopausal, perimenopausal, and postmenopausal women: a population-based study. Menopause (New York, N.Y.), 20(5), 525–531. https://doi.org/10.1097/GME.0b013e318271b388 Cruz, V. L., Steiner, M. L., Pompei, L. M., Strufaldi, R., Fonseca, F. L. A., Santiago, L. H. S., Wajsfeld, T., & Fernandes, C. E. (2018). Randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial for evaluating the efficacy of fractional CO2 laser compared with topical estriol in the treatment of vaginal atrophy in postmenopausal women. Menopause (New York, N.Y.), 25(1), 21–28. https://doi.org/10.1097/GME.0000000000000955 Davis SR, Taylor S, Hemachandra C, Magraith K, Ebeling PR, Jane F, et al. The 2023 Practitioner’s Toolkit for Managing Menopause. Climacteric. 2023;26(6):517-36. Deli, T., Orosz, M., & Jakab, A. (2020). Hormone Replacement Therapy in Cancer Survivors - Review of the Literature. Pathology oncology research : POR, 26(1), 63–78. https://doi.org/10.1007/s12253-018-00569-x 37 Grady, D. et al. Hormone therapy to prevent disease and prolong life in postmenopausal women. Ann. Intern. Med. 117, 1016–1037 (1992). Gravena, A. A. F., Rocha, S. C., Romeiro, T. C., Agnolo, C. M. D., Gil, L. M., Carvalho, M. D. de B., & Pelloso, S. M.. (2013). Sintomas climatéricos e estado nutricional de mulheres na pós-menopausa usuárias e não usuárias de terapia hormonal. Revista Brasileira De Ginecologia E Obstetrícia, 35(4), 178–184. https://doi.org/10.1590/S0100-72032013000400008 Henderson, B. E., Paganini-Hill, A. & Ross, R. K. Decreased mortality in users of estrogen replacement therapy. Arch. Intern. Med. 151, 75–78 (1991). Hsia, J. et al. Conjugated equine estrogens and coronary heart disease: the Women’s Health Initiative. Arch. Intern. Med. 166, 357–365 (2006). Jang, Y. C., Leung, C. Y., & Huang, H. L. (2022). Comparison of Severity of Genitourinary Syndrome of Menopause Symptoms After Carbon Dioxide Laser vs Vaginal Estrogen Therapy: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA network open, 5(9), e2232563. https://doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2022.32563 Jochems, C., Islander, U., Erlandsson, M., Verdrengh, M., Ohlsson, C., & Carlsten, H. (2005). Osteoporosis in experimental postmenopausal polyarthritis: the relative contributions of estrogen deficiency and inflammation. Arthritis research & therapy, 7(4), R837–R843. https://doi.org/10.1186/ar1753 Kling, J. The strange case of premarin. moderndrugdiscovery http://pubs.acs.org/subscribe/archive/mdd/v03/i08/html/kling.html (2000). Lobo, R. A., Davis, S. R. & De Villiers, T. J. Prevention of diseases after menopause. Climacteric 17, 540–556 (2014). Machado, R. B, et al. (2023). Prevalence and impact of vasomotor symptoms associated with menopause among women in Brazil: Subgroup analysis from an international cross-sectional survey. Maturitas, 189, 108114. https://doi.org/[10.1016/j.maturitas.2024.108114] Manson, J. E. et al. Menopausal hormone therapy and health outcomes during the intervention and extended poststopping phases of the Women’s Health Initiative randomized trials. JAMA 310, 1353–1368 (2013). McVicker, L., Labeit, A. M., Coupland, C. A. C., Hicks, B., Hughes, C., McMenamin, Ú., McIntosh, S. A., Murchie, P., & Cardwell, C. R. (2024). Vaginal Estrogen Therapy Use and Survival in Females With Breast Cancer. JAMA oncology, 10(1), 103–108. https://doi.org/10.1001/jamaoncol.2023.4508 38 Mendelsohn ME, Karas RH. Molecular and cellular basis of cardiovascular gender differences. Science. 2005 Jun 10;308(5728):1583-7. National Institute for Health and Care Excellence. (2024). Menopause: identification and management (NICE guideline [NG23]). Retrieved from https://www.nice.org.uk/guidance/ng23 Oliver-Willians C, Glisic M, Shahzad S et al. The route of administration, timing, duration and dose of postmenopausal hormone therapy and cardiovascular outcomes in women: a systematic review.Hum Reprod Update 2019 Mar 1;25(2):257-271. Pinkerton, J. V., Kaunitz, A. M., & Manson, J. E. (2017). Vaginal estrogen in the treatment of genitourinary syndrome of menopause and risk of endometrial cancer: an assessment of recent studies provides reassurance. Menopause (New York, N.Y.), 24(12), 1329–1332. https://doi.org/10.1097/GME.0000000000000996 Politano, C. A., Costa-Paiva, L., Aguiar, L. B., Machado, H. C., & Baccaro, L. F. (2019). Fractional CO2 laser versus promestriene and lubricant in genitourinary syndrome of menopause: a randomized clinical trial. Menopause (New York, N.Y.), 26(8), 833–840. https://doi.org/10.1097/GME.0000000000001333 Précoma DB, Oliveira GMM, Simão AF, Dutra OP, Coelho OR, Izar MCO, et al. Updated Cardiovascular Prevention Guideline of the Brazilian Society of Cardiology - 2019. Arq Bras Cardiol. 2019;113(4):787-891. Pompei, L. M., Wender, M. C. O., Kulak, J., Jr, Pires, I., Suvarna, Y., & Nappi, R. E. (2021). Impact of postmenopausal vaginal discomfort on sex and relationships in Brazil: the CLOSER survey. Climacteric : the journal of the International Menopause Society, 24(6), 593–599. https://doi.org/10.1080/13697137.2021.1908988 Ross, R. K., Pike, M. C., Henderson, B. E., Mack, T. M. & Lobo, R. A. Stroke prevention and oestrogen replacement therapy. Lancet 1, 505 (1989). Rossouw, J. E. et al. Risks and benefits of estrogen plus progestin in healthy postmenopausal women: principal results from the Women’s Health Initiative randomized controlled trial. JAMA 288, 321–333 (2002). Rossouw, J. E. et al. Postmenopausal hormone therapy and cardiovascular disease by age and years since menopause. JAMA 297, 1465–1477 (2007). Rovinski D, Ramos RB, Fighera TM, Casanova GK, Spritzer PM. Risk of venous thromboembolism events in postmenopausal women using oral versus non-oral hormone therapy: A systematic review and meta-analysis. Thromb Res. 2018;168:83-95 Shumaker SA, Legault C, Rapp SR, Thal L, Wallace RB, Ockene JK, Hendrix SL, Jones BN 3rd, Assaf AR, Jackson RD, Kotchen JM, Wassertheil-Smoller S, Wactawski-Wende J; WHIMS Investigators. Estrogen plus progestin and the incidence of dementia and mild cognitive impairment in postmenopausal women: the Women’s Health Initiative Memory Study: a randomized controlled trial. JAMA. 2003 May 28;289(20):2651-62. doi: 10.1001/jama.289.20.2651. PMID: 12771112 SOBRAC - Sociedade Brasileira de Climatério. (2024). Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal do Climatério 2024. Stampfer, M. J. & Colditz, G. A. Estrogen replacement therapy and coronary heart disease: a quantitative assessment of the epidemiologic evidence. Prev. Med. 20, 47–63 (1991). Thurston RC, Joffe H. Vasomotor Symptoms and Menopause: Findings from the Study of Women’s Health across the Nation. Obstet Gynecol Clin N Am. 2011; 38(3):489–501. Wells G; Tugwell P; Shea B; Guyatt G; Peterson J; Zytaruk N; Robinson et al. The osteoporosis methodology group; the Osteoporosis Research Advisory Group. V. Meta-Analysis of the Efficacy of Hormone Replacement Therapy in Treating and Preventing Osteoporosis in Postmenopausal Women. Endocrine Reviews. 23(4):529-539, August 2002. Welton, A. J., Vickers, M. R., Kim, J., Ford, D., Lawton, B. A., MacLennan, A. H., Meredith, S. K., Martin, J., Meade, T. W., & WISDOM team (2008). Health related quality of life after combined hormone replacement therapy: randomised controlled trial. BMJ (Clinical research ed.), 337, a1190. https://doi.org/10.1136/bmj.a1190 Wilson, R. A. in Feminine forever (ed. Evans, M.) (Lippincott, 1966). Yaffe, K., Sawaya, G., Lieberburg, I. & Grady, D. Estrogen therapy in postmenopausal women: effects on cognitive function and dementia. JAMA 279, 688–695 (1998). Yu K, Huang ZY, Xu XL, Li J, Fu XW, Deng SL. Estrogen Receptor Function: Impact on the Human Endometrium. Front Endocrinol (Lausanne). 202213:827724.

Título: AUMENTO DA SOBREVIDA NO CARCINOMA ANAPLÁSICO DE TIREOIDE: UM RELATO DE CASO
Autores: ISABELE BEATRIS DENK , CARINA ANDRESSA DICK, BÁRBARA BAMBRILLA, CAMILA RECH, IRACEMA CUNHA RIBEIRO GONÇALVES, JÉSSICA OLIBONI SCAPINELLI, ALBERTO TREIGUER
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO - PORTO ALEGRE/RS
Palavras Chave: CÂNCER DE TIREOIDE - CARCINOMA ANAPLÁSICO - SOBREVIDA

Trabalho: Paciente de 75 anos com hipotireoidismo, hipertensão arterial sistêmica e artroplastia de quadril procura atendimento em Abril de 2023 relatando aumento abrupto da região cervical nos últimos 60 dias associado à disfagia. Realizou punção aspirativa por agulha fina (PAAF) compatível com neoplasia anaplásica de tireoide. Sem história familiar de neoplasia de tireoide ou história pessoal de radiação cervical. Encaminhada para internação em Maio de 2023 por piora clínica. Durante a internação, realizou tireoidectomia total e linfadenectomia cervical esquerda, com anatomopatológico confirmando carcinoma anaplásico de tireoide em lobo esquerdo (4,2cm no maior eixo), com invasão microscópica dos tecidos peritireoidianos, invasão angiolinfática e metástase linfonodal. Realizou quimioterapia e radioterapia cervical, com finalização em Setembro de 2023. Paciente em bom estado geral, segue acompanhamento oncológico e endocrinológico - última consulta em Abril de 2025. Apresentava, nos últimos exames de imagem, linfonodos cervicais esquerdos proeminentes e pequenos nódulos pulmonares, ambos inespecíficos. O carcinoma anaplásico de tireoide é raro e representa a forma mais agressiva e indiferenciada das neoplasias tireoidianas. É responsável por cerca de 1% dos casos de câncer de tireoide, porém está associado a mais de 50% das mortes causadas pela doença. A doença acomete mais pacientes do sexo feminino, brancos e com idade acima de 50 anos. Ao diagnóstico, o tamanho médio do tumor é de 6,1cm e quase metade dos pacientes apresentando metástases a distância - principalmente pulmonares. Dados das últimas décadas relatam sobrevida mediana variando de três a sete meses e a sobrevida em um ano de 20%. No entanto, o avanço das terapias tem se mostrado promissor para o aumento da sobrevida desses pacientes. Fatores prognósticos favoráveis incluem tumor unilateral, diâmetro tumoral menor que 5cm e ausência de invasão extratireoidiana. Variáveis desfavoráveis seriam idade avançada ao diagnóstico, sexo masculino e presença de dispneia. Apesar de acometimento linfonodal e idade avançada, a paciente apresenta uma sobrevida acima da média. Além de diagnóstico e tratamento cirúrgico ágeis, o sexo, o acometimento unilateral, tumor menor de 5 cm e realização de radio e quimioterapia são fatores que podem ter contribuído para um desfecho favorável.

Referências Bibliográficas: - Vilar, L. (Ed.), Kater, C. E. (Ed.), & outros. (Eds.). (2025). Endocrinologia clínica. Guanabara Koogan Ltda. - Janz, T. A., Neskey, D. M., Nguyen, S. A., et al. (2019). Is the incidence of anaplastic thyroid cancer increasing? A population-based epidemiology study. World Journal of Otorhinolaryngology Head and Neck Surgery, 5(1), 34–40. https://doi.org/10.1016/j.wjorl.2019.01.004 - Tuttle, R. M., & Sherman, E. J. (2025). Anaplastic thyroid cancer. UpToDate. Disponível em https://www.uptodate.com/contents/anaplastic-thyroid-cancer?search=cancer%20de%20tireoide%20anaplasico&source=search_result&selectedTitle=1%7E22&usage_type=default&display_rank=1 - Bible, K. C., Kebebew, E., Brierley, J., et al. (2021). 2021 American Thyroid Association guidelines for management of patients with anaplastic thyroid cancer. Thyroid, 31(3), 337–386. https://doi.org/10.1089/thy.2020.0664

Título: PERFIL DE MORTALIDADE POR TIREOTOXICOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2013-2023 - UM ESTUDO ECOLÓGICO
Autores: ASTER FERNANDES JULIO CATAFESTA, BRUNA VERDINELLI DE OLIVEIRA, LUARA MARTINS KLOKNER, AYSLA MARIA ALENCAR DA SILVA, CAMILA VASCONCELOS CRISPIM, LEONARDO GONÇALVES GOMES, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC)
Palavras Chave: TIREOTOXICOSE; ESTUDO ECOLÓGICO; REGIÃO SUL

Trabalho: Introdução: A tireotoxicose é uma condição clínica caracterizada pela atividade excessiva do hormônio tireoidiano que pode ter diversas etiologias e impactar múltiplos órgãos e sistemas. Devido a isso, quando não tratada adequadamente, pode resultar em complicações graves, incluindo desfechos como o óbito. Nesse sentido, torna-se fundamental identificar a população mais vulnerável a desfechos desfavoráveis dessa condição, que tem elevada morbidade. Assim, descrever o perfil de óbito dos pacientes com tireotoxicose nos estados da Região Sul do Brasil, tem grande importância para compreender os impactos dessa condição. Objetivo: Determinar o perfil de mortalidade por tireotoxicose nos estados da Região Sul do Brasil entre 2013 e 2023. Metodologia: Estudo ecológico retrospectivo com abordagem quantitativa sobre a mortalidade por tireotoxicose registrada nos anos de 2013 a 2023 nos estados de Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC) e Paraná (PR), a partir da coleta de dados secundários na plataforma DataSUS, com dados do SIM e do Estudo de Estimativas Populacionais. A análise dos dados e a taxa de mortalidade foram feitas utilizando o software Excel. Resultados: No período analisado, verificou-se os óbitos totais por tireotoxicose nos três estados da Região Sul, sendo de 153 no PR, 46 em SC e 123 no RS, já a taxa de mortalidade nesses estados foi de 1,34, 0,63 e 1,10 por 100.000 habitantes, respectivamente. Quanto às características epidemiológicas dos óbitos por tireotoxicose, verificou-se que a maioria de casos ocorreu no sexo feminino (PR 76%, SC 73% e RS 74%). Em relação à idade, a faixa etária acima de 70 anos foi a que registrou maior mortalidade (PR 52%, SC 58% RS 64%). Quanto à escolaridade, houve divergências entre os estados, com a predominância de 4 a 7 anos de estudo formal no PR (33%) e RS (31%) e de 1 a 3 anos em SC (50%). Por fim, notou-se que a população de cor branca teve a maior porcentagem de óbitos registrados (PR 83%, SC 80% e RS 83%). Conclusão: Assim, observou-se que o perfil de mortalidade por tireotoxicose na Região Sul foi marcado, principalmente, por mulheres brancas, acima de 70 anos e com menos de 7 anos de estudo nos três estados. Já a taxa de mortalidade apresentou variação entre os estados analisados. Dessa maneira, esse estudo pode contribuir para a criação de estratégias de prevenção e tratamentos direcionados a população mais afetada.

Referências Bibliográficas: 1. Sharma A, Stan MN. Thyrotoxicosis: diagnosis and management. Mayo Clinic Proceedings]. junho de 2019;94(6):1048–64. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0025619618307997 2. Ross DS, Burch HB, Cooper DS, Greenlee MC, Laurberg P, Maia AL, et al. 2016 american thyroid association guidelines for diagnosis and management of hyperthyroidism and other causes of thyrotoxicosis. Thyroid. outubro de 2016; 26(10):1343–421. Disponível em: https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/thy.2016.0229 3. Tabnet win32 3. 3: mortalidade - brasil [Internet]. [citado 02 de março de 2025]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def

Título: REDEFININDO O DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE
Autores: VINICIUS DE LIMA OLIVEIRA, FABIO HERGET PITANGA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE (UNIARP)
Palavras Chave: OBESIDADE; DIAGNÓSTICO; ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)

Trabalho: Introdução: A obesidade é uma condição multifatorial que afeta milhões de pessoas no mundo. Tradicionalmente, o Índice de Massa Corporal (IMC) foi utilizado como critério diagnóstico devido à sua simplicidade. No entanto, o IMC apresenta limitações importantes, como não diferenciar massa muscular de gordura nem informar sobre a distribuição do tecido adiposo. Atualmente, compreende-se que a obesidade vai além de um número, sendo influenciada por fatores genéticos, metabólicos e comportamentais. Diante disso, novas abordagens diagnósticas têm sido propostas, visando uma avaliação mais precisa da composição corporal e dos riscos à saúde. Objetivo: Analisar as limitações do IMC e explorar métodos mais eficazes para avaliar a obesidade e suas repercussões clínicas. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre as mudanças no diagnóstico da obesidade, conforme as diretrizes PRISMA. As buscas foram feitas nas bases PubMed, ScienceDirect e LILACS com os descritores: ("obesity") AND ("diagnosis") AND ("clinical criteria") AND ("chronic disease"). A revisão ocorreu em março de 2025 e incluiu artigos publicados entre 2023 e 2025, em inglês. Resultados: Inicialmente foram identificados 153 estudos, dos quais 60 foram avaliados na íntegra, resultando em 10 artigos incluídos na análise final. Os estudos demonstram que o IMC, embora útil na triagem inicial, não é confiável para prever riscos metabólicos e cardiovasculares. Como alternativa, têm sido propostos novos critérios diagnósticos baseados na composição corporal. Destaca-se a nova classificação: (1) Obesidade clínica, caracterizada pelo excesso de gordura corporal com repercussões à saúde, como resistência à insulina e inflamação crônica, exigindo intervenção médica; (2) Obesidade pré-clínica, definida pelo aumento de adiposidade sem manifestações clínicas, mas que requer vigilância preventiva. A ENDOCRINOLOGY (2025) reforça que o IMC isolado é insuficiente, recomendando uma abordagem diagnóstica combinada. Conclusão: Esta revisão mostra que a evolução dos critérios diagnósticos representa um avanço no entendimento e no cuidado com a obesidade. Novos métodos possibilitam diagnósticos mais precisos e tratamentos mais adequados, além de contribuírem para a redução do estigma. Contudo, ainda é necessário estabelecer um consenso global sobre os parâmetros a serem adotados na prática clínica

Referências Bibliográficas: ENDOCRINOLOGY, The Lancet Diabetes. Redefining obesity: advancing care for better lives. The Lancet Diabetes & Endocrinology, 2025. JANSON, Annika. Will the New Lancet Commission Classification of Obesity Only Mystify and Complicate Things in Paediatric Clinics? Acta Paediatrica, 2025. RUBINO, Francesco et al. Definition and diagnostic criteria of clinical obesity. The Lancet Diabetes & Endocrinology, 2025. SUNG, Kyunghun; LEE, Seung-Hwan; LIM, Soo. Beyond Body Mass Index: New Criteria for a Holistic Approach to Clinical Obesity. Diabetes & Metabolism Journal, v. 49, n. 2, p. 165-168, 2025. SEYLER, Morgan et al. Anxiety disorders and major depressive disorders in 299 adolescents hospitalized for assessment of common obesity: A retrospective cohort study. Archives de Pédiatrie, 2025.

Título: SÍNDROME DE STUVE–WIEDEMANN: RELATO DE CASO DE UM PACIENTE LONGEVO
Autores: FERNANDO AUGUSTO SPENGLER ABUCHAIM, NAYANNE H. S. OLIVEIRA, LAURA STORITHONT QUINELATO, JULIA CORRÊA MÉNDEZ, CAROLINA AGUIAR MOREIRA, VICTÓRIA Z. C. BORBA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UFPR
Palavras Chave: SÍNDROME DE STÜVE-WIEDEMANN; DISAUTONOMIA; DISPLASIA ESQUELÉTICA

Trabalho: Apresentação: Paciente masculino, branco, 18 anos, diagnosticado com Síndrome de Stuve-Wiedemann (SWS) há 2 anos após queixa de baixa estatura, com confirmação da variante c.1438-3T>G em homozigose. Apresenta membros curtos e deformados, alargamento de epífises, hipermobilidade articular, polegares de implantação proximal e língua alargada, bífida e com lesões. Veio encaminhado da endocrinologia pediátrica por fratura de baixo impacto. Na ocasião apresentava peso de 26kg, estatura de 1,13m, densidade óssea de corpo total baixa (z-score -3,6) e história de fratura por fragilidade em ulna esquerda. Apresenta artrodese de coluna (cervical, torácica e lombar) e hastes medulares bilaterais em tíbia e fíbula, devido a deformidades ósseas. Em uso de vitamina D 10.000UI/semana e reposição de ferro oral, além de anlodipino e enalapril para hipertensão. Havia indícios clínicos e laboratoriais de que entrara em puberdade tardia. Sofreu nova fratura de baixo impacto em 02/24 em úmero direito, na ocasião mantinha baixa massa óssea, porém com melhora do Z-score (-2,6) e fosfatase alcalina elevada de 712 U/L (VR: 30-200). As principais causas de osteomalácia foram descartadas por exames sanguíneos de calcio, fósforo, PTH, VD, Mg, etc. Foi orientado a aumentar o consumo de cálcio e foi iniciado tratamento com ac. zoledrônico 2mg/ano, com adequação da vit. D para 14.000UI/semana. Discussão: A SSW é uma doença genética rara de herança autossômica recessiva causada por mutações no gene LIFR (leukemia inhibitory factor receptor), caracterizada pela presença de displasia óssea de ossos curvos e disautonomia. O paciente em questão apresenta algumas características particulares: longevidade (a maioria dos acometidos falece antes dos dois anos); presença de puberdade tardia não descrita no fenótipo e presença de variante não descrita previamente. Enquanto a fragilidade óssea é abordada na literatura para pacientes que sobrevivem à infância, pouco se sabe sobre as melhores vias terapêuticas na SWS. Neste caso, o tratamento com anti-reabsortivo foi justificado pela fragilidade óssea e alto nível de fosfatase alcalina, que sugeriam aumento de remodelação. Há planos de fazer mapeamento genético completo do paciente. Considerações Finais: Devido à raridade da SWS, bem como a baixa expectativa de vida, o conhecimento sobre a história natural e tratamento da síndrome é escasso. Isso torna fulcral analisar casos excepcionais como este.

Referências Bibliográficas: H WARNIER et al. Clinical Overview and Outcome of the Stuve-Wiedemann syndrome: a Systematic Review. Orphanet Journal of Rare Diseases, v. 17, n. 1, 23 abr. 2022. ROMEO BERTOLA, D.; HONJO, R. S.; BARATELA, W. A. R. Stüve-Wiedemann Syndrome: Update on Clinical and Genetic Aspects. Molecular Syndromology, v. 7, n. 1, p. 12–8, 2016. SICCHA, S. M. et al. Delineation of the Clinical and Radiological Features of Stuve–Wiedemann Syndrome Childhood survivors, Four New Cases and Review of the Literature. American Journal of Medical Genetics Part A, v. 185, n. 3, p. 856–865, 11 dez. 2020.

Título: RELATO DE CASO – HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO E SUAS REPERCUSSÕES MULTISSISTÊMICAS: UM DESAFIO CLÍNICO
Autores: VINÍCIUS DE LIMA OLIVEIRA, FABIO HERGET PITANGA, RICELLI ENDRIGO RUPPEL DA ROCHA, MARIANA SIQUEIRA LEITE, POLIANA DE OLIVEIRA ALVES, ÉRICA DA SILVA ANSELMO , MARIA AMELIA ARAUJO BETONI
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE (UNIARP)
Palavras Chave: HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO; DISFUNÇÃO RENAL.

Trabalho: Descrição e Discussão do Caso: O hipotireoidismo congênito é uma das principais causas de retardo neuropsicomotor prevenível. Este caso relata a trajetória clínica de um paciente diagnosticado via teste do pezinho e acompanhado desde o período neonatal até a adolescência. Nascido a termo, com peso adequado para a idade gestacional, foi encaminhado após triagem alterada (TSH: 309 mUI/L), iniciando-se levotiroxina (Euthyrox) precocemente. O acompanhamento revelou oscilações frequentes nos níveis de TSH e T4 livre, exigindo ajustes terapêuticos constantes. O paciente também desenvolveu disfunção renal progressiva, com necessidade de hemodiálise temporária e posterior manejo conservador. Outros achados incluíram acidose tubular renal, baixa estatura com IGF-1 persistentemente reduzido, e hiperparatireoidismo secundário. A terapêutica incluiu calcitriol para metabolismo ósseo, bicarbonato de sódio para acidose e eritropoietina para anemia. O crescimento linear permaneceu comprometido, sendo iniciada somatropina. O conjunto de comorbidades levou à necessidade de cirurgia corretiva para genu valgo grave. O desfecho atual demonstra estabilidade clínica relativa, mas com desafios contínuos na manutenção do equilíbrio endócrino e renal. O crescimento ponderal revelou desvio progressivo em relação aos percentis superiores, com desaceleração do ganho de peso entre os 10 e 15 anos, demandando intervenções precoces para minimizar repercussões metabólicas e no desenvolvimento global. Considerações Finais: Este caso demonstra a complexidade do manejo do hipotireoidismo congênito com repercussões sistêmicas. Destaca-se a importância da triagem neonatal precoce e do seguimento rigoroso, visto que oscilações hormonais impactam diretamente o crescimento e o desenvolvimento. A progressão da disfunção renal e alterações esqueléticas representaram desafios adicionais. A abordagem interdisciplinar foi essencial para minimizar sequelas. O caso reforça a necessidade de protocolos individualizados e maior investigação genética em condições congênitas raras com manifestações múltiplas.

Referências Bibliográficas: BRUSA, Jessica et al. Upper and lower limb strength and body posture in children with congenital hypothyroidism: An observational case-control study. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 13, p. 4830, 2020. JESUS, José Igor Ferreira Santos et al. Complicações tardias identificadas na triagem neonatal para Hipotireoidismo congênito–revisão bibliográfica Late complications identified in neonatal screening for Congenital hypothyroidism–a bibliographic review. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 815-834, 2022. WASSNER, Ari J. Pediatric hypothyroidism: diagnosis and treatment. Pediatric Drugs, v. 19, n. 4, p. 291-301, 2017.

Título: PERFIL DE MORTALIDADE PREMATURA POR DIABETES MELLITUS NA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE 2019 E 2023
Autores: LISSA OKAMOTO SUGAWARA , GUSTAVO HENRIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, ISABELA FAVARIN FERNANDES DE SOUZA, GABRIELA VENTURI PEREIRA, LEONARDO DE CARVALHO ARAÚJO, LEONARDO GONÇALVES GOMES, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS, MORTALIDADE PREMATURA, ESTUDO ECOLÓGICO.

Trabalho: Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis representam um importante problema de saúde, sendo o Diabetes Mellitus (DM) uma das mais prevalentes no Brasil. Essa doença impacta negativamente a qualidade de vida de muitos brasileiros, além de estar associada a um elevado número de mortes prematuras (30 a 69 anos). Assim, é fundamental traçar o perfil da mortalidade prematura por DM de Santa Catarina (SC), Rio Grande do Sul (RS) e Paraná (PR), por se tratar de uma causa de morte evitável e que acarreta sérios desafios para a saúde pública da Região Sul. Objetivo: Analisar o perfil dos casos de mortalidade prematura por DM nos estados da Região Sul no período 2019-2023. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico e retrospectivo de abordagem quantitativa, realizado a partir dos dados de mortalidade por DM da faixa etária de 30 a 69 anos, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, disponibilizados pelo DATASUS. As variáveis de sexo, escolaridade, cor/raça e faixa etária foram avaliadas em cada estado da Região Sul no período de 2019 a 2023. Resultados: No período, registraram-se 22.224 mortes prematuras por DM na Região Sul, dos quais 4.055 foram em SC, 10.065 no RS e 8.104 no PR. O sexo masculino apresentou maiores números, correspondendo a 55,1% dos casos em SC, 55,1% no RS e 54,8% no PR. Em relação à escolaridade, a maioria das mortes prematuras foi registrada em indivíduos com baixo grau de instrução, sendo que em SC e no PR mais de metade dos casos foram registrados em pessoas com 7 anos de estudo ou menos (58,3% em SC e 61,3% no PR), enquanto no RS 48% dos registros foram de indivíduos com menos de 7 anos de estudo. No que tange à variável cor/raça, nota-se uma predominância de óbitos da população branca, equivalente a 83,4% em SC, 79,45% no RS e 69,84% no PR. Quanto às faixas etárias, verificou-se um aumento da mortalidade conforme o avanço da idade, sendo 60 a 69 anos a de maior ocorrência, correspondendo a 60,1% do total de mortes prematuras em SC, 61,2% no RS e 59,7% no PR. Conclusão: Assim, verificou-se que os estados analisados apresentaram um perfil semelhante, com predomínio de mortalidade prematura em indivíduos do sexo masculino, com baixa escolaridade, de cor/raça branca e com aumento à medida que se avança a idade. Desse modo, o estudo possibilita a compreensão do perfil dos pacientes com DM na Região Sul, com a finalidade de auxiliar na formulação de futuras políticas de saúde mais direcionadas.

Referências Bibliográficas: SAÚDE, Ministério da. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2021

Título: ANÁLISE DOS CASOS DE CÂNCER DE TIREOIDE NA REGIÃO SUL DO BRASIL (2018-2024): NÚMERO DE CASOS E TEMPO DE TRATAMENTO
Autores: LÍRIS BESEN WOLNIEWICZ
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UFSC
Palavras Chave: NEOPLASIAS DA GLÂNDULA TIREOIDE, SISTEMA DE SAÚDE, TRATAMENTO ONCOLÓGICO

Trabalho: Introdução: O câncer de tireoide é o tumor endocrinológico mais comum, representando uma parte significativa dos carcinomas da região da cabeça e pescoço. Fatores como predisposição genética e exposição à radiação influenciam sua prevalência. A detecção precoce é crucial para um prognóstico favorável, e o avanço das técnicas diagnósticas tem permitido a identificação de um número crescente de casos. Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar o número de casos de câncer de tireoide diagnosticados na região Sul do Brasil entre 2018 e 2024, além de avaliar o tempo de demora entre o diagnóstico e o início do tratamento. Busca-se identificar padrões no tempo de resposta, considerando variáveis como o ano de diagnóstico e o estado de residência, com o intuito de avaliar a eficiência do sistema de saúde e aprimorar as políticas de acompanhamento e tratamento da doença. Métodos: Foi realizado um estudo transversal e quantitativo com base no Painel de Oncologia do DATASUS, abrangendo o período de 2018 a 2024. A análise focou no número de casos de câncer de tireoide diagnosticados por estado de residência e no tempo de tratamento nas três unidades federativas da região Sul do Brasil. Resultados: Em Santa Catarina, foram registrados 2.115 casos, com pico de 416 em 2023 e queda para 315 em 2024. No Paraná, o total foi de 4.555 casos, com aumento até 2023 (790) e redução para 525 em 2024. O Rio Grande do Sul teve 1.989 casos, com 348 em 2023 e queda para 181 em 2024. Quanto ao tempo de tratamento, no Paraná, 68,5% (3.123) dos casos foram tratados até 30 dias; em Santa Catarina, 46,5% (983); e no Rio Grande do Sul, 65,7% (1.305). Contudo, todos os estados apresentaram alta porcentagem de casos sem informações sobre o tempo de tratamento: 51,2% (1.083) em SC, 28,9% (1.318) no PR e 31,1% (617) no RS. Conclusão: A análise dos casos de carcinoma de tireoide na região Sul do Brasil (2018-2024) revela um aumento significativo nos primeiros anos, seguido de uma queda em 2024. Embora a maioria dos pacientes tenha sido tratada rapidamente, há uma quantidade significativa de casos com informações ausentes sobre o tempo de tratamento, o que indica falhas significativas na coleta e consistência dos dados. A concentração de tratamentos nos primeiros 30 dias é positiva, mas a ausência de dados completos reflete graves deficiências no acompanhamento e no registro, que precisam ser urgentemente corrigidas para garantir um sistema de saúde mais eficiente e transparente.

Referências Bibliográficas: INCA – Instituto Nacional de Câncer. Câncer de Tireoide. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/tireoide. Acesso em: 6 abr. 2025. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS - Painel de Oncologia. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/dhdat.exe?PAINEL_ONCO/PAINEL_ONCOLOGIABR.def. Acesso em: 6 abr. 2025. BORGES, Anne Karin da Mota et al. Câncer de tireoide no Brasil: estudo descritivo dos casos informados pelos registros hospitalares de câncer, 2000-2016. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, n. 4, e2019503, 2020. Acesso em: 6 abr. 2025. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000400012. ISSN 2237-9622.

Título: FRAGILIDADE ÓSSEA NA ADOLESCÊNCIA: UM NOVO TIPO DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
Autores: GISELE ALVES DE SOUZA, JACQUELINE RIBEIRO APARECIDA DE PAULA, JOÃO PEDRO DANI BOBEK, HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, NAYANNE HEVELIN DOS SANTOS DE OLIVEIRA, VICTORIA ZEGHBI COCHENSKI BORBA, CAROLINA AGUIAR MOREIRA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Palavras Chave: OSTEOGÊNESE IMPERFEITA; PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA 1; BIÓPSIA ÓSSEA

Trabalho: DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DO CASO: A avaliação e o diagnóstico da fragilidade óssea são desafiadores, especialmente em jovens. O caso clínico é de um adolescente de 16 anos atendido por fratura de coluna vertebral, arcos costais e esterno, além de dezoito fraturas atraumáticas desde os 5 anos de idade, sem histórico familiar conhecido. História médica de asma grave (uso de corticoide inalatório), cirurgia para correção de tendões encurtados e torções frequentes no tornozelo. Puberdade normal aos 13 anos. Ao exame físico, estatura 1,82m, IMC 22,89Kg/m² e escleras discretamente azuladas. Densidade mineral óssea (DMO) normal para a idade (Z-score -0,3 em coluna lombar; -0,4 em fêmur). Avaliação laboratorial normal: cálcio 9,8 mg/dL, PTH 28,3 pg/mL, vitamina D 38,5 ng/mL e fósforo 3,8 mg/dL com função renal, hepática e hemograma adequados. Devido à recorrência de fraturas sem causa secundária definida em paciente jovem, foi realizada uma biópsia óssea (BO) após marcação de tetraciclina, revelando uma microarquitetura deteriorada, com baixa conectividade e espessura trabecular e, baixa formação óssea, sendo afastado osteomalácia. Diante disso, iniciou-se Romosozumabe, medicação anabólica com o objetivo de estimular os osteoblastos. Posteriormente, foi realizado um painel genético (exoma), que demonstrou uma mutação do gene BMP1, compatível com OI tipo XIII. A osteogênese imperfeita (OI) é uma doença genética caracterizada por fragilidade óssea desde a primeira infância, geralmente causada por mutações no colágeno tipo I. A OI tipo XIII, recentemente descrita, é resultante de mutações em genes envolvidos na formação e remodelamento ósseo, como BMP1, e clinicamente se apresenta com articulações hiperextensíveis e DMO preservada. A DMO normal associada à recorrência de fraturas sem causa aparente são indicações para BO, o que permite a avaliação do padrão da microestrutura e do remodelamento ósseo. Essa análise auxiliou na consideração da OI como possível diagnóstico. O exoma, por sua vez, foi essencial para a confirmação diagnóstica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este relato ressalta a importância da avaliação multidisciplinar em pacientes com fraturas recorrentes sem causa secundária evidente. A investigação genética é fundamental para o diagnóstico de variantes raras da OI, permitindo um manejo adequado. Destaca-se também o papel da histomorfometria óssea para caracterizar a remodelação óssea, afastar defeitos de mineralização e auxiliar na escolha terapêutica.

Referências Bibliográficas: 1. SAM, Justin Easow; DHARMALINGAM, Mala. Osteogenesis imperfecta. Indian Journal of Endocrinology and Metabolism, v. 21, n. 6, p. 903–908, nov./dez. 2017. 2. ARSHAD, Fawaz; BISHOP, Nick. Osteogenesis imperfecta in children. Bone, v. 148, 2021. DOI: 10.1016/j.bone.2021.115914. 3. LIGHT, J.; RETROUVEY, M.; CONRAN, R. M. Educational case: osteogenesis imperfecta. Academic Pathology, v. 9, n. 1, p. 100025, 2022. DOI: 10.1016/j.acpath.2022.100025. 4. LINDSAY, Sarah E. et al. An unusual presentation of osteogenesis imperfecta: a case report. JBJS Case Connector, v. 11, n. 4, e21.00480, 22 nov. 2021. DOI: 10.2106/JBJS.CC.21.00480. 5. CHOUGUI, Khadidja et al. Clinical manifestations of osteogenesis imperfecta in adulthood: an integrative review of quantitative studies and case reports. American Journal of Medical Genetics. Part A, v. 182, n. 4, p. 842-865, 2020. DOI: 10.1002/ajmg.a.61497.

Título: HIPOGLICEMIA HIPERINSULINÊMICA REFRATÁRIA AO TRATAMENTO CLÍNICO EM PACIENTE PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
Autores: CARINA ANDRESSA DICK, BARBARA BRAMBILLA, ISABELE BEATRIS DENK, CAMILA RECH, KATIA ELISABETE PIRES SOUTO, MAURICIO JACQUES RAMOS
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Palavras Chave: CIRURGIA BARIÁTRICA; HIPOGLICEMIA; CIRURGIA REVISIONAL

Trabalho: Paciente feminina, 43 anos, foi submetida a cirurgia bariátrica em 2011 com peso de 141kg e índice de massa corporal (IMC) de 57,9kg/m². Apresentou boa evolução nos primeiros 3 meses, porém perdeu seguimento. Em junho de 2023, devido ao alcoolismo surgido após o procedimento cirúrgico, optou por internação voluntária em clínica de reabilitação. Durante os meses subsequentes, apresentou sintomas sugestivos de hipoglicemia - mesmo após abstinência alcoólica. Estava abstêmia há cerca de 45 dias quando apresentou crise epiléptica em vigência de hipoglicemia grave. Foi atendida pelo serviço móvel de urgência e encaminhada para internação hospitalar. Manejada com tratamento dietético e acarbose, apresentando melhora parcial dos sintomas. Em consulta em dezembro de 2024 apresentava 74,5kg (IMC 30,6kg/m² e 85% de excesso de peso perdido). Foi indicada nova internação hospitalar por persistência das hipoglicemias pós prandiais com episódios de perda de consciência, a despeito de medidas dietéticas e farmacológicas em doses otimizadas. Imagem pancreática era sugestiva de pâncreas divisum, sem anormalidades focais. Mantendo-se diagnóstico de hipoglicemia hiperinsulinêmica pós-prandial (dumping tardio), paciente aceitou realizar cirurgia revisional em janeiro de 2025. Na consulta de seguimento apresentou resolução completa de hipoglicemias, com melhora de qualidade de vida e manutenção do peso perdido. A hipoglicemia hiperinsulinêmica pós prandial - ou dumping tardio - é uma complicação metabólica rara da cirurgia bariátrica, ocorrendo principalmente quando realizado bypass gástrico.¹ Geralmente ocorre após 1 a 5 anos da cirurgia bariátrica,²-³ com sintomas de hipoglicemia entre 1 e 4 horas após as refeições.² Várias causas foram descritas em pacientes pós cirurgia bariátrica, incluindo síndrome de dumping tardio (mais frequente), nesidioblastose e insulinoma. O tratamento inicialmente envolve medidas dietéticas e farmacológicas,4 sendo a acarbose considerada droga de primeira linha.² Em casos refratários, o tratamento cirúrgico é indicado.²-³ Na paciente em questão, foi realizada cirurgia de reconstituição do trânsito pelo duodeno e jejuno proximal, mantendo o componente restritivo do bypass gástrico, além de ressecção do fundo gástrico a fim de intensificar a supressão da grelina como estratégia adicional para manutenção ponderal.5

Referências Bibliográficas: 1. Eisenberg D, Azagury DE, Ghiassi S, Grover BT, Kim JJ. ASMBS Position Statement on Postprandial Hyperinsulinemic Hypoglycemia after Bariatric Surgery. Surg Obes Relat Dis. 2017 Mar;13(3):371-378. doi: 10.1016/j.soard.2016.12.005. Epub 2016 Dec 19. 2. Rossini G, Risi R, Monte L, Sancetta B, Quadrini M, Ugoccioni M, Masi D, Rossetti R, D'Alessio R, Mazzilli R, Defeudis G, Lubrano C, Gnessi L, Watanabe M, Manfrini S, Tuccinardi D. Postbariatric surgery hypoglycemia: Nutritional, pharmacological and surgical perspectives. Diabetes Metab Res Rev. 2024 Feb;40(2):e3750. doi: 10.1002/dmrr.3750. Epub 2023 Nov 28. 3. Malik S, Mitchell JE, Steffen K, Engel S, Wiisanen R, Garcia L, Malik SA. Recognition and management of hyperinsulinemic hypoglycemia after bariatric surgery. Obes Res Clin Pract. 2016 Jan-Feb;10(1):1-14. doi: 10.1016/j.orcp.2015.07.003. Epub 2015 Oct 27. 4. Carpentieri GB, Gonçalves SEAB, Mourad WM, Pinto LGC, Zanella MT. Hypoglycemia post bariatric surgery: drugs with different mechanisms of action to treat a unique disorder. Arch Endocrinol Metab. 2023 Mar 30;67(3):442-449. doi: 10.20945/2359-3997000000598. Epub 2023 Feb 7. 5. Sampaio-Neto J, Branco-Filho AJ, Nassif LS, Nassif AT, De Masi FD, Ximenez DR. PROPOSAL OF A REVISIONAL SURGERY TO TREAT NON-INSULINOMA HYPERINSULINEMIC HYPOGLICEMIA POSTGASTRIC BYPASS. Arq Bras Cir Dig. 2015 Nov-Dec;28(4):278-81. doi: 10.1590/S0102-6720201500040015.

Título: HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO EM ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN: PREVALÊNCIA E EVOLUÇÃO EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA
Autores: GISELE ALVES DE SOUZA, FERNANDA BRUNETTO, HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, JACQUELINE APARECIDA RIBEIRO DE PAULA, SARAH DA COSTA ALMEIDA VIEIRA, BEATRIZ ELIZABETH BAGATIN VELEDA BERMUDEZ
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Palavras Chave: HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO; SÍNDROME DE DOWN; ADOLESCENTE

Trabalho: INTRODUÇÃO: O hipotireoidismo subclínico (HS) é a disfunção tireoidiana mais comum em crianças e adolescentes com Síndrome de Down (SD), com prevalência entre 24,3% e 60%, superior à da população geral. Caracteriza-se por elevação do hormônio tireoestimulante (TSH) com a tetratoxina livre (FT4) normal. A avaliação da função tireoidiana é essencial, pois a deficiência hormonal pode afetar o desenvolvimento psicomotor, o crescimento e a cognição. Este estudo investiga a prevalência e evolução do HS em adolescentes atendidos no ambulatório de SD do Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR). OBJETIVOS: Investigar a prevalência e a evolução do hipotireoidismo subclínico em adolescentes com Síndrome de Down atendidos no ambulatório de SD do CHC-UFPR no biênio 2022 e 2023. MÉTODOS: Estudo descritivo, observacional, transversal e retrospectivo, baseado em prontuários eletrônicos de adolescentes (10-20 anos) com Síndrome de Down atendidos no Ambulatório de SD do CHC-UFPR (2022-2023). Foi analisada uma amostra de 64 pacientes, identificando aqueles com hipotireoidismo subclínico. As variáveis avaliadas incluíram idade, sexo, medidas antropométricas, TSH, FT4, sintomas associados e malformações congênitas. RESULTADOS: A prevalência de hipotireoidismo subclínico entre os 64 adolescentes analisados foi de 15,62% (10 pacientes), com distribuição equitativa entre os sexos e idade média de 16,4 anos. A média dos valores de TSH foi de 4,56 mlU/L em 2023 e 3,84 mlU/L em 2024, mantendo-se os níveis de FT4 dentro da normalidade. A evolução dos pacientes mostrou estabilidade nos valores de TSH, exceto por um paciente que não realizou nova dosagem. O peso médio aumentou de 54,94 kg para 56,87 kg, sendo 18,57% maior entre os homens. O IMC médio foi de 26,47 kg/m², com três adolescentes apresentando progressão para sobrepeso ou obesidade grau 1. Os sintomas mais frequentes foram ganho de peso, pele seca e cansaço (40% dos casos), enquanto cardiomiopatia foi a anormalidade congênita mais comum, afetando 40% dos pacientes. CONCLUSÃO: Observou-se uma prevalência significativa de hipotireoidismo subclínico em adolescentes com SD, embora inferior à de outros estudos. Os níveis de TSH permaneceram estáveis entre 2023 e 2024, com quatro pacientes apresentando alterações persistentes. Houve tendência de aumento do IMC, especialmente em meninos, e alta frequência de sintomas clínicos e malformações congênitas associadas.

Referências Bibliográficas: 1. ANTONARAKIS, S. E. et al. Down syndrome. Nature Reviews Disease Primers, v. 6, n. 1, p. 9, 2020. DOI: 10.1038/s41572-019-0143-7. 2. CALCATERRA, V. et al. Timing, prevalence, and dynamics of thyroid disorders in children and adolescents affected with Down syndrome. Journal of Pediatric Endocrinology and Metabolism, v. 33, n. 7, p. 885-891, 2020. DOI: 10.1515/jpem-2020-0119. 3. SZELIGA, K. et al. Subclinical Hypothyroidism as the Most Common Thyroid Dysfunction Status in Children With Down's Syndrome. Frontiers in Endocrinology, v. 12, 2022. DOI: 10.3389/fendo.2021.782865. 4. GORINI, F. et al. Hypothyroidism in Patients with Down Syndrome: Prevalence and Association with Congenital Heart Defects. Children, v. 11, n. 5, p. 513, 2024. DOI: 10.3390/children11050513. 5. URGATZ, B.; RAZVI, S. Subclinical hypothyroidism, outcomes and management guidelines: a narrative review and update of recent literature. Current Medical Research and Opinion, v. 39, n. 3, p. 351-365, 2023. DOI: 10.1080/03007995.2023.2165811.

Título: EPIDEMIOLOGIA DA TIREOTOXICOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL: INTERNAÇÕES HOSPITALARES NOS ANOS DE 2010-2024
Autores: NATHÁLIA DUARTE DOS SANTOS, JÚLIA ZILLI GRAZIANO, SOPHIA GRACIOLI MARÇAL SALVAN, EMILY BRUNA JUSTINO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA (UNISUL)
Palavras Chave: TIREOTOXICOSE; INTERNAÇÕES; SEXO FEMININO.

Trabalho: Introdução:A tireotoxicose consiste em um estado hipermetabólico causado pelo aumento na função da glândula tireoide e, consequentemente, aumento dos níveis circulantes dos hormônios T3 e T4 livres [2]. Condições como Doença de Graves, tireoidites, nódulos tireoidianos e goiter multinodular podem corroborar para a ampliação da atividade glandular [3]. Associado com as principais causas de tireotoxicose, a Doença de Graves é mais prevalente de cinco a dez vezes mais em pacientes do sexo feminino, especialmente na faixa etária de 20 e 40 anos, e o Bócio Multinodular Difuso de cinco mulheres para cada homem [5]. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo compreender a epidemiologia das internações por faixa etária entre homens e mulheres na região Sul do Brasil entre 2010 e 2024. Métodos: Estudo transversal, quantitativo e descritivo com dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A variável analisada foi a quantidade de internações de mulheres e homens, entre 40 e 59 anos por Tireotoxicose na Região Sul do Brasil, no período de 2010 a 2024. Foi utilizada análise estatística descritiva no estudo. Resultados: No período de 2010 a 2024, observou-se um total de 402 internações por Tireotoxicose em ambos os sexos entre 40 e 59 anos, na Região Sul do Brasil. Desses, foram contabilizados 46 casos do sexo masculino e 132 do feminino, na faixa etária entre 50 e 59 anos. Entretanto, tendo em vista a idade entre 40 e 49 anos, foram identificados 55 e 169 do sexo masculino e femino, respectivamente. Os dados analisados corroboram com a literatura, a qual revela que a incidência da tireotoxicose é mais elevada na faixa etária entre 20 e 50 anos e que mulheres são desproporcionalmente mais afetadas, com uma razão mulher:homem variando entre 7:1 e 10:1 [3]. Quando avaliados os dados de internação por transtornos da tireoide segundo o sexo, observa-se também que a maioria dos indivíduos internados tanto para deficiência de iodo quanto para tireotoxicose é do sexo feminino [5]. Conclusão: Evidencia-se que na região Sul do Brasil, há uma maior prevalência de casos na faixa etária entre os 20 e 50 anos de idade, e um maior número de internações por tireotoxicose nas pacientes do sexo feminino. A maior predisposição de doenças endocrinológicas que podem causar tireotoxicose em mulheres, sugere a necessidade de medidas públicas protetivas destinadas a este público-alvo, visando a redução de internações.

Referências Bibliográficas: 1.Luiza A, Scheffel R, Laurini E, Meyer S, Mazeto G, Amaral De Carvalho G, et al. Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia The Brazilian consensus for the diagnosis and treatment of hyperthyroidism: recommendations by the Thyroid Department of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism [Internet]. 2013. Available from: https://www.scielo.br/j/abem/a/k5s3N3nf4gs8DxDsnPWBQ3r/?format=pdf&lang=pt 2.Thyrotoxicosis: Diagnosis and Management - ScienceDirect - Anu Sharma, Marius N. Stan, Thyrotoxicosis: Diagnosis and Management, Mayo Clinic Proceedings, Volume 94, Issue 6, 2019, Pages 1048-1064, ISSN 0025-6196, https://doi.org/10.1016/j.mayocp.2018.10.011. 3.Blick C, Jialal I. Thyrotoxicosis [Internet]. PubMed. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2020. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482216/ 4. DA SILVA SANTANA, M. Hospitalizações por Tireotoxicose na Infância no Brasil e Regiões entre 2010 e 2019. Área: Endocrinologia/BA. Rev Ped SOPERJ. , [s.d.]. 5. Weber EM, Mallmann BLK, Tonini CRA, Landivar EEC, Daiprai TM, Vidigal TMA. Epidemiologia dos Transtornos da tireoide no estado de Santa Catarina no período de 2008 a 2015. Unoesc & Ciência - ACBS Joaçaba. 2017;8(1):43-50.

Título: NECROSE AVASCULAR DE CABEÇA DO FÊMUR APÓS USO DE GLICOCORTICOIDE: UM RELATO DE CASO
Autores: MANUELA GUIMARÃES DIAS GOMES, MARIA ANTONIA DUTRA NICOLODI, BIBIANA GOULART, FREDERICO LUDWIG DA COSTA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HOSPITAL SÃO LUCAS DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Palavras Chave: NECROSE AVASCULAR, ARTROPLASTIA, ARTRITE SÉPTICA

Trabalho: Descrição e Discussão do Caso Paciente M.L.R.G., feminino, 70 anos, autônoma, sem comorbidades clínicas conhecidas, foi internada em dezembro de 2024 com dor de caráter máximo na Escala Visual de Dor, em coxa esquerda, irradiando para a região glútea ipsilateral, em piora progressiva há 2 meses. Estava em acompanhamento por tendinopatia no ombro direito e havia recebido quatro aplicações intramusculares quinzenais de dipropionato de betametasona 5mg/ml + fosfato dissódico de betametasona 2mg/ml, sendo a última há quatro meses. A Ressonância Nuclear Magnética da região coxofemoral esquerda revelou perda da esfericidade da cabeça femoral, reabsorção óssea, irregularidades corticais, edema medular e moderado derrame articular homolateral, sugerindo necrose avascular da cabeça do fêmur (NACF) e/ou artrite séptica. Iniciou-se ceftriaxone empiricamente, devido dúvida diagnóstica. A NACF está fortemente associada à corticoterapia sistêmica, conforme descrito inclusive em bula. O risco é proporcional à dose acumulada, especialmente com doses iniciais elevadas, como neste caso. A fisiopatologia envolve a redução da expressão de fatores pró-angiogênicos, desregulação lipídica com microembolias gordurosas e aumento da atividade osteoclástica, induzidos por mecanismos genômicos e não genômicos dos glicocorticoides. O manejo incluiu analgesia progressiva até indicação cirúrgica pela Ortopedia: artroplastia de ressecção do quadril segundo a técnica de Girdlestone, frente à dor intensa e suspeita remota de infecção residual. No pós-operatório imediato, observou-se alívio da dor e melhora da mobilidade. A antibioticoterapia foi suspensa após culturas negativas e ausência de sinais infecciosos clínicos e laboratoriais. A paciente teve alta e segue em acompanhamento ambulatorial, com plano de artroplastia total de quadril. Considerações Finais A necrose avascular de quadril é uma condição desafiadora cirúrgica e clinicamente. Visto que a terapia sistêmica com glicocorticoides é amplamente utilizada na prática clínica por diversos motivos, e epidemiologicamente relevante nos casos de NACF, sendo o fator de risco mais influente da patologia – relacionado a aproximadamente 50% dos casos -, cabe a comunidade médica entender esta entidade. O caso descrito demonstra que, na intenção de suavizar a dor de uma tendinite no ombro, o corticoide foi gatilho para constituir um sofrimento ainda mais intenso e prolongado.

Referências Bibliográficas: 1. KOO, K. H. et al. Risk period for developing osteonecrosis of the femoral head in patients on steroid treatment. Clinical Rheumatology, v. 21, n. 4, p. 299, 2002. 2. LIU, L. H. et al. Corticosteroid-induced osteonecrosis of the femoral head: detection, diagnosis, and treatment in earlier stages. Chinese Medical Journal (English Edition), v. 130, n. 21, p. 2601, 2017. 3. FUKUSHIMA, W. et al. Nationwide epidemiologic survey of idiopathic osteonecrosis of the femoral head. Clinical Orthopaedics and Related Research, v. 468, p. 2715–2724, 2010. DOI: 10.1007/s11999-010-1292-x. 4. ISSA, K. et al. Osteonecrosis of the femoral head: the total hip replacement solution. Bone & Joint Journal, v. 95-B, n. 11 Suppl A, p. 46-50, nov. 2013. DOI: 10.1302/0301-620X.95B11.32644. PMID: 24187351. 5. BALLARD, W. T.; LOWRY, D. A.; BRAND, R. A. Resection arthroplasty of the hip. Journal of Arthroplasty, v. 10, n. 6, p. 772-779, dez. 1995. DOI: 10.1016/s0883-5403(05)80073-7. PMID: 8749759. 6. HIPFL, C. et al. Total hip arthroplasty for destructive septic arthritis of the hip using a two-stage protocol without spacer placement. Archives of Orthopaedic and Trauma Surgery, v. 143, p. 19–28, 2023. DOI: 10.1007/s00402-021-03981-2.

Título: DIABETES MELLITUS INSULINODEPENDENTE: ESTRATIFICAÇÃO DA MORTALIDADE EM 20 ANOS NO BRASIL
Autores: KELEN DANIELE KAEFER, RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS , DANIEL EVANGELISTA NOBRE, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS , JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA. MORTALIDADE. DIABETES MELLITUS. INSULINOTERAPIA. BRASIL

Trabalho: INTRODUÇÃO: A prevalência de diabetes mellitus aumentou entre 2000 e 2019, impulsionada por mudanças demográficas, epidemiológicas e nutricionais. Caracterizada pela hiperglicemia, é um distúrbio metabólico de alta incidência, com impacto global, especialmente em países em desenvolvimento. As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de mortalidade e incapacidade no Brasil. OBJETIVO: Avaliar o perfil de óbitos por diabetes mellitus insulinodependente no Brasil entre 2003 e 2022. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal, quantitativo e descritivo. Dados coletados do SIM/Ministério da Saúde via Tabnet/DATASUS, em agosto de 2024. As variáveis analisadas foram: região, sexo, faixa etária, escolaridade e cor/etnia. Utilizou-se o BioEstat 5.3 com teste de Friedman e estatísticas descritivas. RESULTADOS: De 2003 a 2022, ocorreram 63.871 óbitos por diabetes mellitus insulinodependente no Brasil (média de 3.193/ano). Mulheres representaram 53,73% e homens 46,26% (p = 0,0253). Quanto à cor, 52,69% eram brancos e 34,09% pardos (p = 0,6547). A maior incidência foi em idosos: 25,94% entre 70-79 anos e 23,36% com mais de 80 (p < 0,0001). Em escolaridade, 23,15% tinham 1-3 anos e 21,18% entre 4-7 anos (p = 0,0031). O Sudeste concentrou 32,10% dos óbitos, com destaque para São Paulo (16,55%). Houve aumento dos óbitos ao longo do tempo (p < 0,0001), com maiores registros em julho (9,54%) e agosto (9,19%). A maioria ocorreu em ambiente hospitalar (60,39%), seguido por domicílios (30,21%). CONCLUSÃO: Os óbitos por diabetes mellitus insulinodependente aumentaram ao longo dos anos, com maior prevalência no Sudeste, especialmente em São Paulo. Foram mais frequentes entre mulheres, idosos, pessoas brancas e com baixa escolaridade. A maioria ocorreu em hospitais, com picos em julho e agosto. DESCRITORES: Epidemiologia, Mortalidade, Diabetes Mellitus, Insulinoterapia, Brasil.

Referências Bibliográficas: REFERÊNCIAS Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). [online]. Acessado em 15 de agosto de 2024. Disponível em URL: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def PEREIRA, Luana Silva et al. MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS NÃO INSULINO-DEPENDENTE NO DISTRITO FEDERAL. Práticas e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva, v. 2, p. e12903-e12903, 2021. DA SILVA NEGREIROS, Erika Cristina Moura et al. Mortalidade por Diabetes Mellitus no nordeste do Brasil no período de 2014 a 2018. Brazilian Journal of Health Review, v. 6, n. 4, p. 14138-14155, 2023. KLAFKE, André et al. Mortalidade por complicações agudas do diabetes melito no Brasil, 2006-2010. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 23, p. 455-462, 2014. PEREIRA, Cynthia Lwangia Soares. Perfil de mortalidade por diabetes mellitus em Goiás, no período de 2010 a 2019. 2021. DA SILVA, Francisca Kelly Santos et al. Mortalidade por Diabetes Mellitus no estado do Piauí entre 2009 a 2019. Research, Society and Development, v. 11, n. 7, p. e38111729133-e38111729133, 2022. MARQUES, Marilane Vilela et al. Distribuição espacial da mortalidade por diabetes no Brasil. Saúde e Desenvolvimento Humano, v. 8, n. 3, p. 113-122, 2020.

Título: GRAVIDADE DA NEUROPATIA DIABÉTICA POR FAIXA ETÁRIA: INFLUÊNCIA DA HBA1C, HAS, DISLIPIDEMIA E USO DE INSULINA
Autores: MARIANA SIQUEIRA LEITE, POLIANA DE OLIVEIRA ALVES , ÉRICA DA SILVA ANSELMO, VINICIUS DE LIMA OLIVEIRA , VILMAIR ZANCANARO, FÁBIO HERGET PITANGA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE
Palavras Chave: NEUROPATIA DIABÉTICA; COMORBIDADES; DIABETES MELLITUS TIPO 2

Trabalho: INTRODUÇÃO A neuropatia diabética acomete até 50% dos pacientes com diabetes tipo 2 (DM2), sendo uma das principais causas de morbidade neurológica nessa população. Está fortemente associada à exposição prolongada à hiperglicemia, comorbidades como hipertensão arterial sistêmica (HAS) e dislipidemia, tipo de tratamento e tempo de evolução da doença. O controle glicêmico inadequado, evidenciado por níveis elevados de glicemia em jejum e hemoglobina glicada (HbA1c), é um fator chave na progressão da neuropatia, especialmente em indivíduos com maior tempo de diagnóstico. A estratificação por faixa etária permite identificar perfis de maior risco e orientar condutas preventivas. OBJETIVOS Investigar a associação entre fatores clínicos e a gravidade da neuropatia diabética, avaliando o impacto da faixa etária e do tipo de tratamento na progressão do quadro em pacientes com DM2. MÉTODOS Estudo transversal retrospectivo com análise de 2.082 prontuários de pacientes com DM2 atendidos entre 2005 e 2022. Foram incluídos 244 pacientes com diagnóstico clínico de neuropatia confirmado pelas escalas ECN e NDS. Variáveis analisadas: idade, sexo, tempo de diagnóstico do DM2, glicemia em jejum, HbA1c, HAS, dislipidemia, grau de neuropatia (leve, moderada, grave) e tipo de tratamento (insulina, antidiabéticos orais ou associação). Os dados foram estratificados em quatro faixas etárias: 25–45, 46–65, 66–85 e 86–105 anos. Realizaram-se análises descritivas e comparativas com significância de p<0,05. RESULTADOS A maioria dos pacientes com neuropatia estava na faixa de 66–85 anos (58,6%). O tempo médio desde o diagnóstico de DM2 até o início da neuropatia foi de 11,72 anos. A média da glicemia foi de 200,25 mg/dL e da HbA1c, 9,32%. HAS esteve presente em 70% dos casos e dislipidemia em 28%. O uso de insulina foi mais comum nos casos mais graves. Pacientes mais jovens apresentaram maior descontrole glicêmico, porém menor gravidade neuropática; entre os idosos, observou-se maior frequência de formas graves, mesmo com valores glicêmicos mais próximos da meta. Maior tempo de doença, presença de comorbidades e uso de insulina se associaram à gravidade neuropática. CONCLUSÃO HAS, dislipidemia, mau controle glicêmico, tempo prolongado de DM2 e uso de insulina estiveram relacionados a maior gravidade da neuropatia, especialmente em idosos. A estratificação por faixa etária pode contribuir para intervenções preventivas mais eficazes.

Referências Bibliográficas: 1. Aaberg, M. L., Burch, D. M., Hud, Z. R., & Zacharias, M. P. (2008). Gender differences in the onset of diabetic complications. Diabetes Research and Clinical Practice, 79(3), 436–443. https://doi.org/10.1016/j.diabres.2007.09.029 2. Algeffari, M. A. (2021). Diabetic peripheral neuropathy: prevalence and risk factors in a diabetic clinic. Journal of Diabetes Research, 2021, 1–7. https://doi.org/10.1155/2021/1234567 3. Mao, F., Lin, W., et al. (2019). Prevalence and risk factors of diabetic peripheral neuropathy in a diabetics cohort: Register initiative “diabetes and nerves”. Journal of Clinical Neuroscience, 64, 1–6. https://doi.org/10.1016/j.jocn.2019.02.027 4. Pop-Busui, R., et al. (2020). Diabetic peripheral neuropathy: A position statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care, 43(1), 136–154. https://doi.org/10.2337/dci19-0063 5. Papanas, N., & Ziegler, D. (2022). Updates in diabetic peripheral neuropathy. Current Diabetes Reports, 22(3), 34–42. https://doi.org/10.1007/s11892-022-01483-9 6. Sociedade Brasileira de Diabetes. (2022). Diretrizes para o diagnóstico e tratamento da neuropatia diabética periférica. https://www.diabetes.org.br 7. Tesfaye, S., et al. (2011). Diabetic neuropathies: Update on definitions, diagnostic criteria, estimation of severity, and treatments. Diabetes Care, 33(10), 2285–2293. https://doi.org/10.2337/dc10-2390 8. Yang, Z., Chen, R., Zhang, Y., Huang, Y., & Huang, Y. (2022). The risk factors for diabetic peripheral neuropathy: A meta-analysis. PLOS ONE, 17(2), e0262855. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0262855 9. Feldman, E. L., Nave, K. A., Jensen, T. S., & Bennett, D. L. (2019). Diabetic neuropathy. Nature Reviews Disease Primers, 5, 42. https://doi.org/10.1038/s41572-019-0092-1 10. Malone, J. I., & Hanna, S. (2016). Diabetic central neuropathy: CNS damage related to hyperglycemia. ResearchGate. https://www.researchgate.net/publication/291425569

Título: ESTRATIFICAÇÃO DOS ÓBITOS POR MARASMO NUTRICIONAL NO BRASIL ENTRE 2003 E 2022
Autores: KELEN DANIELE KAEFER, RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS , YNARA MARTINS DE VASCONCELOS, DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA. MORTALIDADE. MARASMO. NUTRIÇÃO. BRASIL.

Trabalho: INTRODUÇÃO: Deficiências nutricionais são um grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento. A desnutrição ocorre quando o organismo não recebe nutrientes essenciais em quantidade suficiente, afetando diversos órgãos. A desnutrição proteico-calórica inclui dois tipos: marasmo (déficit global de calorias e proteínas) e kwashiorkor (déficit predominantemente proteico). OBJETIVO: Avaliar o perfil de óbitos por marasmo nutricional no Brasil entre 2003 e 2022. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal, quantitativo e descritivo, com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), acessados via Tabnet/DATASUS entre 1 e 28 de agosto de 2024. Os dados foram organizados por região, sexo, faixa etária, escolaridade e cor/etnia. A análise foi feita no software BioEstat 5.3, utilizando o teste de Friedman e estatísticas descritivas. RESULTADOS: Entre 2003 e 2022, ocorreram 8.614 óbitos por marasmo nutricional no Brasil, média anual de 430. Houve predominância masculina (53,42%, n=4.602; p=0,0253) e maior frequência entre pessoas brancas (47,97%, n=4.132) e pardas (33,97%, n=2.926; p=0,6547). Idosos acima de 80 anos representaram 48,14% dos casos (n=4.147; p<0,0001). Em relação à escolaridade, 30,43% (n=2.621) não tinham instrução e 21,96% (n=1.892) possuíam de 1 a 3 anos de estudo. A região Sudeste concentrou 50,91% dos óbitos (n=4.385; p=0,0477), com destaque para o estado de São Paulo (22,82%, n=1.966). Houve redução progressiva nos óbitos ao longo dos anos (p<0,0001), com menor número em 2022 (2,77%, n=239). Os meses com maior incidência foram junho (9,54%, n=822) e julho (9,36%, n=806). A maioria dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (65,42%, n=5.635), seguido por domicílios (26,32%, n=2.267). CONCLUSÃO: Os óbitos por marasmo nutricional concentraram-se na região Sudeste, especialmente em São Paulo. Observou-se redução ao longo dos anos, com maior incidência nos meses de junho e julho. As vítimas eram majoritariamente homens, idosos acima de 80 anos, de cor branca e sem escolaridade, com prevalência de óbitos em ambiente hospitalar.

Referências Bibliográficas: INTRODUÇÃO: Deficiências nutricionais são um grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento. A desnutrição ocorre quando o organismo não recebe nutrientes essenciais em quantidade suficiente, afetando diversos órgãos. A desnutrição proteico-calórica inclui dois tipos: marasmo (déficit global de calorias e proteínas) e kwashiorkor (déficit predominantemente proteico). OBJETIVO: Avaliar o perfil de óbitos por marasmo nutricional no Brasil entre 2003 e 2022. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal, quantitativo e descritivo, com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), acessados via Tabnet/DATASUS entre 1 e 28 de agosto de 2024. Os dados foram organizados por região, sexo, faixa etária, escolaridade e cor/etnia. A análise foi feita no software BioEstat 5.3, utilizando o teste de Friedman e estatísticas descritivas. RESULTADOS: Entre 2003 e 2022, ocorreram 8.614 óbitos por marasmo nutricional no Brasil, média anual de 430. Houve predominância masculina (53,42%, n=4.602; p=0,0253) e maior frequência entre pessoas brancas (47,97%, n=4.132) e pardas (33,97%, n=2.926; p=0,6547). Idosos acima de 80 anos representaram 48,14% dos casos (n=4.147; p<0,0001). Em relação à escolaridade, 30,43% (n=2.621) não tinham instrução e 21,96% (n=1.892) possuíam de 1 a 3 anos de estudo. A região Sudeste concentrou 50,91% dos óbitos (n=4.385; p=0,0477), com destaque para o estado de São Paulo (22,82%, n=1.966). Houve redução progressiva nos óbitos ao longo dos anos (p<0,0001), com menor número em 2022 (2,77%, n=239). Os meses com maior incidência foram junho (9,54%, n=822) e julho (9,36%, n=806). A maioria dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (65,42%, n=5.635), seguido por domicílios (26,32%, n=2.267). CONCLUSÃO: Os óbitos por marasmo nutricional concentraram-se na região Sudeste, especialmente em São Paulo. Observou-se redução ao longo dos anos, com maior incidência nos meses de junho e julho. As vítimas eram majoritariamente homens, idosos acima de 80 anos, de cor branca e sem escolaridade, com prevalência de óbitos em ambiente hospitalar.

Título: MORTALIDADE DECORRENTE POR HIPOTIREOIDISMO NO BRASIL
Autores: KELEN DANIELE KAEFER, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA. MORTALIDADE. HIPOTIREOIDISMO. BRASIL

Trabalho: INTRODUÇÃO: A tireoide é uma das maiores glândulas endócrinas, responsável pela produção dos hormônios tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3), fundamentais para o metabolismo. O hipotireoidismo ocorre quando a glândula deixa de produzir quantidades adequadas desses hormônios, sendo identificado laboratorialmente pelo aumento de TSH e redução de T4 livre. É uma condição comum em adultos, especialmente mulheres, e pode levar a diversas complicações se não tratada. OBJETIVO: Avaliar o perfil de óbitos por hipotireoidismo no Brasil entre 2003 e 2022. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal, de caráter quantitativo e descritivo, com dados extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), via Tabnet/DATASUS, entre 1 e 28 de agosto de 2024. Foram consideradas variáveis como região, sexo, faixa etária, escolaridade e cor/etnia. A análise estatística utilizou o software BioEstat 5.3, com o teste de Friedman e estatísticas descritivas. RESULTADOS: Entre 2003 e 2022, registraram-se 8.671 óbitos por hipotireoidismo, média de 433 por ano. A maioria dos óbitos ocorreu em mulheres (74,29%, n=6.442), com menor incidência em homens (25,68%, n=2.227; p=0,0253). A cor branca foi predominante (68,75%, n=5.961), seguida pela parda (21,68%, n=1.880; p=0,6547). A faixa etária mais acometida foi acima de 80 anos (46,03%, n=3.991; p<0,0001). Em relação à escolaridade, 22,96% (n=1.991) tinham de 1 a 3 anos de estudo, e 19,27% (n=1.671) entre 4 e 7 anos (p=0,0025). A região Sudeste concentrou 56,07% dos óbitos (n=4.862; p=0,0700), com destaque para São Paulo (24,78%, n=2.149). Houve aumento progressivo de notificações ao longo dos anos (p<0,0001), atingindo 10,58% (n=917) em 2022. Os meses com maior prevalência foram junho (9,39%, n=814), julho (9,47%, n=821) e agosto (9,45%, n=819; p=0,0032). A maioria dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (57,99%, n=5.028), seguido por domicílios (33,10%, n=2.870). CONCLUSÃO: Os óbitos por hipotireoidismo foram mais frequentes na região Sudeste, especialmente em São Paulo, com aumento contínuo ao longo dos anos. Acometeram majoritariamente mulheres idosas, de cor branca, com baixa escolaridade, e concentraram-se em ambiente hospitalar, com maior incidência entre junho e agosto.

Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). [online]. Acessado em 15 de agosto de 2024. Disponível em URL: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def BEZERRA, Tatiane Silva Moreira et al. Hipotireoidismo: Uma breve revisão de literatura. Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas, v. 1, n. 1, p. 1-9, 2023. DE ALMEIDA, Ana Vitoria Nunes. Diagnóstico e tratamento do hipotireoidismo: Uma revisão de literatura. Repositório Institucional do Unifip, v. 7, n. 1, 2022. ALVES, Ana Lília Vieira et al. Hipotireoidismo. 2021. KAHIN, Ali Braim Abdul et al. Hipotireoidismo: uma revisão da literatura. Revista Higei@-Revista Científica de Saúde, v. 3, n. 5, 2021. TOMAZ, Fernanda Daniela Dutra et al. Prevalência de hipotireoidismo em idosos no município de Taubaté-SP. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 20, n. 3, p. 235-240, 2016. FERNANDES, Gabriel Queiroz; FREITAS, Giordanne Guimarães. Prevalência de hipotireoidismo em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Revista de Medicina, v. 97, n. 3, p. 273-277, 2018.

Título: AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS ÓBITOS POR DESNUTRIÇÃO PROTEICO-CALORICA GRAVE NO BRASIL ENTRE 2003 E 202
Autores: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA. MORTALIDADE. DESNUTRIÇÃO. PROTEÍNA. CALORIA. BRASIL.

Trabalho: Introdução: A desnutrição proteico-calórica é uma condição clínica marcada pela deficiência de macronutrientes, levando a desequilíbrios energéticos. É frequentemente associada à redução da massa muscular, especialmente em idosos, o que resulta em menor produção de força e gasto energético. A composição corporal, incluindo reservas de proteínas e gorduras, está intimamente relacionada ao gasto energético. Objetivo: O estudo analisa o perfil de óbitos por desnutrição proteico-calórica grave no Brasil entre 2003 e 2022. Métodos: A pesquisa utilizou dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, em estudo retrospectivo, longitudinal e descritivo. Foram analisadas informações demográficas e regionais agrupadas por macrorregiões, sexo, faixa etária, escolaridade e cor/etnia. A análise estatística foi realizada pelo software BioEstat 5.3, utilizando o teste de Friedman e estatísticas descritivas. Resultados: Entre 2003 e 2022, foram registrados 28.201 óbitos, com média anual de 1.410. Houve maior prevalência nos meses de maio (8,83%), junho (8,65%), julho (8,82%) e agosto (8,69%). A maioria das mortes ocorreu em homens (53,43%), idosos acima de 80 anos (43,27%), pessoas de cor parda (41,72%) e indivíduos sem escolaridade (32,50%). A região Nordeste apresentou 36,42% dos óbitos, seguida pelo Sudeste com 32,98%. Os estados mais afetados foram São Paulo (14,95%), Minas Gerais (12,78%) e Bahia (10,21%). A maior parte dos óbitos aconteceu em hospitais (66,39%) e residências (26,83%). Durante os anos avaliados, os números de óbitos se mantiveram estáveis. Conclusão: Os óbitos por desnutrição proteico-calórica grave concentraram-se nas regiões Nordeste e Sudeste, especialmente em idosos do sexo masculino, de cor parda e sem escolaridade. A maior parte das mortes ocorreu em ambiente hospitalar, destacando a necessidade de estratégias regionais e populacionais para combater o problema.

Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). [online]. Acessado em 15 de junho de 2024. Disponível em URL: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def MAIA, Ana Luisa de Menezes Macedo et al. Fatores associados à hospitalização por desnutrição proteico-calórica grave entre pacientes de 0 a 19 anos em Mato Grosso: 1999-2019. COORTE-Revista Científica do Hospital Santa Rosa, n. 10, 2020. MALAFAIA, Guilherme. A desnutrição proteico-calórica como agravante da saúde de pacientes hospitalizados. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, v. 34, n. 2, 2009. COSTA, Larissa Silva Gradil et al. Morbimortalidade Infantil No Nordeste Do Brasil Por Desnutrição E Outras Deficiências Nutricionais. Revista Foco, v. 16, n. 8, p. e2736-e2736, 2023. ARAUJO, Ellen Cristini Freitas. Efeito do exercício físico resistido na recuperação de pacientes com desnutrição protéico-calórica. 2003. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

Título: PERFIL DE HOSPITALIZAÇÃO POR DESNUTRIÇÃO NO BRASIL
Autores: KELEN DANIELE KAEFER, RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS, DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA. HOSPITALIZAÇÃO. DESNUTRIÇÃO. BRASIL.

Trabalho: INTRODUÇÃO: A desnutrição é um dos problemas mais comuns entre crianças e idosos, interferindo negativamente na saúde e qualidade de vida. Está associada a complicações clínicas, maior tempo de internação, reinternações não planejadas, aumento da mortalidade e custos hospitalares. Em sociedades ocidentais, impacta fortemente o sistema de saúde e assistência social. Fatores fisiopatológicos e socioeconômicos, especialmente em idosos, aumentam a vulnerabilidade, a suscetibilidade a infecções e outras morbidades, elevando os custos com tratamento e as taxas de mortalidade. OBJETIVO: Avaliar o perfil de hospitalizações por desnutrição no Brasil entre 2020 e 2022. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal, quantitativo e descritivo, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), acessados via Tabnet/DATASUS entre 1º de junho e 1º de setembro de 2023. Foram analisadas variáveis como sexo, faixa etária e macrorregiões brasileiras. Utilizou-se o software BioEstat 5.3 com teste t pareado para comparação dos grupos, além de estatísticas descritivas. RESULTADOS: Entre 2020 e 2022, ocorreram 16.225 internações por desnutrição. A região Sudeste concentrou 42,40% dos casos (n=31.980), com média anual de R$ 8.285.789,57 em custos. Esta região também liderou em óbitos (49,81%; n=5.317), com taxa de mortalidade de 16,63. Houve aumento dos casos em 2022 (34,33%; n=25.893) em comparação com 2021 (31,84%; n=24.019). Cerca de 95,11% (n=71.740) das internações foram de urgência, e 4,89% (n=3.690) eletivas. Quanto ao sexo, 55,74% (n=42.041) dos casos ocorreram em homens e 44,26% (n=33.389) em mulheres (p<0,0001). Idosos com 80 anos ou mais representaram 21,51% (n=16.225) dos casos. Em relação à cor/raça, 39,71% se autodeclararam pardos (n=29.955) e 30,29% brancos (n=22.845; p=0,0157). CONCLUSÃO: As hospitalizações por desnutrição se concentram na região Sudeste, com maior número de óbitos, custos e taxa de mortalidade. Predominam entre homens idosos (80 anos ou mais), autodeclarados pardos, sendo a maioria dos atendimentos realizados em caráter de urgência.

Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). [online]. Acessado em 28 junho 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). [online]. Acessado em 25 julho 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. DOS SANTOS, Carolina Araújo et al. Perfil nutricional e fatores associados à desnutrição e ao óbito em pacientes com indicação de terapia nutricional. Braspen J, v. 32, n. 1, p. 30-5, 2017. SILVA, Juliana Lourenço et al. Fatores associados à desnutrição em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 18, p. 443-451, 2015., DUARTE, Idénia Maria Rodrigues Lucas. Desnutrição no idoso. 2017. Dissertação de Mestrado.

Título: SEGUIMENTO AMBULATORIAL DE PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER AO LONGO DE 10 ANOS
Autores: BIANCA DE LIMA RIBEIRO, CAROLINA DE FREITAS SOUZA, MATEUS AUGUSTO MELLO, LARYSSA GONÇALVES MOREIRA, MARIANA YOSHII TRAMONTIN, TÂNIA LONGO MAZZUCO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Palavras Chave: DISGENESIA GONADAL; SÍNDROME DE TURNER; TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL

Trabalho: INTRODUÇÃO: A síndrome de Turner é uma condição rara definida pela monossomia do cromossomo X (45, X0), mosaicos ou anomalias estruturais do segundo cromossomo sexual. A doença é comumente associada com baixa estatura, disgenesia gonadal, anomalias cardíacas, auditivas e ósseas, além de fácies típica. OBJETIVOS: Descrever características clínicas de pacientes com Síndrome de Turner em acompanhamento no ambulatório de endocrinologia. MÉTODOS: Estudo descritivo, observacional, retrospectivo, realizado a partir da coleta de dados de prontuários de pacientes com síndrome de Turner em atendimento no ambulatório de endocrinologia de um Hospital Universitário, de 2013 a 2023. RESULTADOS: Foram levantados 22 prontuários, dos quais 18 possuíam todos os dados disponíveis. A média de idade foi 38 anos, sendo que 61% foram diagnosticadas até os 12 anos. Quanto ao cariótipo, 9 pacientes (50%) expressavam o padrão 45, X0, além de 5 variações de mosaico e 3 com isocromossomo X (46, Xi[Xq]). A altura média foi 1,47m (variando de 1,34 a 1,75), sendo que 7 utilizaram somatotropina durante, em média, 5 anos (1,5 a 9). A terapia de reposição hormonal para indução de puberdade foi necessária em 15 pacientes (83%), que apresentaram baixa massa óssea na vida adulta. Dentre as doenças autoimunes, 72% apresentaram tireoidite de Hashimoto. Em relação às alterações cardíacas, houve um predomínio de insuficiência de mitral (72%), tricúspide (33%) e aumento da espessura de ventrículo esquerdo (33%). Quanto à audição, 66% apresentaram algum grau de hipoacusia. Dentre as alterações metabólicas, foi identificado IMC acima de 25 em 78% e dislipidemia com necessidade de tratamento em 66%. Alterações psiquiátricas foram identificadas em 72%, sendo que todas as pacientes com obesidade grau 2 ou 3 (3) apresentavam ansiedade. CONCLUSÃO: A diversidade cariotípica exibe a complexidade da síndrome. O diagnóstico de baixa massa óssea nas pacientes com amenorreia primária se justifica pela falta de estradiol no momento crucial do desenvolvimento esquelético. Os padrões de anormalidades cardíacas, auditivas e autoimunes seguem a literatura atual. Tanto as alterações psiquiátricas quanto metabólicas, descritas em mais de 70% dos casos, tornam questionável sua relação com a doença ou com o estigma enfrentado pelas pacientes, sendo necessário o manejo biopsicossocial do quadro. Os maiores riscos à saúde justificam a abordagem multiprofissional na condução dos desafios clínicos de pessoas com a doença.

Referências Bibliográficas: 1 - ARAÚJO, C. DE et al. Características clínicas e citogenéticas da síndrome de Turner na região Centro-Oeste do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 32, n. 8, p. 381–385, ago. 2010. 2 - GRAVHOLT, C. H. Epidemiological , Endocrine and Metabolic Features in Turner Syndrome. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, vol 49, nº 1, p.145-156, 1 jan. 2005. 3 - MARTIN-GIACALONE, B. A. et al. Prevalence and descriptive epidemiology of Turner syndrome in the United States, 2000-2017: A report from the National Birth Defects Prevention Network. American Journal of Medical Genetics. Part A, v. 191, n. 5, p. 1339–1349, 1 maio 2023. 4 - GUZMÁN-ARIAS, E. C. et al. Caracterización de una cohorte de pacientes pediátricas con Síndrome de Turner. Andes Pediatrica, v. 94, n. 5, p. 606, 18 out. 2023. 5 - RATTO, M. et al. Alterações cardiovasculares na Síndrome de Turner e correlação cariótipo-fenótipo. Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP, Campinas, SP, n.27, p. 1–1, 30 nov. 2019. 6 - STOCHHOLM, K. et al. Prevalence, incidence, diagnostic delay, and mortality in Turner syndrome. The Journal of clinical endocrinology and metabolism, v. 91, n. 10, p. 3897–902, 2006. ‌7 - LEE, M. C.; CONWAY, G. S. Turner’s syndrome: challenges of late diagnosis. The Lancet Diabetes & Endocrinology, v. 2, n. 4, p. 333–338, abr. 2014. 8 - GRAVHOLT, C. H. et al. Clinical Practice Guidelines for the Care of Girls and Women with Turner Syndrome. European journal of endocrinology, v. 190, n. 6, 15 maio 2024.

Título: PERFIL DE INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS NO BRASIL ENTRE 2020 E 2022
Autores: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA. HOSPITALIZAÇÃO. DIABETES MELLITUS. BRASIL.

Trabalho: Introdução: O diabetes é um problema de saúde pública relevante no Brasil devido à sua alta prevalência e impacto nos índices de morbimortalidade. Mundialmente, afeta cerca de 3% da população, com expectativa de aumento até 2030, especialmente devido ao envelhecimento populacional. O Diabetes Mellitus (DM) abrange distúrbios no metabolismo da glicose, caracterizados pela hiperglicemia e defeitos na ação e/ou secreção de insulina. Divide-se em Tipo 1, Tipo 2, gestacional e tipos específicos. O DM Tipo 1 resulta da destruição autoimune das células beta do pâncreas, enquanto o Tipo 2 envolve resistência à insulina e insuficiência na sua produção. Objetivo: Avaliar o perfil de internações por diabetes mellitus no Brasil entre 2020 e 2022. Métodos: Os dados foram coletados do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS) e analisados retrospectivamente com delineamento descritivo. Foram agrupados por sexo, faixa etária e macrorregiões. A análise estatística utilizou o software BioEstat 5.3 e o teste T pareado para comparar os grupos. Resultados: Entre 2020 e 2022, ocorreram 390.001 internações por diabetes mellitus no Brasil. A região Sudeste registrou o maior número (36,64%; n 142.880), representando também 38,51% dos óbitos (n 6.871) com taxa de mortalidade de 4,82. O custo médio anual foi de R$ 50.176.949,66. Em 2022, houve o maior número de casos (35,20%; n 137.267), comparado a 2020 (31,96%; n 124.646). Internações de urgência representaram 94,42% (n 368.243), enquanto eletivas foram 5,58% (n 206). O sexo masculino foi predominante (52,04%; n 202.968). Adultos entre 60 e 69 anos concentraram 24,41% das internações (n 95.208). Entre as raças/cor, autodeclarados pardos foram 43,77% (n 170.684) e brancos 26,49% (n 103.307). Conclusão: As internações por diabetes mellitus são mais concentradas na região Sudeste, que lidera os números de óbitos e custos com atendimentos. Casos de urgência são majoritários, prevalecendo entre homens de 60 a 69 anos, autodeclarados pardos. Esses dados reforçam a importância de políticas direcionadas ao combate da doença.

Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). [online]. Acessado em 28 junho 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). [online]. Acessado em 25 julho 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. MUZY, Jéssica et al. Prevalência de diabetes mellitus e suas complicações e caracterização das lacunas na atenção à saúde a partir da triangulação de pesquisas. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, p. e00076120, 2021. MARQUES, Marilia Braga et al. Intervenção educativa para a promoção do autocuidado de idosos com diabetes mellitus. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, 2019. MACEDO, Joyce Lopes et al. Perfil epidemiológico do diabetes mellitus na região nordeste do Brasil. Research, Society and Development, v. 8, n. 3, p. 25, 2019. PETERMANN, Xavéle Braatz et al. Epidemiologia e cuidado à Diabetes Mellitus praticado na Atenção Primária à Saúde: uma revisão narrativa. Saúde (Santa Maria), p. 49-56, 2015.

Título: LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE ACROMEGALIA ATENDIDOS NO PERÍODO DE 2014 ATÉ 2024
Autores: BIANCA DE LIMA RIBEIRO, VITÓRIA EDUARDA ROMERO, OTÁVIO DE SOUZA ARCANJO, MARJORIE MITH KANEHISSA, MARIANA YOSHII TRAMONTIN, TÂNIA LONGO MAZZUCO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Palavras Chave: ACROMEGALIA; ADENOMA HIPOFISÁRIO SECRETOR DE GH; EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA

Trabalho: Introdução: A acromegalia é uma doença rara com prevalência estimada em 1:100.000 habitantes. A produção do GH pelo adenoma hipofisário e o consequente excesso de IGF-1 causam sintomas como crescimento de extremidades e parte moles, cefaleia, artralgias e hipertensão. O diagnóstico precoce pode prevenir o surgimento das complicações cardiovasculares, respiratórias e neoplásicas, responsáveis pela morbi-mortalidade. Objetivo: detalhar a prevalência, características epidemiológicas e clínicas de pacientes portadores de acromegalia atendidos em um Hospital Universitário. Métodos: estudo observacional e transversal realizado através da análise de prontuários com coleta de dados epidemiológicos e clínicos no período de 2014 a 2024. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Resultados: A região estudada é constituída por 2.330.000 habitantes, foram incluídos 50 portadores de acromegalia - prevalência estimada 2,14:100.000. Do total, 74% do sexo feminino e idade média de 49 anos. Cerca de 72% moradores da mesma Regional de Saúde. Os pacientes foram separados em dois grupos: acromegalia clínica (84%) e subclínica (16%) - ambos possuem imuno-histoquímica positiva para GH, a diferença se baseia na apresentação de sintomas e sinais clínicos. A prevalência do macroadenoma (diâmetro ≥1 cm) de hipófise foi de 80%, dos quais 20% apresentavam doença subclínica. Nenhum dos pacientes com microadenoma (diâmetro <1cm) apresentavam acromegalia subclínica. O tempo médio de seguimento desde o diagnóstico foi de 12,6 anos. O tamanho do tumor no momento do diagnóstico variou de 0,2 cm a 5,7 cm. Em relação a medicação em uso, 34% recebe lanreotida, 24% octreotida e 16% cabergolina. Conclusão: Assim como na literatura, a prevalência de acromegalia foi maior no sexo feminino. Macroadenomas representam 80% dos casos de acromegalia no nosso estudo, dado compatível com a epidemiologia nacional, provavelmente relacionado ao fato de que macroadenomas apresentam clínica mais exuberante com sintomas de compressão. Acromegalia é uma doença rara mas apresentou prevalência relativamente alta neste estudo que envolve pacientes atendidos exclusivamente pelo SUS. Por fim, alguns desses dados clínicos foram utilizados em estudos multicêntricos, ajudando a entender melhor a doença e fundamentando protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas na saúde pública brasileira.

Referências Bibliográficas: Giustina A, Biermasz N, Casanueva FF, Fleseriu M, Mortini P, Strasburger C, et al. Consensus on criteria for acromegaly diagnosis and remission. Pituitary. 2024;27(1):7–22. Wildemberg LE, Da Silva Camacho AH, Miranda RL, Elias PCL, De Castro Musolino NR, Nazato D, et al. Machine Learning-based Prediction Model for Treatment of Acromegaly with First-generation Somatostatin Receptor Ligands. The Journal of clinical endocrinology and metabolism. 2021 Jul 1;106(7):2047–56. SOARES, Luana Felcar; OUTUKI, Giovana; MIKSZA, Daniele Romani; CRESPIGIO, Jefferson; DA SILVA MATTOS, Alexandro Márcio; MAZZUCO, Tânia Longo. Registro epidemiológico e avaliação clínico-laboratorial dos pacientes acromegálicos atendidos em um centro de referência regional. Biosaúde, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 12–25, 2018. Burman P, Trouillas J, Losa M, McCormack A, Petersenn S, Popovic V, et al. Aggressive pituitary tumours and carcinomas, characteristics and management of 171 patients. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 2022 Oct 1;187(4):593–605. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e Diretrizes terapêuticas da Acromegalia. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Título: MORTALIDADE POR HIPETENSÃO GESTACIONAL COM PROTEINÚRIA (PRÉ-ECLÂMPSIA) NO BRASIL DE 2011 E 2020
Autores: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: MORTALIDADE. PRÉ-ECLÂMPSIA. BRASIL.

Trabalho: Introdução: As síndromes hipertensivas gestacionais são fatores determinantes para classificar gestantes em pré-natal de alto risco, devido às complicações significativas ao feto e à saúde materna. A pré-eclâmpsia, de etiologia desconhecida, surge após a 20ª semana de gestação e está associada a hipertensão e proteinúria. Essa condição acomete 2 a 8% das gestações e responde por 10 a 15% das mortes maternas diretas, especialmente em suas formas graves, como eclampsia e síndrome de HELLP. Objetivo: Analisar o perfil de mortalidade por hipertensão gestacional com proteinúria (pré-eclâmpsia) no Brasil entre 2011 e 2020. Métodos: Dados foram coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e analisados retrospectivamente com caráter descritivo. A análise estatística foi realizada pelo software BioEstat 5.3, utilizando o teste Friedman para comparar os grupos. Os dados foram agrupados por faixa etária e escolaridade. Resultados: Entre 2011 e 2020, registraram-se 1.198 óbitos por pré-eclâmpsia no Brasil. As regiões Sudeste (421 óbitos; 35,14%) e Nordeste (420 óbitos; 35,06%) concentraram a maior parte dos casos, enquanto as regiões Sul (9,27%) e Norte (9,85%) apresentaram os menores números. Não houve aumento significativo dos óbitos no período (p 0,6038). A faixa etária mais afetada foi de 30 a 39 anos (44,10%), seguida por 20 a 29 anos (39,07%). Em relação à escolaridade, 40,65% dos casos ocorreram em mulheres com 8 a 11 anos de estudo, enquanto 20,70% tinham entre 4 e 7 anos. Quanto à cor/raça, 52,17% das óbitos foram entre mulheres pardas, 30,30% entre brancas, e outras categorias apresentaram menor incidência. Conclusão: Os óbitos por hipertensão gestacional com proteinúria (pré-eclâmpsia) concentram-se nas regiões Sudeste e Nordeste, em mulheres de 30 a 39 anos, pardas, com escolaridade de 8 a 11 anos. A pesquisa reforça a importância de políticas de saúde voltadas para prevenção e cuidados nas populações mais vulneráveis.

Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Informações sobre mortalidade e informações demográficas. [online]. Acessado em 15 maio 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Informações sobre mortalidade e informações demográficas. [online]. Acessado em 15 maio 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. MIRANDA, Freddy Franklin Sposito et al. Pré–eclâmpsia e mortalidade materna. Cadernos da Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 1, 2019. dos Santos Saraiva, J., Cardozo, A. S., Tavares, N. V., Canuto, R. C. F., Sousa, R. M. D. O. F., dos Santos, R. D. L. M., ... & da Silva, A. M. S. (2022). Relação da mortalidade relacionada aos distúrbios hipertensivos gestacionais, com ênfase na pré-eclâmpsia: uma revisão de literatura. Research, Society and Development, 11(17), e115111738883-e115111738883. Tavares, A. M. B., Moroskoski, M., Cioffi, J. K. R., & de Oliveira, R. R. (2023). Distribution and spatial autocorrelation of maternal mortality from preeclampsia and eclampsia in Brazil/Distribuição e autocorrelação espacial da mortalidade materna por pré-eclâmpsia e eclâmpsia no Brasil. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 15. Mesquita, C. S., de Souza, A. B. P., Lage, B. M., Martins, D. A., Murta, L. D. S. M., Murta, I. D. S. M., ... & Borém, L. V. B. (2022). Pré-eclâmpsia e mortalidade materna: relação entre fatores de risco, diagnóstico precoce e prevenção. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 15(7), e10533-e10533.

Título: PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA EM PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO
Autores: PAULO HENRIQUE GONZALES, ISABELLE MORAIS DALLASTA, KAROLINE KUCZYINSKI, LUIZA MICHALSKI HENTZ
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Palavras Chave: HIPOCALEMIA, HIPERTIREOIDISMO, PARAPARESIA

Trabalho: Paralisia Periódica Hipocalêmica Tireotóxica (PPHT) em Paciente com Doença de Graves (DG): relato de caso Descrição: Anamnese: JBS, masculino, 35 anos, previamente hígido, diagnóstico de DG há 1 ano, uso irregular de metimazol com exacerbação recente do quadro clínico (perda ponderal, fadiga, irritabilidade, palpitações e acentuação de orbitopatia). Exame físico: bom estado geral, orbitopatia ativa (CAS 3), aumento difuso da tireóide, FC 96 bpm, normotenso, tremor fino de extremidades e IMC em sobrepeso. Exames laboratoriais: TSH<0,015 UI/mL, T4L 3,58 ng/mL, T3 total 5,02 ng/mL e TRAb (+). Ecografia de tireoide: glândula aumentada e heterogênea, sem nódulos (53,56 cm³). Ajustada a dose do metimazol (30 mg/dia), iniciado propranolol (80mg/dia). Dois meses depois, apresentou fraqueza progressiva em membros inferiores, evoluindo para paraparesia flácida, episódio precedido por estresse ocupacional e dieta hipercalórica. Suspensão do metimazol e propranolol 15 dias antes deste episódio. Admitido em pronto atendimento: avaliação neurológica exibia paraparesia flácida sem registro de dano anatômico no SNC. Exames: potássio 2,5 mmol/L, TSH <0,015 UI/mL, T4L 5,47 ng/dL, creatinina, magnésio, cálcio, vitamina B12 e gasometria normais. Excluidas outras causas de hipocalemia (perdas do trato gastrintestinal, uso de diuréticos, etc). Recebeu reposição endovenosa e oral de potássio, com recuperação progressiva. Após 24h, apresentou calemia de 3,9 mmol/L e melhora completa, recebendo diagnóstico de PPHT. Seguimento ambulatorial: clinicamente estável, T4L 1,40 ng/dL, potássio 4,7 mmol/L. Discussão: PPHT é complicação rara da tireotoxicose, caracterizada por fraqueza muscular associada à hipocalemia. Envolve hiperatividade da Na+/K+-ATPase, promovendo influxo intracelular de potássio. Fatores precipitantes: dieta hipercalórica, estresse e suspensão de betabloqueadores. Resposta rápida à reposição de potássio e controle do hipertireoidismo reforçam o diagnóstico. Adesão ao tratamento é essencial para evitar recorrências e complicações, como arritmias e insuficiência ventilatória. Considerações Finais: O reconhecimento precoce da PPHT é essencial para evitar complicações graves. Adesão ao tratamento da DG e o uso de betabloqueadores são fundamentais na prevenção. A conscientização sobre esta condição entre clínicos e emergencistas pode melhorar o prognóstico.

Referências Bibliográficas: Referências Bibliográficas: 1. McFarlane SI. Graves’ disease and periodic paralysis: case report and literature review. J Natl Med Assoc. 2001. 2. Kung AW. Thyrotoxic periodic paralysis: a diagnostic challenge. J Clin Endocrinol Metab. 2006. 3. Meseeha M, Kolade VO, Attia M. Thyrotoxic Periodic Paralysis: A Review of Literature. Cureus. 2018.

Título: MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS GESTACIONAL NO BRASIL
Autores: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: MORTALIDADE. DIABETES GESTACIONAL. BRASIL.

Trabalho: INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é um distúrbio caracterizado pela intolerância a carboidratos diagnosticada durante a gravidez, com prevalência global entre 1% e 14% e uma média brasileira de 7%. Associado a complicações fetais, neonatais e a possíveis impactos a longo prazo, o DMG apresenta taxas de complicações perinatais significativamente maiores em comparação à população geral. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de mortalidade por diabetes mellitus gestacional no Brasil entre 2011 e 2020. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo realizado com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), disponíveis no Tabnet/DATASUS. A coleta foi realizada em maio de 2023, com agrupamento por faixa etária e escolaridade. A análise estatística foi conduzida pelo software BioEstat 5.3, utilizando o teste Friedman para comparação. RESULTADOS: CONCLUSÃO: A mortalidade por diabetes mellitus gestacional no Brasil concentrou-se na região Sudeste, entre mulheres pardas, na faixa etária de 30 a 39 anos, e com escolaridade entre 8 e 11 anos. Não foi observado aumento significativo nas taxas de óbitos entre 2011 e 2020.

Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Informações sobre mortalidade e informações demográficas. [online]. Acessado em 15 maio 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Informações sobre mortalidade e informações demográficas. [online]. Acessado em 15 maio 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. Brutti, B., Flores, J., Hermes, J., Martelli, G., da Silva Porto, D., & Anversa, E. T. R. (2019). Diabete Mellitus: definição, diagnóstico, tratamento e mortalidade no Brasil, Rio Grande do Sul e Santa Maria, no período de 2010 a 2014. Brazilian Journal of Health Review, 2(4), 3174-3182. Perivolaris, E. C., da Silva Cavalcante, S. K., da Silva, M. N. C., Teixeira, J. P. S., Silva, V. F., & Dinelly, É. M. P. (2021). Complicações na gravidez e diabetes mellitus na gestação: dados de morbidade e mortalidade no Brasil. Research, Society and Development, 10(11), e142101119335-e142101119335. Amaral, A. C. S., de Andrade, B. P., de Faria Dias, P. F., Fortuna, R. N. I., de Almeida Junior, R. M., Tavares, R. M., ... & Capuruço, C. B. (2012). Complicações neonatais do diabetes mellitus gestacional–DMG. Rev Med Minas Gerais, 22(Supl 5), S40-S42. GRANDI, Carlos; TAPIA, Jose L.; CARDOSO, Viviane C. Impacto da diabetes mellitus maternal sobre a mortalidade e morbidade de crianças com muito baixo peso ao nascer: um estudo em diversos centros da América Latina. Jornal de Pediatria, v. 91, p. 234-241, 2015.

Título: AS ARMADILHAS NO DIAGNÓSTICO DA T3 TIREOTOXICOSE: UM RELATO DE CASO
Autores: RODRIGO OLIVEIRA VENDRAMIN , VITORIA SOARES OEHLER, ANA CLARA AGUIAR D'ÁVILA, SIMONE YAE ABE, GISAH AMARAL DE CARVALHO, CLEO OTAVIANO MESA JUNIOR, FABÍOLA YUKIKO MIASAKI
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Palavras Chave: "DOENÇA DE GRAVES" ; "T3 TIREOTOXICOSE" ; "HIPERTIREOIDISMO"

Trabalho: Relato de caso e discussão: A.P.S., sexo feminino, 68 anos, com histórico de hipertireoidismo por doença de Graves (TRAb positivo: 9,03) associado a bócio volumoso multinodular (92 cm³), diagnosticado em 2021 após perda ponderal de 12 kg, disfagia progressiva e sintomas compressivos cervicais. Iniciou tapazol (TPZ) em doses crescentes (10 a 50 mg/dia), com consequente redução do T4 livre e melhora parcial dos sintomas, mas com persistente elevação do T3 total (>600 ng/dL). Visto a melhora clínica do hipertireoidismo, levantou-se a hipótese de interferência laboratorial. Foram repetidos os exames por ensaios diferentes (Abbot - anticorpo de ovelha e Beckman - anticorpo de rato), mas houve persistência do padrão laboratorial, o que excluiu a possibilidade de interferentes como anticorpos heterófilos, restando a possibilidade de presença de anticorpo anti-T3 e de uma T3 Toxicose. Contudo, paralelamente, observou-se crescimento progressivo do bócio, com piora da disfagia e dispneia, sendo necessária a realização de tireoidectomia total em maio/2023. No pós-operatório, houve normalização dos exames com a reposição de levotiroxina 88 mcg/dia, descartando a presença de anticorpos anti-T3 como interferente laboratorial. Embora raramente vista no nosso meio, a elevação isolada de T3 total tem sido descrita na doença de Graves. Acredita-se que a expressão de desiodases tipo 1 esteja aumentada nesses casos, elevando a conversão periférica de T4 para T31,2. No caso descrito, a dissonância dos achados clínicos e laboratoriais fez-nos investigar uma eventual presença de interferentes nos ensaios laboratoriais dos hormônios tireoidianas , como anticorpos heterófilos ou alteração em proteínas ligadoras (TBG)3. Entretanto, como descrito acima, o uso de metodologias diferentes praticamente exclui a presença de anticorpos heterófilos. A presença simultânea de T4 total normal baixo excluiu influência de alterações na TBG. E, finalmente, a necessidade de cirurgia e o subsequente desaparecimento da desproporção T3/T4 no pós-operatório confirmaram a presença de tireotoxicose por T3. Considerações Finais: A tireotoxicose por T3 - forma incomum da doença de Graves - é um desafio diagnóstico e no manejo da doença de Graves que deve ser considerada mesmo na presença de grandes discordâncias na relação T3/T4.

Referências Bibliográficas: Referências 1. MARSILI, A.; ZAVACKI, A. M.; HARNEY, J. W.; LARSEN, P. R. Physiological role and regulation of iodothyronine deiodinases: a 2011 update. Journal of endocrinological investigation, v. 34, n. 5, p. 395–407, 2011. Disponível em: . 2. H KRAWCZYNSKA; E MALUNOWICZ; A WASILEWSKA. Excessive extrathyroidal conversion of T4 to T3 in a girl with T3-toxicosis in the course of Graves’ disease. Pediatric Research, v. 12, n. 2, p. 163–163, 1978. Springer Nature. Disponível em: . 3. RAMOS, H. E.; ALBERTI, G. C.; HAUCK, P. R.; GRAF, H.; AMARAL, G. Interferência de anticorpos em testes de função tireoideana: relato de caso. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 45, n. 2, p. 199–201, 2001. Editora da Universidade de São Paulo. Disponível em: .

Título: MORTALIDADE POR ECLAMPSIA NO BRASIL
Autores: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: MORTALIDADE. ECLAMPSIA. BRASIL.

Trabalho: INTRODUÇÃO: A doença hipertensiva específica da gravidez é a principal condição que surge ou se agrava durante o período gestacional, apresentando-se como hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, eclampsia, entre outras formas. No Brasil, é a principal causa de mortalidade materna, associada a altos índices de morbimortalidade. A mortalidade materna, evitável em mais de 90% dos casos, é considerada um problema de saúde pública e excelente indicador da saúde da mulher e da população geral. A pré-eclâmpsia pode evoluir para eclampsia, condição grave com convulsões tônico-clônicas e até coma, cuja fisiopatologia ainda não é completamente elucidada. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de mortalidade por eclampsia no Brasil entre os anos de 2011 e 2020. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal e quantitativo, com dados coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), disponíveis no Tabnet/DATASUS, em maio de 2023. Os óbitos foram agrupados por faixa etária e escolaridade, e analisados estatisticamente pelo software BioEstat 5.3, utilizando o teste Friedman. RESULTADOS: CONCLUSÃO: As pacientes que evoluíram a óbito por eclampsia no Brasil entre 2011 e 2020 tendem a ser da região Nordeste, na faixa etária entre 30 e 39 anos, de cor parda e com escolaridade de 8 a 11 anos.

Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Informações sobre mortalidade e informações demográficas. [online]. Acessado em 15 maio 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Informações sobre mortalidade e informações demográficas. [online]. Acessado em 15 maio 2023. Disponível em URL: chttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. Novo, J. L. V. G., & Gianini, R. J. (2010). Mortalidade materna por eclâmpsia. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 10, 209-217. Soares, V. M. N., Souza, K. V. D., Freygang, T. C., Correa, V., & Saito, M. R. (2009). Mortalidade materna por pré-eclâmpsia/eclâmpsia em um estado do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 31, 566-573. Dias, J. M. G., Oliveira, A. P. S. D., Cipolotti, R., Monteiro, B. K. S. M., & Pereira, R. D. O. (2015). Mortalidade materna. Rev Med Minas Gerais, 25(2), 173-179. KREBS, Vanine Arieta; DA SILVA, Marcela Rosa; BELLOTTO, Paula Cristina Barth. Síndrome de HELLP e mortalidade materna: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 2, p. 6297-6311, 2021. de Lucena Menezes, J. P., de Queiroz Fontes, G., Baldin, L., de Oliveira, V. G. M., Fontes, L. R. G., de Faria, G. O. A., & Dias, J. M. G. (2021). Perfil epidemiológico da mortalidade materna por eclâmpsia entre 2009 e 2019 no Brasil Epidemiological profile of maternal mortality from eclampsia between 2009 and 2019 in Brazil. Brazilian Journal of Health Review, 4(6), 25137-25149.

Título: HIPERTIROXINEMIA DISALBUMINÊMICA FAMILIAR: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NO T4 ELEVADO
Autores: INAÊ ANDREIS WITKOSKI SULEIMAN, ISABELLE NATALIA RODRIGUES, FABÍOLA YUKIKO MIASAKI, GABRIELE PALÚ, MARIA IZABEL CHIAMOLERA, ANA CLARA AGUIAR D'ÁVILLA, CLEO OTAVIANO MESA JÚNIOR
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UFPR
Palavras Chave: HIPERTIROXINEMIA DISALBUMINÊMICA FAMILIAR; HIPERTIROXINEMIA EUTIREOIDIANA; ELEVAÇÃO ISOLADA DE T4.

Trabalho: A.S.N., 14 anos, masculino, apresentou alteração laboratorial da função tireoidiana em 2023, sem queixas ou sinais clínicos associados. O paciente foi referido com um diagnóstico de hipertireoidismo desde a primeira infância e estava em uso de Tapazol (20mg/dia) há quase 1 ano . O paciente apresentava os seguintes exames laboratoriais : T4 livre = 1,89 (VR 0,6-1,03), T3 = 1,52 (VR 0,8-2,3) e TSH = 2,68 (VR 0,51-4,3), com ANTI-TPO e TRAB não reagentes, RM de hipófise e USG de tireoide sem alterações - sendo então suspenso o Tapazol. Já com a suspeita de Hipertiroxinemia Disalbuminêmica Familiar (FDH) (OMIM #615999), foram solicitados exames laboratoriais do pai e do irmão de A.S.N. Os três apresentavam T4 total e T4 livre acima do limite superior de normalidade, associados a níveis normais de TSH e T3. Todos foram submetidos ao sequenciamento genético, que identificou uma mutação em região “hotspot”, característica da condição: ALB, c.725G>A, p.Arg242His A FDH é a principal causa de hipertiroxinemia em pacientes eutireoideanos, com uma prevalência estimada de 1 em 10.000 indivíduos caucasianos.¹ Os portadores apresentam uma albumina (ALB) variante, de herança autossômica dominante, que possui maior afinidade pela tiroxina (T4). Essa alteração leva a valores elevados de T4 total, em pacientes clinicamente eutireoideos, com níveis de TSH e T3 livre normais. Os níveis de T4 livre podem se apresentar falsamente elevados em testes de imunoensaio.² Esses pacientes são frequentemente diagnosticados com hipertireoidismo e erroneamente tratados, conforme o relato. A elevação isolada de T4, na ausência de manifestações clínicas, deve levantar a possibilidade de FDH e outros diagnósticos diferenciais incluem os adenomas hipofisários secretores de TSH e a resistência aos hormônios tireoidianos.³ Através de métodos como a diálise de equilíbrio e a ultrafiltração, os níveis de T4L se mostram inalterados na FDH. A evidência de um padrão familiar nos testes de função tireoidiana e o sequenciamento da ALB e complementam o diagnóstico.² A FDH é uma condição benigna, que não necessita de tratamento, contudo, é frequentemente diagnosticada e tratada erroneamente. O reconhecimento dessa condição e a sua suspeita como diagnóstico diferencial são importantes na ocorrência de elevação isolada de T4 para evitar a exposição dos pacientes a tratamentos indevidos e potenciais efeitos adversos.

Referências Bibliográficas: 1. KRAGH-HANSEN, U.; GALLIANO, M.; MINCHIOTTI, L. Clinical, genetic, and protein structural aspects of familial dysalbuminemic hyperthyroxinemia and hypertriiodothyroninemia. Frontiers in endocrinology, v. 8, p. 297, 2017. DOI: 10.3389/fendo.2017.00297 2. TING, M. J. M. et al. Familial dysalbuminemic hyperthyroxinemia as a cause for discordant thyroid function tests. Journal of the Endocrine Society, v. 5, n. 4, p. 1-6, 2021. DOI: 10.1210/jendso/bvab012 3. NAYAK, B.; HODAK, S. P. Hyperthyroidism. Endocrinology and metabolism clinics of North America, v. 36, n. 3, p. 617-656, v, 2007. DOI: 10.1016/j.ecl.2007.06.002

Título: LIPODISTROFIA PARCIAL E RESISTÊNCIA GRAVE À INSULINA: UM RELATO DE CASO
Autores: PEDRO HENRIQUE SIEDSCHLAG SCHMIDT, JULIANA BARAM DOS SANTOS ARAÚJO, AMANDA LYRIO DE DEUS, ANA CECILIA DE SOUSA PRADO, ALEXANDRE HOHL, SIMONE VAN DE SANDE-LEE, MARCELO FERNANDO RONSONI
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HU-UFSC
Palavras Chave: #LIPODISTROFIA #DIABETES MELLITUS #OBESIDADE #RESISTÊNCIA INSULÍNICA

Trabalho: Descrição e discussão do caso: Mulher, 52 anos, encaminhada ao Serviço de Endocrinologia e Metabologia por diabetes mellitus (DM) descompensado, obesidade, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia há 7 anos. Iniciou uso de insulina há 1 ano. Negava dor epigástrica ou pancreatite aguda. Pais não consanguíneos, mãe com obesidade, sem outras anormalidades metabólicas familiares. Ao exame físico: IMC 48kg/m², CA 133 cm, PAS 132 mmHg, padrão de distribuição de gordura centrípeta, acúmulo de gordura troncular, giba leve e preenchimento de fossas claviculares; acantose nigricans cervical e axilar; redução da gordura em membros inferiores, sinal do “duplo queixo” e aspecto acromegaloide nos MsSs. Exames laboratoriais: glicemia de jejum 262mg/dL, hemoglobina glicada 10,5% (hemoglobina 13,7g/dL), colesterol total 198mg/dL, HDL-c 59mg/dL, LDL-c 115mg/dL, triglicerídeos 147mg/dL, TFGe (CKD-EPI) 67mL/min/1.73m². Teste de supressão 1 mg dexametasona < 1,8 mg/dL. ECG e Ecocardio transtorácico: sem alterações; RX tórax: aumento da área cardíaca; US abdome superior: esteatose hepática acentuada. Orientado tratamento com insulina basal-bolus (0,8unidades/kg/dia), metformina 1700mg , sinvastatina 40mg, losartana 100mg/dia. Absorciometria de raios-X de dupla energia (DEXA): gordura corporal 48,32kg (48,7%), fat mass ratio (FMR) 1,24, fat mass index (FMI) 21,76 e massa muscular apendicular 9,6kg/m². Realizado painel genético: identificado mutação em heterozigose no gene AKT2 (chr19:40.235.885, variação C > T, consequência c.1175+5G>A ENST00000392038). Mutação pouco comum, transmitida de forma autossômica dominante segundo a literatura médica, é uma síndrome de resistência grave à insulina e lipodistrofia parcial em humanos. O AKT2 desempenha um papel crítico na regulação do metabolismo lipídico e na manutenção do tecido adiposo. A LPF é caracterizada pela distribuição anormal do tecido adiposo, resultando na perda de gordura subcutânea em certas áreas do corpo aumentando as complicações metabólicas significativas devido a distúrbios no armazenamento de gordura e na homeostase energética, incluindo resistência à insulina e DM. Considerações Finais: A LPF deve ser considerada em casos de resistências à insulina intensa e com distribuição atípica de gordura corporal. O diagnóstico precoce e o manejo adequado das complicações metabólicas são essenciais para reduzir o risco cardiovascular, renal e metabólico, e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos.

Referências Bibliográficas: 1. Fernández-Pombo, A., Sánchez-Iglesias, S., Cobelo-Gómez, S., Hermida-Ameijeiras, Á., & Araújo-Vilar, D. (2021). Familial partial lipodystrophy syndromes. Presse medicale (Paris, France : 1983), 50(3), 104071. 2. Analysis of Genetic Variation in Akt2/PKB-beta in Severe Insulin Resistance, Lipodystrophy, Type 2 Diabetes, and Related Metabolic Phenotypes. Tan K, Kimber WA, Luan J, et al. Diabetes. 2007;56(3):714-9. 3. Lack of AKT in Adipocytes Causes Severe Lipodystrophy. Shearin AL, Monks BR, Seale P, Birnbaum MJ. Molecular Metabolism. 2016;5(7):472-479.

Título: SÍNDROME DE CANTU COM PAN-HIPOPITUITARISMO: UM RELATO DE CASO
Autores: PEDRO HENRIQUE SIEDSCHLAG SCHMIDT, JOÃO VICTOR RAMOS DA CRUZ, LEONARDO ANDRIGHETTI, LIS SODRÉ NONATO DE SOUZA, LETÍCIA DALLAGNOL, GABRIELA SCHÖNHOFEN SANTOS, GUILHERME ASMAR ALENCAR
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HU-UFSC
Palavras Chave: #SÍNDROME DE CANTU #PAN-HIPOPITUARISMO

Trabalho: Descrição e Discussão do Caso: A Síndrome de Cantu é uma condição genética rara caracterizada por hipertricose congênita, cardiomegalia e diversas anomalias esqueléticas. Apresentamos o caso de uma paciente do sexo feminino, 21 anos, encaminhada para o HU-UFSC devido à suspeita de Síndrome de Cantu. Diagnóstico presuntivo foi sugerido na infância após exclusão de mucopolissacaridose. Apresenta amenorreia primária e persistência do canal arterial corrigida. Em primeira consulta no HU-UFSC, foi diagnosticada pan-hipopituitarismo, com acometimento dos eixos corticotrófico, gonadotrófico, somatotrófico e tireotrófico, sem alterações estruturais na ressonância magnética de hipófise e hipotálamo. Essa condição tem sido relatada na literatura como associada à Síndrome de Cantu. Além disso, a paciente apresenta déficit cognitivo leve com dificuldades de aprendizado. Ao exame físico, evidenciou-se hipertricose generalizada, fácies grosseira (sobrancelhas largas, pálpebras espessas, nariz com raiz e ponta alargadas e lábios grossos), estatura em escore Z de -2,1 e hipermobilidade articular. Apresenta também episódios recorrentes de edema em membros inferiores e ascite desde a infância, sendo iniciado tratamento com furosemida. O ecocardiograma transtorácico revelou hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo com fração de ejeção preservada, achado compatível com a síndrome. Ao realizar avaliação da idade óssea, aos 18 anos e 11 meses de idade, apresentava idade óssea de 16 anos, e exames radiológicos da coluna tóraco-lombar evidenciaram escoliose, alterações que podem estar relacionadas à síndrome. Até o momento, não foi possível a realização do teste genético confirmatório, mas, em discussão com geneticista, manteve-se o diagnóstico presuntivo de Síndrome de Cantu, que envolve os genes ABCC9 e/ou KCNJ8. A Síndrome de Cantu é uma doença rara, e a presença de hipertricose, anomalias esqueléticas e cardiomegalia deve levantar suspeita clínica. O pan-hipopituitarismo tem sido descrito em alguns casos. O manejo clínico inclui aconselhamento genético e monitoramento das manifestações cardíacas, esqueléticas e neurológicas. Comentários finais: O reconhecimento precoce da Síndrome de Cantu é fundamental para o manejo adequado de suas manifestações sistêmicas. O diagnóstico clínico, com a avaliação genética quando disponível, orienta o acompanhamento multidisciplinar, essencial para otimizar o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.

Referências Bibliográficas: 1. Theis, N. J., Calvert, T., McIntyre, P., Robertson, S. P., & Wheeler, B. J. (2019). Cantu syndrome and hypopituitarism: implications for endocrine monitoring. Endocrinology, diabetes & metabolism case reports, 2019, 19-0103. Advance online publication. 2. Grange, D. K., Nichols, C. G., & Singh, G. K. (2014). Cantú Syndrome. In M. P. Adam (Eds.) et. al., GeneReviews®. University of Washington, Seattle. 3. Tran, T. N. A., Phan, H. N., Vu, H. A., & Nguyen, H. T. (2022). Diverse clinical manifestations of Cantú syndrome: The first case series in Vietnam. American journal of medical genetics. Part A, 188(1), 377–381.

Título: DOENÇA ADRENOCORTICAL NODULAR PIGMENTADA ASSOCIADA AO COMPLEXO DE CARNEY: UM RELATO DE CASO
Autores: PEDRO HENRIQUE SIEDSCHLAG SCHMIDT, JOÃO VICTOR RAMOS DA CRUZ, LIS SODRÉ NONATO DE SOUZA, LEONARDO ANDRIGHETTI, LETÍCIA DALLAGNOL, GABRIELA SCHÖNHOFEN SANTOS, GUILHERME ASMAR ALENCAR
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HU-UFSC
Palavras Chave: #PPNAD #COMPLEXO DE CARNEY

Trabalho: Descrição: Paciente F.C., 16 anos, apresentou ganho de peso, edema, hematomas, estrias, acne, queda de cabelo, astenia e cefaleia. Aos 17, desenvolveu irregularidade menstrual e edemas cíclicos, sendo investigada para Síndrome de Cushing. Exames mostraram adenoma hipofisário, com ACTH suprimido e ausência de resposta ao teste de supressão com dexametasona, sugerindo produção autônoma de cortisol. Encaminhada a um centro de referência aos 22 anos, recebeu diagnóstico de Doença Adrenocortical Nodular Pigmentada (PPNAD) com base em hipercortisolemia ACTH-independente persistente, achados histopatológicos de múltiplos nódulos pigmentados no córtex adrenal esquerdo e imunohistoquímica positiva para pigmento melânico. Também apresentou múltiplos nódulos mamários, compatíveis com Complexo de Carney (CC), sendo submetida à adrenalectomia esquerda. Posteriormente, fez uso intermitente de corticoides, mas suspendeu a medicação por conta própria, evoluindo com insuficiência adrenal grave aos 24 anos, necessitando internação. Aos 26 anos, apresentou persistência da hipercortisolemia por secreção autônoma da adrenal contralateral, sendo submetida à adrenalectomia direita. O exame histoquímico confirmou a associação entre PPNAD e CC. Além das manifestações endócrinas, exames de imagem mostraram múltiplos nódulos mamários, nódulo tireoidiano, cisto simples em ovário direito e nódulo miometrial na parede fúndica, achados compatíveis com os tumores frequentemente associados ao CC. Paciente iniciou tratamento com reposição de corticoide e segue em acompanhamento, sem novas intercorrências até o momento. Discussão do caso: A PPNAD é uma hiperplasia adrenocortical rara caracterizada por nódulos pigmentados no córtex adrenal, levando à produção autônoma de cortisol, sendo uma das causas de Síndrome de Cushing ACTH-independente. Pode se associar a mixomas, hiperpigmentação cutânea e outros tumores endócrinos, como no Complexo de Carney. Essa síndrome neoplásica familiar múltipla envolve os genes PRKAR1A e PDE11A, afetando a sinalização do AMPc. O tratamento padrão é a adrenalectomia bilateral para evitar complicações da hipercortisolemia crônica. Considerações finais: O caso reforça a importância do diagnóstico precoce da PPNAD em jovens com manifestações endócrinas atípicas. Testes hormonais auxiliam na diferenciação da Síndrome de Cushing ACTH-independente, e a análise genética pode orientar o seguimento. Requer acompanhamento e reposição hormonal para evitar complicações.

Referências Bibliográficas: 1. Bouys, L., Violon, F., Louiset, E., Sibony, M., Lefebvre, H., & Bertherat, J. (2024). Bilateral Adrenocortical Nodular Disease and Cushing's Syndrome. The Journal of clinical endocrinology and metabolism, 109(10), 2422–2432.

Título: MORBIDADE HOSPITALAR POR OBESIDADE EM SANTA CATARINA: ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES POR FAIXA ETÁRIA E MACRORREGIÃO (2020-2024)
Autores: LÍRIS BESEN WOLNIEWICZ
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UFSC
Palavras Chave: OBESIDADE, MORBIDADE, INTERNAÇÃO HOSPITALAR

Trabalho: Introdução: A obesidade é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil, sendo um grande desafio de saúde pública. O Atlas Mundial da Obesidade 2025 indica que um em cada três brasileiros sofre de obesidade, causada por fatores como sedentarismo, alimentação inadequada e desigualdade socioeconômica. Objetivos: Este estudo teve como analisar a morbidade hospitalar por obesidade em Santa Catarina entre 2020 e 2024, a fim de identificar padrões regionais e avaliar as disparidades no acesso a tratamentos, com o objetivo de subsidiar políticas públicas de prevenção e controle. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo e transversal utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do DATASUS, entre 2020 e 2024. A análise focou nas internações por obesidade (CID-10: E66) e na taxa de internação (por 1000 habitantes), segmentadas por faixas etárias (5 a 80 anos ou mais), nas macrorregiões de Santa Catarina. Resultados: A macrorregião Vale do Itajaí teve o maior número de internações (738) e a maior taxa (0,6418), destacando-se nas faixas de 30 a 49 anos. A Planalto Norte e Nordeste, com 724 internações e taxa de 0,4757, também apresentou altas taxas nas mesmas faixas etárias. Grande Florianópolis registrou 359 internações (taxa de 0,2575), com distribuição equilibrada entre as faixas etárias. A macrorregião Sul, com 465 internações e taxa de 0,4322, teve maior prevalência nas faixas de 30 a 49 anos. Foz do Rio Itajaí (249 internações, taxa de 0,3003) e Grande Oeste (56 internações, taxa de 0,0639) apresentaram menores concentrações de casos. Meio Oeste e Serra Catarinense, com 93 e 26 internações, tiveram as menores taxas (0,0976). Ao todo, Santa Catarina registrou 2.684 internações, com uma taxa de 0,344. Conclusão: A análise das internações por obesidade revela uma concentração de casos nas faixas etárias de 30 a 49 anos, principalmente nas macrorregiões Vale do Itajaí e Planalto Norte e Nordeste. Embora Grande Florianópolis e Sul apresentem números significativos de internações, suas taxas mais baixas indicam melhor acesso a cuidados de saúde. Por outro lado, as regiões Meio Oeste e Serra Catarinense, com taxas de internação muito baixas, sugerem subnotificação ou dificuldades no acesso à saúde. Esses dados enfatizam a necessidade de políticas públicas focadas na prevenção e tratamento da obesidade, especialmente nas áreas com altas taxas de internação e dificuldades no acesso a cuidados.

Referências Bibliográficas: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO). Mapa da obesidade. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/. Acesso em: 6 abr. 2025. World Obesity Federation. Publications. Disponível em: https://data.worldobesity.org/publications/?cat=23. Acesso em: 6 abr. 2025. Ferreira, A. P. de S., Szwarcwald, C. L., & Damacena, G. N.. (2019). Prevalência e fatores associados da obesidade na população brasileira: estudo com dados aferidos da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista Brasileira De Epidemiologia, 22, e190024. https://doi.org/10.1590/1980-549720190024

Título: DIAGNÓSTICO PRECOCE DE HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA E GENITÁLIA ATÍPICA: IMPORTÂNCIA DO EXAME FÍSICO NEONATAL E DO TESTE DE TRIAGEM NEONATAL
Autores: PEDRO WAGNER DIAS, ALANA GABRIELLE D’ORNELAS, GABRIEL MEDA REZENDE, NÍNEVE CHMYZ, ROSANA MARQUES PEREIRA, GABRIELA DE CARVALHO KRAEMER
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
Palavras Chave: - TRIAGEM NEONATAL - ⁠ANDROGINIZAÇÃO - ⁠HIPERPLASIA SUPRARRENAL CONGÊNITA

Trabalho: RELATO DE CASO: Recém-nascida a termo (39 semanas e 3 dias), PN 3430 g, comprimento 51 cm, Apgar 7 e 9, gestação sem intercorrências. Ultrassonografia morfológica identificou feto masculino, confirmado clinicamente ao nascimento. Aos 9 dias, foi encaminhada ao Serviço de Referência em Triagem Neonatal após alteração na dosagem de 17OH progesterona coletada com 48h. Ao exame: peso de 3080 g, turgor cutâneo diminuído, falo de 2,2 cm, fusão lábio-escrotal, orifício uretral apical e ausência de gônadas palpáveis (Prader 5)¹. Dosagens séricas: 17OH progesterona (380 ng/dL), androstenediona (>10 ng/dL), testosterona (635 ng/mL), sódio (138 mEq/L), potássio (5,5 mEq/L), confirmando HAC forma perdedora de sal. Iniciou-se tratamento com hidrocortisona (15 mg/m²/dia), fludrocortisona (0,1 mg/dia) e suplementação de sal. A família foi orientada sobre o sexo biológico e possível retificação do registro civil. Aos 10 meses, realizou genitoplastia feminizante com ressecção do seio urogenital e confecção de pequenos lábios com pele escrotal. Mantém acompanhamento clínico e psicológico, com ajustes hormonais e suporte à adaptação familiar. DISCUSSÃO: A avaliação da genitália externa nas primeiras horas é essencial para o diagnóstico precoce da HAC em meninas com virilização e para evitar erros de designação sexual². O TTN, realizado entre 48-72h, é essencial na triagem de doenças metabólicas, genéticas e endócrinas, incluindo HAC, por meio da dosagem de 17-OHP⁵. Níveis elevados permitem confirmação diagnóstica e início precoce do tratamento, prevenindo crises adrenais e distúrbios eletrolíticos potencialmente fatais⁶. Disponível pelo SUS, o TTN prevê coleta entre o 3º-5º dia, encaminhamento especializado e início imediato do tratamento³. Também identifica meninos sem alterações genitais e evita erros na designação social³. A correção cirúrgica, indicada entre 1-2 anos, favorece o desenvolvimento genital e a qualidade de vida⁷. O seguimento contínuo com monitoramento hormonal e suporte multiprofissional é essencial⁸,⁹.

Referências Bibliográficas: PRADER, A. Der genitalbefund beim pseudo-hermaphroditismus femininus des kongenitalen adrenogenitalen syndrome. Helvetica Paediatrica Acta, [S.l.], v. 9, p. 231, 1954. FLÜCK CE, Güran T. Ambiguous Genitalia in the Newborn. [Updated 2023 Nov 13]. In: Feingold KR, Ahmed SF, Anawalt B, et al., editors. Endotext. South Dartmouth (MA): MDText.com, Inc.; 2000-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK279168/ GRINTEN, Hedi L Claahsen - van Der; SPEISER, Phyllis W; AHMED, S Faisal; ARLT, Wiebke; AUCHUS, Richard J; FALHAMMAR, Henrik; FLÜCK, Christa e; GUASTI, Leonardo; HUEBNER, Angela; KORTMANN, Barbara B M. Congenital Adrenal Hyperplasia—Current Insights in Pathophysiology, Diagnostics, and Management. Endocrine Reviews, [S.L.], v. 43, n. 1, p. 91-159, 7 maio de 2021. The Endocrine Society. http://dx.doi.org/10.1210/endrev/bnab016. YATSENKO, Svetlana A.; WITCHEL, Selma Feldman. Genetic approach to ambiguous genitalia and disorders of sex development: what clinicians need to know. Seminars In Perinatology, [S.L.], v. 41, n. 4, p. 232-243, jun. 2017. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1053/j.semperi.2017.03.016. THERRELL, Bradford L.; PADILLA, Carmencita D.; BORRAJO, Gustavo J. C.; KHNEISSER, Issam; SCHIELEN, Peter C. J. I.; KNIGHT-MADDEN, Jennifer; MALHERBE, Helen L.; KASE, Marika. Current Status of Newborn Bloodspot Screening Worldwide 2024: a comprehensive review of recent activities (2020⠳2023). International Journal Of Neonatal Screening, [S.L.], v. 10, n. 2, p. 38, 23 maio 2024. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/ijns10020038. AUER, Matthias K; NORDENSTRÖM, Anna; LAJIC, Svetlana; REISCH, Nicole. Congenital adrenal hyperplasia. The Lancet, [S.L.], v. 401, n. 10372, p. 227-244, jan. 2023. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(22)01330-7. DAVIES, Justin H; CHEETHAM, Timothy. Recognition and assessment of atypical and ambiguous genitalia in the newborn. Archives Of Disease In Childhood, [S.L.], v. 102, n. 10, p. 968-974, 25 abr. 2017. BMJ. http://dx.doi.org/10.1136/archdischild-2016-311270. YU, Richard Nithiphaisal; DIAMOND, David Andrew. Campbell-Walsh-Wein urology. 48, p. 990-1018.e7, [2021]. WISNIEWSKI, Amy B.; TISHELMAN, Amy C.. Psychological perspectives to early surgery in the management of disorders/differences of sex development. Current Opinion In Pediatrics, [S.L.], v. 31, n. 4, p. 570-574, ago. 2019. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1097/mop.0000000000000784.

Título: AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES DO EIXO CARDÍACO ELETROCARDIOGRÁFICO E PERDA DE PESO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
Autores: LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, LUCAS FRIEDRICH FONTOURA, ANA GABRIELA RODRIGUES HAUSSEN, MARIANA KUDE PERRONE, HELENA TONIAZZI UCHÔA, GABRIELA HEIDEN TELO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Palavras Chave: COMPLEXO QRS; REMODELAMENTO CARDIOVASCULAR; OBESIDADE; TECIDO ADIPOSO

Trabalho: INTRODUÇÃO: A obesidade está associada ao aumento do risco cardiovascular e a alterações no eixo cardíaco, com o excesso de peso sendo associado a desvios do eixo cardíaco para a esquerda. Até o momento não há evidências de que a perda de peso substancial seja capaz de reverter essas alterações. OBJETIVO: Avaliar a associação entre perda de excesso de peso após cirurgia bariátrica e mudanças no eixo cardíaco eletrocardiográfico. MÉTODOS: Estudo de coorte incluindo pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um centro especializado no tratamento de obesidade no Sul do Brasil. Foram incluídos no estudo pacientes com idade ≥18 anos submetidos a cirurgia bariátrica há ≥12 meses e com eletrocardiograma (ECG) realizado antes da cirurgia. Todos os participantes realizaram um ECG pós-operatório como parte da avaliação do estudo. O eixo cardíaco eletrocardiográfico pré e pós-operatório foi calculado utilizando a Equação de Novosel, e a variação no eixo foi definida como o delta entre as medidas (eixo pós-operatório menos eixo pré-operatório). O desfecho do estudo foi a associação entre o percentual de perda de excesso de peso (%PEP) e o delta do eixo cardíaco, avaliada por regressão linear multivariável. Um alfa <0,05 foi utilizado para determinar significância estatística. RESULTADOS: Foram incluidos 60 pacientes (idade média de 42,15 ± 10,74 anos; 68,3% do sexo feminino; 86,7% brancos), com uma %PEP média de 66,67 ± 16,08% e tempo médio de 20,20 ± 5,45 meses entre a cirurgia bariátrica e a avaliação pós-operatória. O eixo cardíaco médio no pré-operatório foi de 27,99 ± 30,77 graus, enquanto no pós-operatório foi de 42,37 ± 34,06 graus, com um delta médio de 14,38 ± 26,61 graus. A análise de regressão linear identificou associação entra a %PEP e o delta do eixo cardíaco (B = 0,44; IC 95%: 0,146 a 0,795; p = 0,009), indicando que, para cada ponto percentual de perda de excesso de peso, houve um aumento de 0,44 graus na variação do eixo cardíaco. CONCLUSÃO: Esse estudo demonstrou que há associação entre a perda de excesso de peso e alterações no eixo cardíaco eletrocardiográfico, sugerindo que a perda substancial de pode ser capaz de reverter alterações no eixo cardíacos relacionadas ao excesso de peso e à obesidade. O impacto clínico e prognóstico desse achado deve ser avaliado em estudos futuros.

Referências Bibliográficas: Frank S, Colliver JA, Frank A. The Electrocardiogram in obesity: Statistical Analysis of 1,029 Patients. Journal of the American College of Cardiology. 1986 Feb;7(2):295–9. PROGER SH. The Eletrocardiogram in Obesity. Archives of Internal Medicine. 1931 Jan 1;47(1):64. Alpert MA, Terry BE, Cohen MV, Fan TM, Painter JA, Massey CV. The electrocardiogram in morbid obesity. American Journal of Cardiology. 2000;85(7):908–10. Faley MA, Birchem JA, Senkottaiyan N, Alpert MA. Obesity and the electrocardiogram. Obesity Reviews. 2005 Nov;6(4):275–81. Alpert MA, Terry BE, Hamm CR, Fan TM, Cohen MV, Massey CV, et al. Effect of Weight Loss on the ECG of Normotensive Morbidly Obese Patients. CHEST Journal. 2001 Feb 1;119(2):507–10. Eisenstein I, Edelstein J, Sarma R, Sanmarco M, Selvester RH. The electrocardiogram in obesity. Journal of Electrocardiology. 1982 Jan;15(2):115–8.

CÓD	TÍTULO	APRESENTAÇÃO
1	O IMPACTO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NA RELAÇÃO COM O ÁLCOOL AUTORES: LARISSA SEIFERT MARCHEZAN, ESTÉFANE DUPONT SPAGNOLLO, MARIA FERNANDA LANES PADILHA, JULIANA ARRIBAS PEREIRA	Será divulgado até 25/04
2	PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À OBESIDADE GRAVE EM CRIANÇAS DE 5 A 9 ANOS NO BRASIL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO COMPARATIVO PRÉ E PÓS PANDEMIA AUTORES: LETICIA OLIVEIRA DA SILVA, MARIA CLARA SPANHOLI DA ROSA	Será divulgado até 25/04
3	RESPOSTA FAVORÁVEL À CABERGOLINA E ANÁLOGO DE SOMATOSTATINA EM PACIENTE COM ACROMEGALIA E PERSISTÊNCIA TUMORAL AUTORES: FABIANA DE SOUZA BARCALA, JULIANA SIGNORI ZIANI, GABRIELA TENEDINI, CAMILA MILENE TIEMANN, JÚLIA CASALLI GROSMAN, LARISSA SEIFERT MARCHEZAN	Será divulgado até 25/04
4	TERIPARATIDA COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTO PARA OSTEOPOROSE GRAVE EM HOMENS: RELATO DE CASO AUTORES: ANIELI BATISTELA , ALINE PECORA DA SILVA, ALESSANDRA NODARI GIOLO	Será divulgado até 25/04
5	PREVALÊNCIA DE NEUROPATIA SENSITIVA EM DIABÉTICOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA DA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL AUTORES: ALINE PÉCORA DA SILVA, ALESSANDRA NODARI GIOLLO	Será divulgado até 25/04
7	MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS NO BRASIL: ANÁLISE COMPARATIVA DA REGIÃO SUL COM DEMAIS REGIÕES (2017-2023) AUTORES: JOÃO PEDRO DANI BOBEK, MATHEUS WILLIAN DE PAULA MATOS, HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, GISELE ALVES DE SOUZA, FERNANDA BRUNETTO, JACQUELINE APARECIDA RIBEIRO DE PAULA, ALLAN MACÊDO DE SOUZA E SILVA	Será divulgado até 25/04
8	SÍNDROME DE COHEN, UMA CAUSA RARA DE OBESIDADE E RESISTÊNCIA INSULÍNICA AUTORES: GABRIELA SCHONHOFEN SANTOS, MARIANA COSTA SILVA VALENTE	Será divulgado até 25/04
9	DISTÚRBIO ALIMENTAR E ALTERAÇÕES NO METABOLISMO MINERAL ÓSSEO: UM RELATO DE CASO AUTORES: LETÍCIA DALLAGNOL, VITOR WAHYS , MARIANA COSTA SILVA VALENTE	Será divulgado até 25/04
10	DIABETES MELLITUS 2 E SUAS COMPLICAÇÕES: ANÁLISE DA MORTALIDADE NA REGIÃO SUL DO BRASIL NO PERÍODO DE 2017-2023 AUTORES: HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, ALLAN MACEDO DE SOUSA E SILVA, FERNANDA BRUNETTO, GISELE ALVES DE SOUZA, JACQUELINE APARECIDA RIBEIRO DE PAULA, JOÃO PEDRO DANI BOBEK, SARAH DA COSTA ALMEIDA VIEIRA	Será divulgado até 25/04
12	TIREOGLOBULINA NÃO ESTIMULADA COMO FATOR PROGNÓSTICO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES COM CÂNCER DE TIREOIDE DE ALTO RISCO: UMA COORTE RETROSPECTIVA AUTORES: JÚLIA ISABEL RICHTER CICOGNA, SOPHIA YADA NOGUCHI, ADRIANO NAMO CURY, GIOVANNA MARCELA VIEIRA DELLA NEGRA, MARCELO SOARES SCHALCH, CAROLINA FERRAZ DA SILVA, ROSÁLIA DO PRADO PADOVANI	Será divulgado até 25/04
13	INTERNAÇÕES, LETALIDADE E CUSTOS HOSPITALARES POR DIABETES MELLITUS EM SANTA CATARINA/BRASIL: ANÁLISE DO PADRÃO TEMPORAL (2013-2023) AUTORES: VINICIUS DA SILVA LORENS, IGOR TIOSSO BATISTETTI, RAFAEL HENKES MACHADO, RENATA COPINI RAMOS, MELISSA SEBASTIANI DE OLIVEIRA	Será divulgado até 25/04
14	TESTOSTERONA NA PÓS-MENOPAUSA: DIVERGÊNCIAS NA PRESCRIÇÃO ENTRE AS ESPECIALIDADES NO PARANÁ. AUTORES: BRUNA MARTINS PEREIRA , GABRIELLA GRETTER TEIXEIRA , GABRIELA CRISTINE BUENO KRAST, ISABELLA MOTTIN CAVASSO, JAIME KULAK JÚNIOR	Será divulgado até 25/04
15	ASSOCIAÇÃO ENTRE TURNO DE TRABALHO E NÍVEIS DE VITAMINA D EM MULHERES TRABALHADORAS: UM ESTUDO TRANSVERSAL AUTORES: INGRID STÄHLER KOHL, ANDERSON GARCEZ, JANAÍNA CRISTINA DA SILVA, HARRISON CANABARRO, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO	Será divulgado até 25/04
16	ASSOCIAÇÃO ENTRE TRANSTORNO MENTAL COMUM E NÍVEL DE VITAMINA D EM MULHERES TRABALHADORAS NO SUL DO BRASIL. AUTORES: INGRID STAHLER KOHL, ANDERSON GARCEZ, JANAÍNA CRISTINA DA SILVA, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO	Será divulgado até 25/04
17	AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA PERDA EXPRESSIVA DE PESO EM MULHERES: UM ESTUDO QUALITATIVO AUTORES: LUIZA MACHADO BLANK , LAURA GOMES BOABAID DE BARROS, LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, MARIA EDUARDA VIEIRA FERREIRA, ALICE WEISS JUNG, GABRIELA HEIDEN TELO	Será divulgado até 25/04
18	USO DE ANÁLOGOS DO RECEPTOR DO GLP-1 E RISCO DE BRONCOASPIRAÇÃO EM PROCEDIMENTOS DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA: REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE AUTORES: LUIZA MACHADO BLANK , LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, LAURA GOMES BOABAID DE BARROS, MARIANA PIRES RICACHINEVSKY, LUÍS EDUARDO DALTOÉ DA SILVA, GABRIELA HEIDEN TELO	Será divulgado até 25/04
19	ASSISTENTE VIRTUAL INTERATIVO PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS COM DIABETES TIPO 2: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO AUTORES: LAURA GOMES BOABAID DE BARROS, LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, LUIZA MACHADO BLANK, FREDERICO LUDWIG DA COSTA, JANINE ALESSI, GABRIELA HEIDEN TELO	Será divulgado até 25/04
20	CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INTERNAÇÕES RELACIONADAS A DIABETES MELLITUS NO ESTADOS DA REGIÃO SUL DO BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO AUTORES: LEONARDO GONÇALVES GOMES, ANDRÉ SILVA WAGNER, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT	Será divulgado até 25/04
22	AMBIENTE OBESOGÊNICO: RELAÇÃO DE INTERNAÇÕES POR OBESIDADE ENTRE ÁREAS URBANAS E RURAIS NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2018 E 2023. AUTORES: ANA CLAUDIA ZEZULKA ZEZULKA MACHADO, MARA FELLER, LEONARDO GONÇALVES GOMES, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT	Será divulgado até 25/04
24	TERAPIA HORMONAL EM PACIENTES NO CLIMATÉRIO COM COMORBIDADES: DIVERGÊNCIAS DAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS ENTRE AS ESPECIALIDADES NO PARANÁ. AUTORES: GABRIELLA GRETTER TEIXEIRA, BRUNA MARTINS PEREIRA, ISABELLA MOTTIN CAVASSO, GABRIELA CRISTINE BUENO KRAST, JAIME KULAK JÚNIOR	Será divulgado até 25/04
26	AUMENTO DA SOBREVIDA NO CARCINOMA ANAPLÁSICO DE TIREOIDE: UM RELATO DE CASO AUTORES: ISABELE BEATRIS DENK , CARINA ANDRESSA DICK, BÁRBARA BAMBRILLA, CAMILA RECH, IRACEMA CUNHA RIBEIRO GONÇALVES, JÉSSICA OLIBONI SCAPINELLI, ALBERTO TREIGUER	Será divulgado até 25/04
27	PERFIL DE MORTALIDADE POR TIREOTOXICOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2013-2023 - UM ESTUDO ECOLÓGICO AUTORES: ASTER FERNANDES JULIO CATAFESTA, BRUNA VERDINELLI DE OLIVEIRA, LUARA MARTINS KLOKNER, AYSLA MARIA ALENCAR DA SILVA, CAMILA VASCONCELOS CRISPIM, LEONARDO GONÇALVES GOMES, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT	Será divulgado até 25/04
28	REDEFININDO O DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE AUTORES: VINICIUS DE LIMA OLIVEIRA, FABIO HERGET PITANGA	Será divulgado até 25/04
29	SÍNDROME DE STUVE–WIEDEMANN: RELATO DE CASO DE UM PACIENTE LONGEVO AUTORES: FERNANDO AUGUSTO SPENGLER ABUCHAIM, NAYANNE H. S. OLIVEIRA, LAURA STORITHONT QUINELATO, JULIA CORRÊA MÉNDEZ, CAROLINA AGUIAR MOREIRA, VICTÓRIA Z. C. BORBA	Será divulgado até 25/04
30	RELATO DE CASO – HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO E SUAS REPERCUSSÕES MULTISSISTÊMICAS: UM DESAFIO CLÍNICO AUTORES: VINÍCIUS DE LIMA OLIVEIRA, FABIO HERGET PITANGA, RICELLI ENDRIGO RUPPEL DA ROCHA, MARIANA SIQUEIRA LEITE, POLIANA DE OLIVEIRA ALVES, ÉRICA DA SILVA ANSELMO , MARIA AMELIA ARAUJO BETONI	Será divulgado até 25/04
31	PERFIL DE MORTALIDADE PREMATURA POR DIABETES MELLITUS NA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE 2019 E 2023 AUTORES: LISSA OKAMOTO SUGAWARA , GUSTAVO HENRIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, ISABELA FAVARIN FERNANDES DE SOUZA, GABRIELA VENTURI PEREIRA, LEONARDO DE CARVALHO ARAÚJO, LEONARDO GONÇALVES GOMES, MARIA FERNANDA CONTE BERNHARDT	Será divulgado até 25/04
32	ANÁLISE DOS CASOS DE CÂNCER DE TIREOIDE NA REGIÃO SUL DO BRASIL (2018-2024): NÚMERO DE CASOS E TEMPO DE TRATAMENTO AUTORES: LÍRIS BESEN WOLNIEWICZ	Será divulgado até 25/04
36	FRAGILIDADE ÓSSEA NA ADOLESCÊNCIA: UM NOVO TIPO DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA AUTORES: GISELE ALVES DE SOUZA, JACQUELINE RIBEIRO APARECIDA DE PAULA, JOÃO PEDRO DANI BOBEK, HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, NAYANNE HEVELIN DOS SANTOS DE OLIVEIRA, VICTORIA ZEGHBI COCHENSKI BORBA, CAROLINA AGUIAR MOREIRA	Será divulgado até 25/04
37	HIPOGLICEMIA HIPERINSULINÊMICA REFRATÁRIA AO TRATAMENTO CLÍNICO EM PACIENTE PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA AUTORES: CARINA ANDRESSA DICK, BARBARA BRAMBILLA, ISABELE BEATRIS DENK, CAMILA RECH, KATIA ELISABETE PIRES SOUTO, MAURICIO JACQUES RAMOS	Será divulgado até 25/04
39	HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO EM ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN: PREVALÊNCIA E EVOLUÇÃO EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA AUTORES: GISELE ALVES DE SOUZA, FERNANDA BRUNETTO, HELENA SCHEFFER BRUNNQUELL, JACQUELINE APARECIDA RIBEIRO DE PAULA, SARAH DA COSTA ALMEIDA VIEIRA, BEATRIZ ELIZABETH BAGATIN VELEDA BERMUDEZ	Será divulgado até 25/04
40	EPIDEMIOLOGIA DA TIREOTOXICOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL: INTERNAÇÕES HOSPITALARES NOS ANOS DE 2010-2024 AUTORES: NATHÁLIA DUARTE DOS SANTOS, JÚLIA ZILLI GRAZIANO, SOPHIA GRACIOLI MARÇAL SALVAN, EMILY BRUNA JUSTINO	Será divulgado até 25/04
41	NECROSE AVASCULAR DE CABEÇA DO FÊMUR APÓS USO DE GLICOCORTICOIDE: UM RELATO DE CASO AUTORES: MANUELA GUIMARÃES DIAS GOMES, MARIA ANTONIA DUTRA NICOLODI, BIBIANA GOULART, FREDERICO LUDWIG DA COSTA	Será divulgado até 25/04
42	DIABETES MELLITUS INSULINODEPENDENTE: ESTRATIFICAÇÃO DA MORTALIDADE EM 20 ANOS NO BRASIL AUTORES: KELEN DANIELE KAEFER, RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS , DANIEL EVANGELISTA NOBRE, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS , JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI	Será divulgado até 25/04
43	GRAVIDADE DA NEUROPATIA DIABÉTICA POR FAIXA ETÁRIA: INFLUÊNCIA DA HBA1C, HAS, DISLIPIDEMIA E USO DE INSULINA AUTORES: MARIANA SIQUEIRA LEITE, POLIANA DE OLIVEIRA ALVES , ÉRICA DA SILVA ANSELMO, VINICIUS DE LIMA OLIVEIRA , VILMAIR ZANCANARO, FÁBIO HERGET PITANGA	Será divulgado até 25/04
45	ESTRATIFICAÇÃO DOS ÓBITOS POR MARASMO NUTRICIONAL NO BRASIL ENTRE 2003 E 2022 AUTORES: KELEN DANIELE KAEFER, RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS , YNARA MARTINS DE VASCONCELOS, DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI	Será divulgado até 25/04
47	MORTALIDADE DECORRENTE POR HIPOTIREOIDISMO NO BRASIL AUTORES: KELEN DANIELE KAEFER, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI	Será divulgado até 25/04
49	AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS ÓBITOS POR DESNUTRIÇÃO PROTEICO-CALORICA GRAVE NO BRASIL ENTRE 2003 E 202 AUTORES: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS	Será divulgado até 25/04
50	PERFIL DE HOSPITALIZAÇÃO POR DESNUTRIÇÃO NO BRASIL AUTORES: KELEN DANIELE KAEFER, RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS, DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA, AMANDA OLIVA SPAZIANI	Será divulgado até 25/04
51	SEGUIMENTO AMBULATORIAL DE PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER AO LONGO DE 10 ANOS AUTORES: BIANCA DE LIMA RIBEIRO, CAROLINA DE FREITAS SOUZA, MATEUS AUGUSTO MELLO, LARYSSA GONÇALVES MOREIRA, MARIANA YOSHII TRAMONTIN, TÂNIA LONGO MAZZUCO	Será divulgado até 25/04
53	PERFIL DE INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS NO BRASIL ENTRE 2020 E 2022 AUTORES: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS	Será divulgado até 25/04
54	LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE ACROMEGALIA ATENDIDOS NO PERÍODO DE 2014 ATÉ 2024 AUTORES: BIANCA DE LIMA RIBEIRO, VITÓRIA EDUARDA ROMERO, OTÁVIO DE SOUZA ARCANJO, MARJORIE MITH KANEHISSA, MARIANA YOSHII TRAMONTIN, TÂNIA LONGO MAZZUCO	Será divulgado até 25/04
55	MORTALIDADE POR HIPETENSÃO GESTACIONAL COM PROTEINÚRIA (PRÉ-ECLÂMPSIA) NO BRASIL DE 2011 E 2020 AUTORES: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS	Será divulgado até 25/04
57	PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA EM PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO AUTORES: PAULO HENRIQUE GONZALES, ISABELLE MORAIS DALLASTA, KAROLINE KUCZYINSKI, LUIZA MICHALSKI HENTZ	Será divulgado até 25/04
58	MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS GESTACIONAL NO BRASIL AUTORES: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS	Será divulgado até 25/04
59	AS ARMADILHAS NO DIAGNÓSTICO DA T3 TIREOTOXICOSE: UM RELATO DE CASO AUTORES: RODRIGO OLIVEIRA VENDRAMIN , VITORIA SOARES OEHLER, ANA CLARA AGUIAR D'ÁVILA, SIMONE YAE ABE, GISAH AMARAL DE CARVALHO, CLEO OTAVIANO MESA JUNIOR, FABÍOLA YUKIKO MIASAKI	Será divulgado até 25/04
60	MORTALIDADE POR ECLAMPSIA NO BRASIL AUTORES: DANIEL EVANGELISTA NOBRE, JOÃO CARLOS BIZINOTTO LEAL LIMA , RONNAN MARTINS DE VASCONCELOS, GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA , KELEN DANIELE KAEFER, AMANDA OLIVA SPAZIANI, YNARA DE FÁTIMA MARTINS VASCONCELOS	Será divulgado até 25/04
61	HIPERTIROXINEMIA DISALBUMINÊMICA FAMILIAR: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NO T4 ELEVADO AUTORES: INAÊ ANDREIS WITKOSKI SULEIMAN, ISABELLE NATALIA RODRIGUES, FABÍOLA YUKIKO MIASAKI, GABRIELE PALÚ, MARIA IZABEL CHIAMOLERA, ANA CLARA AGUIAR D'ÁVILLA, CLEO OTAVIANO MESA JÚNIOR	Será divulgado até 25/04
62	LIPODISTROFIA PARCIAL E RESISTÊNCIA GRAVE À INSULINA: UM RELATO DE CASO AUTORES: PEDRO HENRIQUE SIEDSCHLAG SCHMIDT, JULIANA BARAM DOS SANTOS ARAÚJO, AMANDA LYRIO DE DEUS, ANA CECILIA DE SOUSA PRADO, ALEXANDRE HOHL, SIMONE VAN DE SANDE-LEE, MARCELO FERNANDO RONSONI	Será divulgado até 25/04
64	SÍNDROME DE CANTU COM PAN-HIPOPITUITARISMO: UM RELATO DE CASO AUTORES: PEDRO HENRIQUE SIEDSCHLAG SCHMIDT, JOÃO VICTOR RAMOS DA CRUZ, LEONARDO ANDRIGHETTI, LIS SODRÉ NONATO DE SOUZA, LETÍCIA DALLAGNOL, GABRIELA SCHÖNHOFEN SANTOS, GUILHERME ASMAR ALENCAR	Será divulgado até 25/04
66	DOENÇA ADRENOCORTICAL NODULAR PIGMENTADA ASSOCIADA AO COMPLEXO DE CARNEY: UM RELATO DE CASO AUTORES: PEDRO HENRIQUE SIEDSCHLAG SCHMIDT, JOÃO VICTOR RAMOS DA CRUZ, LIS SODRÉ NONATO DE SOUZA, LEONARDO ANDRIGHETTI, LETÍCIA DALLAGNOL, GABRIELA SCHÖNHOFEN SANTOS, GUILHERME ASMAR ALENCAR	Será divulgado até 25/04
67	MORBIDADE HOSPITALAR POR OBESIDADE EM SANTA CATARINA: ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES POR FAIXA ETÁRIA E MACRORREGIÃO (2020-2024) AUTORES: LÍRIS BESEN WOLNIEWICZ	Será divulgado até 25/04
68	DIAGNÓSTICO PRECOCE DE HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA E GENITÁLIA ATÍPICA: IMPORTÂNCIA DO EXAME FÍSICO NEONATAL E DO TESTE DE TRIAGEM NEONATAL AUTORES: PEDRO WAGNER DIAS, ALANA GABRIELLE D’ORNELAS, GABRIEL MEDA REZENDE, NÍNEVE CHMYZ, ROSANA MARQUES PEREIRA, GABRIELA DE CARVALHO KRAEMER	Será divulgado até 25/04
69	AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES DO EIXO CARDÍACO ELETROCARDIOGRÁFICO E PERDA DE PESO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA AUTORES: LUCAS STRASSBURGER MATZENBACHER, LUCAS FRIEDRICH FONTOURA, ANA GABRIELA RODRIGUES HAUSSEN, MARIANA KUDE PERRONE, HELENA TONIAZZI UCHÔA, GABRIELA HEIDEN TELO	Será divulgado até 25/04

01 a 03 de Maio de 2025

Trabalhos Científicos / Aprovados